Como correu tão bem, vou continuar no mês seguinte.
Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
quarta-feira, 31 de maio de 2017
31 Dias Sem Açúcar - Balanço
Como correu tão bem, vou continuar no mês seguinte.
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O Direito tornou-me inimputável
Coisas Que Vejo por Aí #41
Basicamente sou uma Maria-vai-com-as-outras e entendi por bem experimentar esta coisa de que tanto se fala e que dá pelo nome de Black Mask. Também conhecida como coisa preta que se prega no focinho e que, puxando, traz três camadas de pele agarradas mais o entrecosto que se comeu no domingo de Páscoa.
Como não encontrei em lado nenhum, mandei vir do estrangeiro (sou ou não sou eloquentíssima?) e chegou cá inteirinha e mais ou menos rapidamente (demorou menos de 1 mês, acho que não está muito mal para coisa encomendada de site duvidoso).
Só depois de aplicar é que me lembrei do pequeno pormenor de ter uma pele de merda para andar a experimentar coisas da moda e, ainda por cima, vindas de sítios muito estranhos, mas já era tarde.
Depois de aplicar esta nheca preta, rezando a todos os santinhos para não ter de ir a correr para o hospital como uma reacção alérgica do tamanho de um comboio no meio da cara, esperei a meia hora que a embalagem recomenda, não sem antes passar uma toalha quente para abrir os poros, que parece que é o essencial neste tipo de operação.
Não depositei a máscara na cara toda, que li que esta porra dói como o caraças para tirar e achei que a minha vida já teve o seu quê de provações dolorosas e não precisava de mais (tive medo de pôr isto na cara toda, é o que deve ler-se daqui) e apliquei só no nariz.
A bem da verdade, não saiu grande coisa. Alguns pontinhos mas nada do que a publicidade prometia.
Ganda merda, pensei logo.
Mas depois experimentei outra vez, depois de sair de um banho especialmente vaporoso, com todos os poros mais abertos que uma cratera na via pública. Lá saíram mais alguns, but again, nada do que a publicidade prometia.
Li não sei onde que quanto mais vezes se utilizar mais porcaria dos poros isto agarra, mas não estou a ver como. Continuo a preferir aquelas tirinhas engraçadas que se vendem nos supermercados.
Mas acho que a coisa gira aqui é mesmo a diversão pura de se espalhar uma nhanha preta nas fussas e parecer que se acabou de sair de uma mina de carvão. Mais que não seja, é trendy.
Mas isto sou eu, que não tenho mais nada que fazer.
Como não encontrei em lado nenhum, mandei vir do estrangeiro (sou ou não sou eloquentíssima?) e chegou cá inteirinha e mais ou menos rapidamente (demorou menos de 1 mês, acho que não está muito mal para coisa encomendada de site duvidoso).
Só depois de aplicar é que me lembrei do pequeno pormenor de ter uma pele de merda para andar a experimentar coisas da moda e, ainda por cima, vindas de sítios muito estranhos, mas já era tarde.
Depois de aplicar esta nheca preta, rezando a todos os santinhos para não ter de ir a correr para o hospital como uma reacção alérgica do tamanho de um comboio no meio da cara, esperei a meia hora que a embalagem recomenda, não sem antes passar uma toalha quente para abrir os poros, que parece que é o essencial neste tipo de operação.
Não depositei a máscara na cara toda, que li que esta porra dói como o caraças para tirar e achei que a minha vida já teve o seu quê de provações dolorosas e não precisava de mais (tive medo de pôr isto na cara toda, é o que deve ler-se daqui) e apliquei só no nariz.
A bem da verdade, não saiu grande coisa. Alguns pontinhos mas nada do que a publicidade prometia.
Ganda merda, pensei logo.
Mas depois experimentei outra vez, depois de sair de um banho especialmente vaporoso, com todos os poros mais abertos que uma cratera na via pública. Lá saíram mais alguns, but again, nada do que a publicidade prometia.
Li não sei onde que quanto mais vezes se utilizar mais porcaria dos poros isto agarra, mas não estou a ver como. Continuo a preferir aquelas tirinhas engraçadas que se vendem nos supermercados.
Mas acho que a coisa gira aqui é mesmo a diversão pura de se espalhar uma nhanha preta nas fussas e parecer que se acabou de sair de uma mina de carvão. Mais que não seja, é trendy.
Mas isto sou eu, que não tenho mais nada que fazer.
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Comentário Jurídico da Latrina,
Posição Doutrinária
terça-feira, 30 de maio de 2017
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Leitura Nº ... Qualquer Coisa Serve
"No seu registo cru e negro e com uma perspicácia caricatural sobre os relacionamentos humanos, Bukowski recebe-nos no seu quotidiano rocambolesco, onde há sempre mais uma cerveja por abrir e uma mulher para seduzir"
Isto é o que é dito na contracapa, a dar um ar intelectual e sofisticado a uma coisa completamente diferente.
É a história de um bêbedo que passa a vida a foder, sem mais do que isto. É, de facto, cru e negro, chega a ser bruto e amiúde ordinário. Mas, tal como os acontecimentos ou imagens mórbidas, não se consegue desviar o olhar e prende o leitor até à próxima queca da personagem, sempre descrita com a maior rudeza possível.
