Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Quando os patrões são umas ovelhas chonés que não sabem dos registos das sociedades, mas depois percebem que a sociedade não está registada e depois não conseguem tirar o cadastro da dita sociedade, e só se apercebem disto quando faltam dois dias para o final do prazo, e não vamos entregar o cadastro num concurso público, que é factor eliminatório de uma merda qualquer e andamos a trabalhar para aquecer e vai toda a gente a correr para fora do escritório, cada um ao seu destino ver se conseguimos lutar contra o destino de sermos uns estouvados da porra que nunca têm nada pronto a horas e quem se lixa sou eu que tenho que andar a aturar estas merdas todas e a voar de conservatória em conservatória até encontrar uma solução para o que não remédio algum, foda-se.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Saberá um deus qualquer porquê, mas hoje acordei a cantar mentalmente esta música.
Só me falta a sentença, mesmo...
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O Direito tornou-me inimputável
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Ai Sim?
Tive recentemente a oportunidade de interpelar, pela 15784268456ª vez, uma devedora que não há meio de passar para o lado de cá toda a cheta que deve ao meu cliente.
A mulher passa-se e começa-se-me a gritar do outro lado da linha que vai fazer queixa à TVI, porque é uma vergonha andar-se a trabalhar uma vida inteira e andarem os outros a fazer perseguição por causa de umas dívidazecas quando há neste país quem roube milhões e saia impune.
Não resisti e respondi que não era por fazer a queixa à TVI que a dívida desaparecia e que mais depressa faziam a reportagem sobre ela, que deve e não paga, do que sobre mim, que só estou a cobrar o dinheiro.
Desligou-me o telefone nas trombas.
Cheira-me que muito brevemente vou andar a ser difamada na televisão.
E você?
A mulher passa-se e começa-se-me a gritar do outro lado da linha que vai fazer queixa à TVI, porque é uma vergonha andar-se a trabalhar uma vida inteira e andarem os outros a fazer perseguição por causa de umas dívidazecas quando há neste país quem roube milhões e saia impune.
Não resisti e respondi que não era por fazer a queixa à TVI que a dívida desaparecia e que mais depressa faziam a reportagem sobre ela, que deve e não paga, do que sobre mim, que só estou a cobrar o dinheiro.
Desligou-me o telefone nas trombas.
Cheira-me que muito brevemente vou andar a ser difamada na televisão.
E você?
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Quesitos da Base Instrutória
Cinema Nº ... Coiso
Está bom, sim senhor.
Está bem feito, sim senhor.
Está interessante e os efeitos especiais e de maquilhagem são brutais, sim senhor.
Não, não é o melhor filme do ano.
Não, não é a melhor interpretação do Dicaprio.
Não, não creio que o faça ganhar o Oscar.
Já com Mr. Hardy, temos um caso de sérias probabilidades de vislumbrarmos o vencedor do Oscar de melhor actor secundário.
Porque o papel assenta-lhe mesmo bem.
Porque o gajo é mesmo soberbo.
Porque qualquer coisa lhe assenta mesmo bem, a bem da verdade.
E é isto.
Está bem feito, sim senhor.
Está interessante e os efeitos especiais e de maquilhagem são brutais, sim senhor.
Não, não é o melhor filme do ano.
Não, não é a melhor interpretação do Dicaprio.
Não, não creio que o faça ganhar o Oscar.
Já com Mr. Hardy, temos um caso de sérias probabilidades de vislumbrarmos o vencedor do Oscar de melhor actor secundário.
Porque o papel assenta-lhe mesmo bem.
Porque o gajo é mesmo soberbo.
Porque qualquer coisa lhe assenta mesmo bem, a bem da verdade.
E é isto.
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Um pouco decepcionante, na verdade.
Não esperava tão seca obra e tão previsível de um autor como Grisham.
Deixa muito a desejar, o que é uma pena porque a temática é muito interessante.
Não esperava tão seca obra e tão previsível de um autor como Grisham.
Deixa muito a desejar, o que é uma pena porque a temática é muito interessante.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Margarita
Sei que, mais tarde ou mais cedo, vou desenvolver um problema sério de alcoolismo.
