Estando a ouvir gravações de inquirições de testemunhas, prestados em julgamento, para auxiliar no espectacular recurso que tenho para fazer já amplamente publicitado neste espaço de queixume e preguiça , constato que o barulho de fundo que se ouve, algumas vezes por cima das vozes dos depoentes, de um qualquer ser, sem sombra de educação e regras de conduta em sociedade, a assoar-se como se estivesse a tocar trombone na banda filarmónica de Alguidares de Baixo, não é mais ninguém a não ser a minha pessoa.
Já não bastava estar sempre a fungar, as mais das vezes a tentar esconder o risinho idiota sempre que ouvia a palavra pila (e com isto percebe-se que não passo de uma atrasada que vai para julgamentos de coisas sérias como se fosse para a matiné do cinema), como ainda fica guardado para a posteridade, no caraças do sistema de gravação em uso naquele Tribunal do inferno, a minha falta de chá e profundo talento para ser estúpida.
Devia ter imensa vergonha, mas não me acode nenhuma.
E você?
Sem comentários:
Enviar um comentário