Não é tão mau quanto possa parecer, mas não é nenhuma obra prima.
Isto é o que é dito na contracapa, a dar um ar intelectual e sofisticado a uma coisa completamente diferente.
É a história de um bêbedo que passa a vida a foder, sem mais do que isto. É, de facto, cru e negro, chega a ser bruto e amiúde ordinário. Mas, tal como os acontecimentos ou imagens mórbidas, não se consegue desviar o olhar e prende o leitor até à próxima queca da personagem, sempre descrita com a maior rudeza possível.
Não é tão mau quanto possa parecer, mas não é nenhuma obra prima.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Happy Birthday, My Love
Há 10 anos atrás, era eu uma miúda ainda mais parva do que sou hoje e não sabia muita coisa, apesar de achar que sim.
Tinha já muitas das convicções que tenho hoje, mas estava longe de imaginar o rumo que a minha vida iria tomar, porque ninguém sabe por mais que tente fingir que sim.
Tinha muitas dúvidas e poucas certezas de tudo e de nada, e não imaginava o que estava ainda para vir, de bom e de mau.
Tinha a mania de muita coisa, que fazia e acontecia, mas o futuro em quase todo ele incerto.
Quase todo ele.
Não sabia nada, mas soube, naquele momento, que Aquele era o homem de uma vida, o companheiro para a posteridade, o namorado até ser velha. Soube-o sempre e a certeza que tive naquele momento seguiu-me até ao dia de hoje, nunca deixou de me acompanhar.
Olhando para trás, não senti o tempo passar, parece-me que ainda agora saí daquela festa da cerveja, parece-me que ainda agora tudo começou, parece-me tudo fresco e acabado de ocorrer.
A bem da verdade, mesmo nos momentos menos bons, tive sempre esta sensação: novo, promissor e ao mesmo tempo certo e eterno.
10 anos que me parecem 10 dias e alguns minutos.
Melhor que isto só outros 10, multiplicados por mais 10.
Tinha já muitas das convicções que tenho hoje, mas estava longe de imaginar o rumo que a minha vida iria tomar, porque ninguém sabe por mais que tente fingir que sim.
Tinha muitas dúvidas e poucas certezas de tudo e de nada, e não imaginava o que estava ainda para vir, de bom e de mau.
Tinha a mania de muita coisa, que fazia e acontecia, mas o futuro em quase todo ele incerto.
Quase todo ele.
Não sabia nada, mas soube, naquele momento, que Aquele era o homem de uma vida, o companheiro para a posteridade, o namorado até ser velha. Soube-o sempre e a certeza que tive naquele momento seguiu-me até ao dia de hoje, nunca deixou de me acompanhar.
Olhando para trás, não senti o tempo passar, parece-me que ainda agora saí daquela festa da cerveja, parece-me que ainda agora tudo começou, parece-me tudo fresco e acabado de ocorrer.
A bem da verdade, mesmo nos momentos menos bons, tive sempre esta sensação: novo, promissor e ao mesmo tempo certo e eterno.
10 anos que me parecem 10 dias e alguns minutos.
Melhor que isto só outros 10, multiplicados por mais 10.
Ai Sim?
Acho sempre que palavras estúpidas como pitéu enchem logo uma conversação com um nível de eloquência que é difícil de suportar.
E você?
E você?
quarta-feira, 24 de maio de 2017
A Cara do Papa É Qualquer Coisa ...
Se estivesse ao lado daquela família medonha, cheia de gentinha sinistra e aparvalhada, muito provavelmente também faria uma fronha daquelas...
Ou fugia. Era mais fugir, acho.
(Só um pequeno aparte... Adoro o ar da Melania, parece uma camponesa russa.)
Ou fugia. Era mais fugir, acho.
(Só um pequeno aparte... Adoro o ar da Melania, parece uma camponesa russa.)
Sempre gostei de GNR, principalmente da obra anterior a 1996.
Não que posteriormente não tenham feito coisas boas e giras, mas a minha preferência recai essencialmente nas velharias que estes moços do norte produziram. Hoje acordei com esta música na cabeça e não me consigo livrar dela.
E, sem mais conversa, passemos à música:
Não que posteriormente não tenham feito coisas boas e giras, mas a minha preferência recai essencialmente nas velharias que estes moços do norte produziram. Hoje acordei com esta música na cabeça e não me consigo livrar dela.
E, sem mais conversa, passemos à música:
terça-feira, 23 de maio de 2017
Roger Moore 1927 - 2017
E, contrariamente a 2016, estávamos todos tão descansadinhos no que concerne a partidas de gente ilustre, quando mais uma nos bate à porta...
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 60
Não sei o que isto é, mas acho que é a menstruação de alguém, e tem ar de quem deve ter trazido confettis.
Foda-se, a sério?!
Apetece-me Grandemente Ser Porca #59
Está uma pessoa descansadinha à espera do início do seu julgamento, quando vê entrar na sala um Colega nestes propósitos:
Todo ele era um bigodinho sinistro, penteadinho e de pontinhas reviradinhas, a dizer adeus à população. Só lhe faltava o monóculo no olho e estava feito para ir para Torres Vedras ao Baile de Carnaval da Física.