Tudo por causa da tequila e das margaritas maravilhosas que produz.
Foda-se mais a isto.
Tudo por causa da tequila e das margaritas maravilhosas que produz.
Foda-se mais a isto.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Ai Tanto
Quem se lembra disto?
Com toda a certeza que não ia deixar que este episódio caísse no saco fundo do meu esquecimento.
Afinal, parece que quem provocou aquela confusão toda foi um senhor polícia, muito afoito e muito cumpridor dos trâmites da lei, que, vai-se a ver (adoro), não fez outra coisa senão merda.
Ok, já passou quase um ano, foi há muito tempo, já ninguém se lembra, já passou e tal.
Uma merda, está bem?, uma merda, que bem me lembro das horas que passei sentada no carro à espera que a merda do trânsito resolvesse fluir, aflita para ir à casa de banho e cheia de fome como não me lembro de alguma vez ter estado.
Esperava-se que o senhor agente fosse severa e exemplarmente castigado.
Podiam ter-me perguntado, teria muitos castigos para sugerir, como pendurá-lo pelos pés numa árvore, obriga-lo andar nu na Avenida da Liberdade com umas grilhetas nas partes baixas, ser mergulhado num tanque de merda ou ir para a Sibéria durante dois dias com roupa de verão.
Só lhe fazia era bem, para abrir a pestana.
Não?
Com toda a certeza que não ia deixar que este episódio caísse no saco fundo do meu esquecimento.
Afinal, parece que quem provocou aquela confusão toda foi um senhor polícia, muito afoito e muito cumpridor dos trâmites da lei, que, vai-se a ver (adoro), não fez outra coisa senão merda.
Ok, já passou quase um ano, foi há muito tempo, já ninguém se lembra, já passou e tal.
Uma merda, está bem?, uma merda, que bem me lembro das horas que passei sentada no carro à espera que a merda do trânsito resolvesse fluir, aflita para ir à casa de banho e cheia de fome como não me lembro de alguma vez ter estado.
Esperava-se que o senhor agente fosse severa e exemplarmente castigado.
Podiam ter-me perguntado, teria muitos castigos para sugerir, como pendurá-lo pelos pés numa árvore, obriga-lo andar nu na Avenida da Liberdade com umas grilhetas nas partes baixas, ser mergulhado num tanque de merda ou ir para a Sibéria durante dois dias com roupa de verão.
Só lhe fazia era bem, para abrir a pestana.
Não?
Coisas Que Vejo Por Aí # 33
Pois que comecei a ver e comecei a gostar.
Agora, tornou-se um vício.
A televisão portuguesa ainda faz coisas boas, com as ideias dos outros, é certo (formato original israelita, pois claro!), mas muito bem adaptado e deveras interessante.
Agora, tornou-se um vício.
A televisão portuguesa ainda faz coisas boas, com as ideias dos outros, é certo (formato original israelita, pois claro!), mas muito bem adaptado e deveras interessante.
Eu e Ele - 18
A quantidade de stress que contraio por causa das merdas mal feitas que ele me dá ou das informações mal dadas que ele me transmite para completar uma tarefa deviam dar para me tirar uns quilinhos valentes de cima.
Pois bem, era bom, não era?
Ná, nada disso.
O stress, esse filho de uma puta desleixada, mantém-se cá, e sabe um deus qualquer o dinheirão que um dia terei que gastar num terapeuta para me retirar esta peçonha do subconsciente, mas o peso não baixa nem um graminha.
Colei chiclete na cruz, certo?
Pois bem, era bom, não era?
Ná, nada disso.
O stress, esse filho de uma puta desleixada, mantém-se cá, e sabe um deus qualquer o dinheirão que um dia terei que gastar num terapeuta para me retirar esta peçonha do subconsciente, mas o peso não baixa nem um graminha.
Colei chiclete na cruz, certo?
António Almeida Santos 1926 - 2016
Quando digo que o mês de Janeiro é terrível, é exactamente por causa destes acontecimentos tristes.
Quantos notáveis já perdemos nas últimas semanas?
