Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Leituras ... Qualquer Coisa Serve
Este foi particularmente penoso de acabar.
Não só porque entretanto chegaram as férias e, contrariamente ao que me é costume, não li uma única linha que não fosse dos rótulos das garrafas de cerveja ou os avisos tenebrosos nos maços de cigarros, mas também porque a própria obra não é, nem de perto nem de longe, das mais chamativas que alguma vez li.
A temática é muito interessante e está cheio de pormenores ricos, acontecimentos reais e é salpicado por laivos de comicidade geniais.
No entanto, a personagem principal é amiúde aborrecida, demasiado cheia de si e dono de uma arrogância que chega para o leitor desejar que fosse atropelado por uma manada de gnus.
O facto de o autor usar linguagem rebuscada e muitas vezes fora do contexto e da época relatada, juntamente com a tendência de usar 7 ou 8 parágrafos para descrever por outras palavras o que já escreveu logo na primeira linha é desesperante e dá vontade de atirar com o livro pela janela até ir parar ao Nilo.
Podia ser melhor, vá.
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