E agora, estamos a falar de um idoso? De um ser que viajou no tempo e aterrou no século XXI e não deu conta?
Não senhor, é apenas um gajo para aí com 30 anos, hypster até à 15ª geração, com a mania que tudo o que mexe cai a seus pés com o fanico.
Depois de absorver a estranha aparência, estive mesmo vai-não-vai para ir perguntar o que pensava ele que estava a fazer naqueles preparos.
Porém, depois de observar mais de perto, desisti logo da ideia. É que aquilo parecia mesmo uma coisa VIVA que a qualquer momento ia saltar-lhe da boca para comer o transeunte mais próximo.
Ainda estive mesmo, mesmo para me rir na cara dele, mas achei que era melhor não; apara além do dever de urbanidade para com os Colegas, acho sempre mais fácil deixar a mão invisível do ridículo fazer o seu papel.
Todo ele era um bigodinho sinistro, penteadinho e de pontinhas reviradinhas, a dizer adeus à população. Só lhe faltava o monóculo no olho e estava feito para ir para Torres Vedras ao Baile de Carnaval da Física.
E agora, estamos a falar de um idoso? De um ser que viajou no tempo e aterrou no século XXI e não deu conta?
Não senhor, é apenas um gajo para aí com 30 anos, hypster até à 15ª geração, com a mania que tudo o que mexe cai a seus pés com o fanico.
Depois de absorver a estranha aparência, estive mesmo vai-não-vai para ir perguntar o que pensava ele que estava a fazer naqueles preparos.
Porém, depois de observar mais de perto, desisti logo da ideia. É que aquilo parecia mesmo uma coisa VIVA que a qualquer momento ia saltar-lhe da boca para comer o transeunte mais próximo.
Ainda estive mesmo, mesmo para me rir na cara dele, mas achei que era melhor não; apara além do dever de urbanidade para com os Colegas, acho sempre mais fácil deixar a mão invisível do ridículo fazer o seu papel.
segunda-feira, 22 de maio de 2017
A porra toda de se ser velha e de ter doenças de velha é que não se pode ter uma porra duma constipaçãozinha que a puta da sinusite (uma verdadeira velha diria sinÓzite) faz o estado constipacional prolongar-se durante semanas a fio.
Apercebo-me agora que há pelo menos 3 dias que olfacto e paladar não me assistem (o facto de só agora me aperceber disto é sinal que a doença já chegou ao cérebro) e não vejo modo de isto melhorar.
Principalmente depois daquele farmacêutico panasca, aquela louca, me ralhar (sim, isto é verídico) porque lhe pedi um spray nasal com cortisona.
Maneiras que vim embora da farmácia com um sprayzinho de ervas e outros produtos naturais, que faz tanto efeito como as rezas em Fátima.
Foda-se mais à minha vida.
Apercebo-me agora que há pelo menos 3 dias que olfacto e paladar não me assistem (o facto de só agora me aperceber disto é sinal que a doença já chegou ao cérebro) e não vejo modo de isto melhorar.
Principalmente depois daquele farmacêutico panasca, aquela louca, me ralhar (sim, isto é verídico) porque lhe pedi um spray nasal com cortisona.
Maneiras que vim embora da farmácia com um sprayzinho de ervas e outros produtos naturais, que faz tanto efeito como as rezas em Fátima.
Foda-se mais à minha vida.
Acabei agora a temporada 1 e mal vejo a hora de começar já a segunda.
É que, parecendo que não, para além da história muitíssimo interessante e do argumento estar especialmente bem escrito, a série está cheia de seres masculinos assaz belos, o que é uma vantagem.
É que, parecendo que não, para além da história muitíssimo interessante e do argumento estar especialmente bem escrito, a série está cheia de seres masculinos assaz belos, o que é uma vantagem.
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Das Coisas fora dos limites do 202º CC
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Dia do Advogado
Hoje aparentemente é dia de São Ivo, padroeiro dos advogados, juízes e da infância desvalida.
Como os outros protegidos não interessam nada, hoje é só dia do Advogado e mai' nada. Não consigo evitar pensar na minha formadora de Deontologia que adorava encher a boca para dizer "o advogado não se dá com a ralé" e aposto que foi uma avestruz que pensa nos mesmos moldes que inventou esta coisa de retirar as outras classes e ficar só o Advogado, esse ser magnânimo.
Por esse Facebook fora proliferam imagens alusivas ao dia. Não resisti a fanar uma delas que me chamou particularmente a atenção; não há nada como o advogado para pedinchar com pinta.
Feliz Dia do Advogado.
Como os outros protegidos não interessam nada, hoje é só dia do Advogado e mai' nada. Não consigo evitar pensar na minha formadora de Deontologia que adorava encher a boca para dizer "o advogado não se dá com a ralé" e aposto que foi uma avestruz que pensa nos mesmos moldes que inventou esta coisa de retirar as outras classes e ficar só o Advogado, esse ser magnânimo.
Por esse Facebook fora proliferam imagens alusivas ao dia. Não resisti a fanar uma delas que me chamou particularmente a atenção; não há nada como o advogado para pedinchar com pinta.
Feliz Dia do Advogado.
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Profissão: Advogada
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Chris Cornell 1964 - 2017
Não que ouvisse muito Soundgarden, mas lembro-me de ouvir esta música em modo repeat numa fase menos boa da minha existência.