Vai de mal a pior.
Coisas Que Vejo Por Aí # 32
Sempre tive alguma consideração por Lars Von Trier. Achava que tinha bastante talento a mostrar subtilezas e que as sabia mostrar em ponto grande no ecrã como poucos.
Até ver esta coisa:
Atente-se que o volume I de Ninfomaníaca está bastante bom; a história é muito interessante e a visão do realizador verdadeiramente inovadora. O diálogo entre a protagonista e o homem que a recolhe é fenomenal.Mais a foda, que nunca mais acaba e que nunca deixa de ser deveras interessante.
O volume II é mauzinho, vá. Acho que a atriz escolhida, apesar de talentosa, não é bem a coisa mais linda que uma câmara já filmou, o que, apesar de dar um certo realismo à coisa, dá uma aura de estranheza ao filme.
No entanto, a violência subjacente é qualquer coisa de notável. Gráfico. Quase enjoativo. Quando as cenas de foda são gratuitas, o pessoal ainda fecha os olhos porque o cenário é interessante. Quando a violência é o mote, a coisa é diferente. Não me sentia tão incomodada com uma cena de um filme desde 'Irreversível', de Gaspar Noé. Mas ao contrário deste, em que a cena de violência é absolutamente necessária para se perceber o fim do filme (ou será, antes, o início?), senti que a cena em que a protagonista faz um aborto com as próprias mãos ajuda muito pouco à compreensão da história ou à profundidade da personagem.
O final do filme também é assaz estúpido e deixa muito a desejar.
Porém, o maior problema do volume II, à parte de cenas macacas, é um senhor chamado Shia LaBeouf, que, para além de ser uma cara de parvo que mete nojo, é um ser miserável e sem talento que não devia ter lugar em filme algum, mas isso sou só eu que sou implicante e idiota.
E era só isto.
Até ver esta coisa:
Atente-se que o volume I de Ninfomaníaca está bastante bom; a história é muito interessante e a visão do realizador verdadeiramente inovadora. O diálogo entre a protagonista e o homem que a recolhe é fenomenal.Mais a foda, que nunca mais acaba e que nunca deixa de ser deveras interessante.
O volume II é mauzinho, vá. Acho que a atriz escolhida, apesar de talentosa, não é bem a coisa mais linda que uma câmara já filmou, o que, apesar de dar um certo realismo à coisa, dá uma aura de estranheza ao filme.
No entanto, a violência subjacente é qualquer coisa de notável. Gráfico. Quase enjoativo. Quando as cenas de foda são gratuitas, o pessoal ainda fecha os olhos porque o cenário é interessante. Quando a violência é o mote, a coisa é diferente. Não me sentia tão incomodada com uma cena de um filme desde 'Irreversível', de Gaspar Noé. Mas ao contrário deste, em que a cena de violência é absolutamente necessária para se perceber o fim do filme (ou será, antes, o início?), senti que a cena em que a protagonista faz um aborto com as próprias mãos ajuda muito pouco à compreensão da história ou à profundidade da personagem.
O final do filme também é assaz estúpido e deixa muito a desejar.
Porém, o maior problema do volume II, à parte de cenas macacas, é um senhor chamado Shia LaBeouf, que, para além de ser uma cara de parvo que mete nojo, é um ser miserável e sem talento que não devia ter lugar em filme algum, mas isso sou só eu que sou implicante e idiota.
E era só isto.
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Comentário Jurídico da Latrina,
Posição Doutrinária
Cinema Nº ... Qualquer Coisa
É bonzinho e tal mas podia estar melhor.
As interpretações são razoáveis mas a história é só interessante q.b.
O estilo de realização é sempre o mesmo desde "Guia para um final feliz" e, francamente, já se torna monótono.
Mas tem o Edgar
Ramirez e mais do que isso não se pode pedir.
Razoável, vá.
As interpretações são razoáveis mas a história é só interessante q.b.
O estilo de realização é sempre o mesmo desde "Guia para um final feliz" e, francamente, já se torna monótono.
Mas tem o Edgar
Ramirez e mais do que isso não se pode pedir.
