quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Coisas Que Vejo por Aí # 44

Hoje, ia a minha pessoa descansadinha a andar pela rua, em direcção ao Ergástulo, quando se me salta ao caminho um senhor com cara de totó, muito contente, cheio de alegria e vitalidade e me oferece um Bollycao de caramelo que, parece, é a última invenção dos senhores que fazem Bollycaos.

Aceitei, claro, contrariamente a todos os ensinamentos da minha Avó e da minha Mãe, que estavam sempre a ter a certeza que eu não aceitava nada de ninguém, basicamente porque sou pobre e gosto de borla mas, e principalmente, porque tenho alma (e corpo) de gorda e tudo o que vier parar ao pé de mim, morre por deglutição.

Porém, que nem tudo são rosas, e se fosse não haveria post, o raio do Bollycao não tinha cromo.
Como assim, não tinha cromo?

Não tinha cromo, estou a dizer!

Há quanto tempo é que não há cromos no Bollycao? Desde quando se instalou este flagelo? Como ousam estragar as ilusões de infância de uma pessoa que passou muitas horas da sua vida a coleccionar cromos do Bollycao?

Estive quase para voltar para trás e pedir um com cromo, mas já estava uma grande fila de gente a pedir bolos ao homem como se não comessem desde a última Páscoa, maneiras que vim embora verdadeiramente desiludida, ainda a pensar se devia mandar com o Bollycao à cabeça do homem ou comê-lo de uma assentada.

Ganhou a segunda hipótese.

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