Não obstante, é sempre triste quando morre um músico, acho que o mundo fica sempre mais pobre.
Coisas Que Vejo Por Aí # 40
Sem ser nada de especial (a bem da verdade a história já está muito batida) tem um final surpreendente e os efeitos especiais não estão mal de todo.
Razoável, vá.
Razoável, vá.
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Para o Ano É Cá - Parte II
Esta era a minha favorita.
Engraçada, leve e com uma sonoridade, longe de ser original, mas fresca que só ela.
Mas nada que suplante a nossa vitória, como é óbvio.
Para o Ano É Cá
Ainda não estou em mim.
Ganhámos o Festival da Canção?
Ganhámos o Festival da Canção?!
Ganhámos!
Levámos um hypster, uma cançãozinha ao estilo fadinho meio triste, meio contente e limpámos aquela merda toda com uma pinta do caraças! Votos do júri e do público, quase unânime!
Não vou ser hipócrita, a música não era, muito honestamente, da minha predilecção, mas foi o melhor que já levámos e eu, na qualidade de fã do Festival da Canção, sinto-me muito, muito orgulhosa desta prestação e tive vontade de chorar (chorei mesmo, vá) quando subiram ao palco, Salvador e Luísa, e cantaram a duas vozes, a bela melodia vencedora numa toada doce e ternurenta.
Bem bom para a lemechice.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Tudo no Bem-Bom
Trabalhar hoje é tarefa impossível.
Porque ninguém trabalha. Em lado nenhum.
E estou a referir-me aos privados, porque o sector público já é sabido que tem folga.
Chamam-lhe tolerância de ponto.
Eu chamo-lhe boicote à produtividade; logo hoje que tenho tanto que fazer e que, surpresa das surpresas, até tenho vontade de trabalhar, está tudo a fazer gazeta.
Também me irrita solenemente que toooooodos os meios de comunicação estejam cheios de notícias sobre as aparições, e a comemoração de não-sei-quantos anos de não sei bem o quê, mais a vinda do Papa Francisco e o caraças... É que não se fala em mais nada. NADA. Mas não há outros acontecimentos a noticiar? Não haverá mais nada que fazer?!
Foda-se mais a isto.
Porque ninguém trabalha. Em lado nenhum.
E estou a referir-me aos privados, porque o sector público já é sabido que tem folga.
Chamam-lhe tolerância de ponto.
Eu chamo-lhe boicote à produtividade; logo hoje que tenho tanto que fazer e que, surpresa das surpresas, até tenho vontade de trabalhar, está tudo a fazer gazeta.
Também me irrita solenemente que toooooodos os meios de comunicação estejam cheios de notícias sobre as aparições, e a comemoração de não-sei-quantos anos de não sei bem o quê, mais a vinda do Papa Francisco e o caraças... É que não se fala em mais nada. NADA. Mas não há outros acontecimentos a noticiar? Não haverá mais nada que fazer?!
Foda-se mais a isto.
Isto é imperdoável, mas enfim...
Há que tempos que não ouvia Rammstein. (sim, isso para mim é que é pecado)
Hoje calhou conduzir um carro que não o meu e calhou ouvir o Mutter no caminho até à casinha de monstros civilistas.
Voltei a arrepiar-me toda, tal como da primeira vez que o ouvi.
Voltei a vibrar com cada música, tal como da primeira vez, mais agora que já ouvi ao vivo (mais que uma vez, diga-se) todas as músicas deste álbum.
Voltei a cantarolar cada música, como se fosse uma lengalenga ou uma canção que se aprende em criança e nunca mais se esquece.
Porque razão não ouvia estes senhores há tanto tempo é um mistério, se até ao puto canto músicas deles para o adormecer (resulta, meus caros, resulta!), mas hoje é dia de recuperar o tempo perdido.
Há que tempos que não ouvia Rammstein. (sim, isso para mim é que é pecado)
Hoje calhou conduzir um carro que não o meu e calhou ouvir o Mutter no caminho até à casinha de monstros civilistas.
Voltei a arrepiar-me toda, tal como da primeira vez que o ouvi.
Voltei a vibrar com cada música, tal como da primeira vez, mais agora que já ouvi ao vivo (mais que uma vez, diga-se) todas as músicas deste álbum.
Voltei a cantarolar cada música, como se fosse uma lengalenga ou uma canção que se aprende em criança e nunca mais se esquece.
Porque razão não ouvia estes senhores há tanto tempo é um mistério, se até ao puto canto músicas deles para o adormecer (resulta, meus caros, resulta!), mas hoje é dia de recuperar o tempo perdido.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Coisas Que Vejo Por Aí #39
Passando à frente da futilidade que isto possa representar, tenho que partilhar um verdadeiro achado.
Não será segredo para ninguém que sou grande apreciadora dos pincéis da Real Techniques. Tenho vários, que é para não dizer muitos, e não tenho dúvidas em afirmar que são dos melhores que o mercado tem para oferecer. O material é bom, a durabilidade é para lá de excelente e o preço é bastante aceitável.