Razoável, vá.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Mas Qu'É Isto?!
Tuomas, seu paspalho.
Ai casaste, foi?
Ai não disseste nada, é?
Com essa delambida, feia como os trovões e ainda por cima com idade para ser tua filha, pois então?!
Toma, puta:
Ai casaste, foi?
Ai não disseste nada, é?
Com essa delambida, feia como os trovões e ainda por cima com idade para ser tua filha, pois então?!
Toma, puta:
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Isto Só a Mim...,
Teorias do Homicídio Qualificado
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Alan Rickman 1946 - 2016
Não posso crer. Simplesmente não posso.
Como é que este homem desapareceu?
Como pôde isto suceder?
Porra mais a isto.
Como é que este homem desapareceu?
Como pôde isto suceder?
Porra mais a isto.
Cinema Nº ... Coiso
Não que seja grande amante da saga, mas sei reconhecer um bom filme quando o vejo.
É claramente o caso deste; absolutamente brutal.
Venham mais!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
David Bowie 1947 - 2016
Deixa, no entanto, um legado imenso que o fará imortal.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Salty As Fuck - 11
Tenho um problema com a desonestidade intelectual.
Estou profundamente convicta que esta figura anda de mãos dadas com a inveja latente.
De mãos dadas... andam a comer-se forte e feio, é o que é, numa jarvardice pegada, repleta de badalhoquice e sado-maso.
Há uns tempos, fiz um julgamento de um crime de burla agravada.
A matéria em causa era confusa, muito intrincada e até para se perceber a mecânica da alegada burla era preciso um considerável esforço de concentração, sob pena de não se perceber um boi daquilo que estava ali a ser discutido.
Escusado será dizer que, na qualidade de defensora de um dos arguidos, fiz os possíveis para me valer da confusão inerente à própria situação e dificultar a prova ao máximo, coisa que, diga-se, fiz brilhantemente em conluio com o Colega, defensor do co-arguido. Saiu tão bem, mas tão bem que não se fez prova nenhuma, o que enfureceu deveras o magistrado do Ministério Público.
Estava tão fulo, o moço, coitadinho. Todo ele era frustração, o pobre. E todo ele era filha-da-putice, pois que, furioso de não poder ver mais não sei quantos gandins na pildra, que é essa a sua missão de vida, livrar a sociedade da escumalha que comete crimes e cenas, em alegações finais, não vai de modas e resolve dar um ar de sua graça sem gracinha nenhuma: "a prova não se fez, não por especial mérito da defesa, mas porque o Ministério Público, que tem o ónus da prova, não logrou provar aquilo a que se propunha".
Grandessíssimo e alternadíssimo cabrão. "Não por especial mérito da defesa"?! Oi?! Mas então?!
O que me parece é que há uma grande falta capacidade de enxergar convenientemente e uma invejazinha porca a segredar-lhe ao ouvido.
Incapaz de admitir o mérito alheio, não resiste à desonestidade, lá está, de atacar o que não merece reparo.
Atribui esta mui ilustre tirada ao facto daquele animal, cheio de calos na mão direita, já se vai perceber porquê, não ver uma mulher desde a implantação da República e, por isso, ter feito um veto ao banho mais ou menos desde a Revolução dos Cravos e que a porcaria entranhada tenha chegado ao cérebro. Fiz-lhe aquele arzinho de nojo porreiro em que me tornei perita e mandei-o foder-se. Quando chegar a sentença, levas com ela pelas trombas abaixo, borrego da porra.
Pensava eu, na minha inocência, que tinha sido um episódio isolado e que coisas destas não ocorrem assim tão frequentemente quanto isso.
Enganei-me. Não porque sou de facto inocente mas porque tenho, afinal, memória curta. Porque efectivamente me esqueci para quem trabalho há já 5 anos. E porque me esqueci da cepa de que este charolês é feito.