Estas belezas estavam à venda numa loja do Almada Fórum (e isto só há coisa de um ano e pouco, porque os primeiros pincéis comprei online, que a este país no fim do mundo as coisas chegam com anos de atraso), mas esta colecção Bold Metals tinha tudo o que a colecção original tinha no que diz respeito à qualidade, excepto o preço que, falando português correcto, era uma tremenda duma pouca vergonha e uma ladroagem inqualificável.
Sucede que toda a gente percebeu isso e não compraram os ditos, que se amontoaram, tristíssimos nas prateleiras, até que os lojistas (adoro linguagem geriátrica) resolveram vendê-los ao desbarato porque não iriam mais repor o stock.
E foi assim que adquiri esta coisa maravilhosa, que custava a módica quantia de € 33,50, por ... (tambores, por favor) ... € 17! Ficou ainda mais barato que no próprio site da marca. Uma pechincha autêntica!
A felicidade de ser pobre é ficar tremenda e genuinamente feliz pelas baratezas desta vida.
Não sei se ria, se chore...
Não será segredo para ninguém que sou grande apreciadora dos pincéis da Real Techniques. Tenho vários, que é para não dizer muitos, e não tenho dúvidas em afirmar que são dos melhores que o mercado tem para oferecer. O material é bom, a durabilidade é para lá de excelente e o preço é bastante aceitável.
Estas belezas estavam à venda numa loja do Almada Fórum (e isto só há coisa de um ano e pouco, porque os primeiros pincéis comprei online, que a este país no fim do mundo as coisas chegam com anos de atraso), mas esta colecção Bold Metals tinha tudo o que a colecção original tinha no que diz respeito à qualidade, excepto o preço que, falando português correcto, era uma tremenda duma pouca vergonha e uma ladroagem inqualificável.
Sucede que toda a gente percebeu isso e não compraram os ditos, que se amontoaram, tristíssimos nas prateleiras, até que os lojistas (adoro linguagem geriátrica) resolveram vendê-los ao desbarato porque não iriam mais repor o stock.
E foi assim que adquiri esta coisa maravilhosa, que custava a módica quantia de € 33,50, por ... (tambores, por favor) ... € 17! Ficou ainda mais barato que no próprio site da marca. Uma pechincha autêntica!
A felicidade de ser pobre é ficar tremenda e genuinamente feliz pelas baratezas desta vida.
Não sei se ria, se chore...
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Piadas de Propriedade Privada,
Posição Doutrinária
quarta-feira, 10 de maio de 2017
#souestúpidaegosto
Recentemente, mais propriamente no passado dia 30 de Abril, decidi que o mês de Maio haveria de ser o mês sem açúcar.
Desde então não tenho consumido doces nem derivados dessa espécie, leia-se bolos, chocolate, refrigerante, bolachas e todas essas tentações maravilhosas que até então povoavam a minha vida numa alegre procissão de diabetes.
Ainda pensei ir mais longe e fiz um pequeno périplo pela dispensa e pelo frigorifico para investigar a tabela nutricional de cada alimento, disposta a deitar fora todos aqueles que tivessem açúcar, mas desisti. Porque tinha que deixar de ter comida em casa; toda a porra tem açúcar, inclusive o leite. O leite, senhores, o leite!!!
Assim, e não querendo ser uma maluquinha dos radicalismos alimentares, decidi só erradicar os açúcares abertamente açúcares (os pecados) e até agora tenho-me portado muito bem.
Um colega cá do escritório fez anos, fez-se a habitual comemoração com bolo e Coca-Cola e eu nada comi ou bebi dessa estirpe.
O meu Sogro fez anos e nem cheirei sequer uma fatia de bolo.
Até passei a beber café sem açúcar, o que tem sido surpreendentemente agradável.
Nem um rebuçado eu como.
Não será propriamente uma dieta, mas achei que estava na altura de deixar de comer como uma abadessa e quis começar por algum lado, e comecei por onde o corte seria óbvio.
Tradução: ando com o dobro do mau feitio. Só me apetece rachar cabeças a eito a toda a hora e tenho fantasias ordinárias com a minha pessoa a ir comprar um taco de baseball para andar com ele rua abaixo a partir as pinhas de quem me chateia. Nem é tanto sentir a falta dos doces, é mesmo um reavivar de tendências assassinas que aparentemente estavam apaziguadas pela gula.
Quem me manda a mim ser parva?
Desde então não tenho consumido doces nem derivados dessa espécie, leia-se bolos, chocolate, refrigerante, bolachas e todas essas tentações maravilhosas que até então povoavam a minha vida numa alegre procissão de diabetes.
Ainda pensei ir mais longe e fiz um pequeno périplo pela dispensa e pelo frigorifico para investigar a tabela nutricional de cada alimento, disposta a deitar fora todos aqueles que tivessem açúcar, mas desisti. Porque tinha que deixar de ter comida em casa; toda a porra tem açúcar, inclusive o leite. O leite, senhores, o leite!!!
Assim, e não querendo ser uma maluquinha dos radicalismos alimentares, decidi só erradicar os açúcares abertamente açúcares (os pecados) e até agora tenho-me portado muito bem.
Um colega cá do escritório fez anos, fez-se a habitual comemoração com bolo e Coca-Cola e eu nada comi ou bebi dessa estirpe.
O meu Sogro fez anos e nem cheirei sequer uma fatia de bolo.
Até passei a beber café sem açúcar, o que tem sido surpreendentemente agradável.
Nem um rebuçado eu como.
Não será propriamente uma dieta, mas achei que estava na altura de deixar de comer como uma abadessa e quis começar por algum lado, e comecei por onde o corte seria óbvio.
Tradução: ando com o dobro do mau feitio. Só me apetece rachar cabeças a eito a toda a hora e tenho fantasias ordinárias com a minha pessoa a ir comprar um taco de baseball para andar com ele rua abaixo a partir as pinhas de quem me chateia. Nem é tanto sentir a falta dos doces, é mesmo um reavivar de tendências assassinas que aparentemente estavam apaziguadas pela gula.
Quem me manda a mim ser parva?
Apetece-me Grandemente Ser Porca #58
Haverá, com toda a certeza, um lugar especial no inferno para as pessoas que gostam de terminar as frases com a expressão tenho dito.
Se calhar é só da minha pessoa (muito provavelmente), mas soa-me sempre a um incrível pretensiosismo, snobismo e um ligeiro toque de infantilidade. Observo pessoas porreiras, algumas das quais até são pessoas que aprecio (o que vem sendo uma raridade), a dizerem coisas interessantes, sim senhor, e depois concluem com esta pérola de sabedoria. Tenho dito. Que lindo.
Parece um chavão da missa. Mais um bocado e estão a ajoelhar-se para o dizer, não?
Enforquem-se, pá.
Se calhar é só da minha pessoa (muito provavelmente), mas soa-me sempre a um incrível pretensiosismo, snobismo e um ligeiro toque de infantilidade. Observo pessoas porreiras, algumas das quais até são pessoas que aprecio (o que vem sendo uma raridade), a dizerem coisas interessantes, sim senhor, e depois concluem com esta pérola de sabedoria. Tenho dito. Que lindo.
Parece um chavão da missa. Mais um bocado e estão a ajoelhar-se para o dizer, não?
Enforquem-se, pá.
"Lindo Menino. Neste Momento, 'Tás Detido" - Dissertação Sobre o Estado de Polícia em que Afinal Vivemos
O que me espanta é que ainda haja gente que acha muito bem que aquele militar da GNR, leia-se brutamontes descerebrado, tenha usado uma manobra toda karateca num pobre diabo que estava a usar uma porra de um telefone, a fazer um escarcéu qualquer numa qualquer repartição de Finanças (que funcionam todas muita bem, benzás deus).
Porque, como está bom de ver, o senhor do telemóvel estava a matar pessoas e aquele foi um acto heróico; aquele homem salvou vidas!
Não, estava a sequestrá-las e o bófia, com uma coragem inigualável, pôs fim àquele terror!
Não, não, estava com um pau a bater em toda a gente e o senhor polícia, com enorme sacrifício pessoal, foi lá fazer-lhe frente!
Pois, exacto, como já se viu, é já a seguir...
O homem estava a pôr em perigo alguém?
Estava a ser violento?
Estava a ameaçar a vida e a integridade física de outros?
Não, estava apenas a ser malcriado e a filmar num espaço proibido.
Que se saiba, não é comportamento que justifique o uso da força como se de um estado de necessidade se tratasse.
Portanto, NÃO SE JUSTIFICA a conduta do jagunço que lhe deitou as mãos ao pescoço para o deter. Há procedimentos a seguir. Que chamasse reforços e que procedessem à detenção segundo as normas em vigor. Não é um "acto que mereça público louvor", é uma pouca vergonha e um atentado aos pilares da democracia e de um Estado de Direito.
Sendo porca até à 15ª geração, apetece-me dizer que isto não é por acaso, é apenas meramente gratuito; se fosse um homem caucasiano, a coisa dava-se? Se fosse um português, isto aconteceria?
Não perdendo tempo com demagogias, digo abertamente que não.
Claro que não.
Só se atacam os fracos, os que não têm defesa, os que não podem ripostar, os que não têm voz. Lamento, mas há aqui um quê de racismo. E uma enorme dose de violência policial contra o cidadão comum da qual não se fala, mas que devia dar azo a um debate público.
A porra da polícia, parece, não faz mais nada senão partir para o enxovalho e para a porrada. Assim de repente, lembro-me da agressão a um adepto do Benfica em Guimarães, com um cassetete de aço, lembro-me do pontapé na cabeça a um membro de uma claque e tantos outros casos em que a polícia resolve ser absolutamente pidesca e abusar do poder que detém.
E isto, meus caros, deveria encher-nos, a todos, de vergonha. É preciso tomar medidas. É preciso diligenciar para que estes casos conheçam um castigo exemplar para a "autoridade" que agiu de forma animalesca e profundamente desregrada.
Andámos todos, nem há duas semanas, todos contentes a comemorar o 25 de Abril e as liberdades conquistadas para depois andarmos a aplaudir actos de violência da polícia contra o cidadão sem razão aparente?! Por amor da santa!
Triste será o dia em que, voltando ao passado de regime ditatorial, um acto desmedido e desproporcionado da polícia não tenha consequências.
Terá chegado tal dia?
Porque, como está bom de ver, o senhor do telemóvel estava a matar pessoas e aquele foi um acto heróico; aquele homem salvou vidas!
Não, estava a sequestrá-las e o bófia, com uma coragem inigualável, pôs fim àquele terror!
Não, não, estava com um pau a bater em toda a gente e o senhor polícia, com enorme sacrifício pessoal, foi lá fazer-lhe frente!
Pois, exacto, como já se viu, é já a seguir...
O homem estava a pôr em perigo alguém?
Estava a ser violento?
Estava a ameaçar a vida e a integridade física de outros?
Não, estava apenas a ser malcriado e a filmar num espaço proibido.
Que se saiba, não é comportamento que justifique o uso da força como se de um estado de necessidade se tratasse.
Portanto, NÃO SE JUSTIFICA a conduta do jagunço que lhe deitou as mãos ao pescoço para o deter. Há procedimentos a seguir. Que chamasse reforços e que procedessem à detenção segundo as normas em vigor. Não é um "acto que mereça público louvor", é uma pouca vergonha e um atentado aos pilares da democracia e de um Estado de Direito.
Sendo porca até à 15ª geração, apetece-me dizer que isto não é por acaso, é apenas meramente gratuito; se fosse um homem caucasiano, a coisa dava-se? Se fosse um português, isto aconteceria?
Não perdendo tempo com demagogias, digo abertamente que não.
Claro que não.
Só se atacam os fracos, os que não têm defesa, os que não podem ripostar, os que não têm voz. Lamento, mas há aqui um quê de racismo. E uma enorme dose de violência policial contra o cidadão comum da qual não se fala, mas que devia dar azo a um debate público.
A porra da polícia, parece, não faz mais nada senão partir para o enxovalho e para a porrada. Assim de repente, lembro-me da agressão a um adepto do Benfica em Guimarães, com um cassetete de aço, lembro-me do pontapé na cabeça a um membro de uma claque e tantos outros casos em que a polícia resolve ser absolutamente pidesca e abusar do poder que detém.
E isto, meus caros, deveria encher-nos, a todos, de vergonha. É preciso tomar medidas. É preciso diligenciar para que estes casos conheçam um castigo exemplar para a "autoridade" que agiu de forma animalesca e profundamente desregrada.
Andámos todos, nem há duas semanas, todos contentes a comemorar o 25 de Abril e as liberdades conquistadas para depois andarmos a aplaudir actos de violência da polícia contra o cidadão sem razão aparente?! Por amor da santa!
Triste será o dia em que, voltando ao passado de regime ditatorial, um acto desmedido e desproporcionado da polícia não tenha consequências.
Terá chegado tal dia?
Salvador Sobral
Só porque o moço, agora, conseguiu-nos um lugar na final, não vou desatar a dizer bem dele. Até porque, no meu humilde ver, não há grande coisa para dizer; é o que é, está à vista e é um hypster, ao fim e ao cabo.
Mas já que está tudo muito contentinho, eu também estou.
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Estava à espera de não gostar nada, mas enganei-me redondamente.
Uma mistura de policial com romance histórico, com grande equilíbrio de linguagem e um final que, não sendo inesperado, é surpreendente pela forma como é descrito.
Um boa surpresa.
Uma mistura de policial com romance histórico, com grande equilíbrio de linguagem e um final que, não sendo inesperado, é surpreendente pela forma como é descrito.
Um boa surpresa.
Dia da Mãe
O meu rebento veio da escolinha com um presente para sua Mãe e depois foi com o Pai comprar um presente só dele.
Já estou a ficar diabética com tanto melaço que para aqui vai.
Mas adorei.
Já estou a ficar diabética com tanto melaço que para aqui vai.
Mas adorei.
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Do Estabelecimento da Maternidade
Ai Sim?
Ultimamente, para além de andar desaparecida para o mundo, tenho vindo a padecer de uma série de maleitas. O que não seria nada de extraordinário se fossem doenças ditas normais, que toda a gente tem de vez em quando, uma gripe, uma pontada, um arranhão, tudo derivado de pequenos acidentes domésticos e infortúnios que fazem parte do dia-a-dia.
Mas não.
Não, não senhor.
Os meus males são típicos da terceira idade. Alguns também porque sou estúpida, mas maioritariamente porque me acodem doenças de velha.
Vejamos:
Resolvendo fazer praliné de caramelo e nozes, achei que era boa ideia testar a temperatura do caramelo com a ponta dos dedos.
Isto porque, e isto é absolutamente verídico, passou-me pela cabeça, meio segundo antes de fazer a idiotice de mergulhar os dedos no açúcar fervente, uma história que corre na família acerca da minha bisavó, que já não conheci, que virava as brasas do seu carvoeiro com as mãos; pensando cá para mim que, correndo parte do sangue dela nas minha veias, o meu corpo estaria preparado para grandes temperaturas porque tal já me estaria no ADN.
Claro que me fodi grandemente. Este incidente deu-se efectivamente porque sou estúpida, mas há que dizer que fui logo a correr pôr manteiga, tal como uma boa e típica velha. Depois também me fartei de gemer com dores, igual a uma idosa, maneiras que equilibrei um bocado as coisas.
Não contente com a merda do caramelo já me ter rebentado com os dedos, tudo graças à minha imensa inteligência, como está bom de ver, depois de já tudo frio e com as nozes aprisionadas dentro do açúcar, decidi provar a minha obra.
Estava delicioso, diga-se.
Não obstante, parti um dente ao trincar aquela porra. Um dente da frente. DA FRENTE, CARALHO! Vá de ir a correr para o dentista para consertar o túnel aberto no meio da boca (era só uma lasca, mas a mim parecia-me uma vala comum escancarada a céu aberto).
Depois de feito o arranjo do meu lindo dentinho, o senhor doutor dentista deu-me uma palestra sobre a minha nova vida, dali em diante: nada de trincar fruta rija, cuidado com os frios e os quentes, nada de comer entrecosto à dentada, o máximo de cuidado daqui para a frente. Só faltava recomendar-me Corega para fixar a dentadura, porra. Entrei, portanto, no dentista com 31 anos, saí de lá com 84. Merda mais a isto.
Como já estava tudo a correr tão bem, nesse mesmo dia, olho para os meus ricos pés e vejo uma porra de uma mancha numa unha. Já se está mesmo a ver o que é, não é... Aceitando o meu destino de idosa a dar as últimas, lá me resigno a fazer uma porcaria de um tratamento às unhas que vai durar um mês. UM MÊS INTEIRO com porras nos pés sem poder calçar sapatinhos bonitos porque ficam à vista as ligaduras das minhas leprosidades.
Como é que uma pessoa (relativamente) nova fica velha tão depressa?!
Caralhos ma fodam mais à sorte.
E você?
Mas não.
Não, não senhor.
Os meus males são típicos da terceira idade. Alguns também porque sou estúpida, mas maioritariamente porque me acodem doenças de velha.
Vejamos:
Resolvendo fazer praliné de caramelo e nozes, achei que era boa ideia testar a temperatura do caramelo com a ponta dos dedos.
Isto porque, e isto é absolutamente verídico, passou-me pela cabeça, meio segundo antes de fazer a idiotice de mergulhar os dedos no açúcar fervente, uma história que corre na família acerca da minha bisavó, que já não conheci, que virava as brasas do seu carvoeiro com as mãos; pensando cá para mim que, correndo parte do sangue dela nas minha veias, o meu corpo estaria preparado para grandes temperaturas porque tal já me estaria no ADN.
Claro que me fodi grandemente. Este incidente deu-se efectivamente porque sou estúpida, mas há que dizer que fui logo a correr pôr manteiga, tal como uma boa e típica velha. Depois também me fartei de gemer com dores, igual a uma idosa, maneiras que equilibrei um bocado as coisas.
Não contente com a merda do caramelo já me ter rebentado com os dedos, tudo graças à minha imensa inteligência, como está bom de ver, depois de já tudo frio e com as nozes aprisionadas dentro do açúcar, decidi provar a minha obra.
Estava delicioso, diga-se.
Não obstante, parti um dente ao trincar aquela porra. Um dente da frente. DA FRENTE, CARALHO! Vá de ir a correr para o dentista para consertar o túnel aberto no meio da boca (era só uma lasca, mas a mim parecia-me uma vala comum escancarada a céu aberto).
Depois de feito o arranjo do meu lindo dentinho, o senhor doutor dentista deu-me uma palestra sobre a minha nova vida, dali em diante: nada de trincar fruta rija, cuidado com os frios e os quentes, nada de comer entrecosto à dentada, o máximo de cuidado daqui para a frente. Só faltava recomendar-me Corega para fixar a dentadura, porra. Entrei, portanto, no dentista com 31 anos, saí de lá com 84. Merda mais a isto.
Como já estava tudo a correr tão bem, nesse mesmo dia, olho para os meus ricos pés e vejo uma porra de uma mancha numa unha. Já se está mesmo a ver o que é, não é... Aceitando o meu destino de idosa a dar as últimas, lá me resigno a fazer uma porcaria de um tratamento às unhas que vai durar um mês. UM MÊS INTEIRO com porras nos pés sem poder calçar sapatinhos bonitos porque ficam à vista as ligaduras das minhas leprosidades.
Como é que uma pessoa (relativamente) nova fica velha tão depressa?!
Caralhos ma fodam mais à sorte.
E você?
terça-feira, 9 de maio de 2017
Puta Que Pariu Esta Merda Toda
Depois de não-sei-quantos dias em que a Judicatura me acertou com o seu punho de ferro, mesmo em cheio nas trombas, posso finalmente respirar fundo um bocadinho, que está quase, quase no fim.
Sem entrar pelas agruras técnicas e que obrigam a levantar cedo e a deitar tarde por causa desta merda, apraz somente dizer, e esperar com muito fervor, que haja, afinal, um lugar especial no inferno para as pessoas que mentem em tribunal e para os juízes que acreditam nelas, esperando, com igual ardor, que apanhem todos doenças venéreas muito dolosas nas ilustres partes baixas.
#pócaralho
Sem entrar pelas agruras técnicas e que obrigam a levantar cedo e a deitar tarde por causa desta merda, apraz somente dizer, e esperar com muito fervor, que haja, afinal, um lugar especial no inferno para as pessoas que mentem em tribunal e para os juízes que acreditam nelas, esperando, com igual ardor, que apanhem todos doenças venéreas muito dolosas nas ilustres partes baixas.
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