Estive entretida a fazer uma qualquer peça processual que, falta-se-me a modéstia, estava porreira, pá. Bem feitinha, cheia de referências doutrinárias, outras tantas jurisprudenciais, estava mesmo boazinha, a gaja. Vai parar à mesa da besta, para análise. Volta para a minha, pela mão do próprio. "Pode enviar", diz ele, "acrescente só aqui que vai juntar este e este documento. No global, não está mal. Continue."
"Não está mal", ó meu coirão de merda?!
Cai-te um tomate por fazer um elogio a cada 5 anos?
E "não está mal" porquê, porque não foste tu que fizeste, não é? Porque se fosses havias de fazer uma bela coisa, que as coisas que tu fazes são todas para cima de espectaculares, as que os outros fazem ou são uma merda ou não estão mal. Peça em que não se corrige nada é uma chatice; mais valia ter sido feito por um aluno da primária porque assim dava gozo na hora de mandar vir, era um festival. Certo?
Palmas para o reconhecimento pelo trabalho prestado. Vale muito a pena uma pessoa esforçar-se.
A tromba que fiz deve ter reflectido o texto supra, porque o carneiro olhou para mim e, com um sorrisinho macaco, ainda diz: "Não se pode elogiar muito as pessoas que a seguir só fazem asneiras".
Fiquei eu muito abespinhada com o procurador punheteiro para nada.
Vivo com um há estes anos todos e é disto a toda a hora.
Não sei de que me queixo.
Estou profundamente convicta que esta figura anda de mãos dadas com a inveja latente.
De mãos dadas... andam a comer-se forte e feio, é o que é, numa jarvardice pegada, repleta de badalhoquice e sado-maso.
Há uns tempos, fiz um julgamento de um crime de burla agravada.
A matéria em causa era confusa, muito intrincada e até para se perceber a mecânica da alegada burla era preciso um considerável esforço de concentração, sob pena de não se perceber um boi daquilo que estava ali a ser discutido.
Escusado será dizer que, na qualidade de defensora de um dos arguidos, fiz os possíveis para me valer da confusão inerente à própria situação e dificultar a prova ao máximo, coisa que, diga-se, fiz brilhantemente em conluio com o Colega, defensor do co-arguido. Saiu tão bem, mas tão bem que não se fez prova nenhuma, o que enfureceu deveras o magistrado do Ministério Público.
Estava tão fulo, o moço, coitadinho. Todo ele era frustração, o pobre. E todo ele era filha-da-putice, pois que, furioso de não poder ver mais não sei quantos gandins na pildra, que é essa a sua missão de vida, livrar a sociedade da escumalha que comete crimes e cenas, em alegações finais, não vai de modas e resolve dar um ar de sua graça sem gracinha nenhuma: "a prova não se fez, não por especial mérito da defesa, mas porque o Ministério Público, que tem o ónus da prova, não logrou provar aquilo a que se propunha".
Grandessíssimo e alternadíssimo cabrão. "Não por especial mérito da defesa"?! Oi?! Mas então?!
O que me parece é que há uma grande falta capacidade de enxergar convenientemente e uma invejazinha porca a segredar-lhe ao ouvido.
Incapaz de admitir o mérito alheio, não resiste à desonestidade, lá está, de atacar o que não merece reparo.
Atribui esta mui ilustre tirada ao facto daquele animal, cheio de calos na mão direita, já se vai perceber porquê, não ver uma mulher desde a implantação da República e, por isso, ter feito um veto ao banho mais ou menos desde a Revolução dos Cravos e que a porcaria entranhada tenha chegado ao cérebro. Fiz-lhe aquele arzinho de nojo porreiro em que me tornei perita e mandei-o foder-se. Quando chegar a sentença, levas com ela pelas trombas abaixo, borrego da porra.
Pensava eu, na minha inocência, que tinha sido um episódio isolado e que coisas destas não ocorrem assim tão frequentemente quanto isso.
Enganei-me. Não porque sou de facto inocente mas porque tenho, afinal, memória curta. Porque efectivamente me esqueci para quem trabalho há já 5 anos. E porque me esqueci da cepa de que este charolês é feito.
Estive entretida a fazer uma qualquer peça processual que, falta-se-me a modéstia, estava porreira, pá. Bem feitinha, cheia de referências doutrinárias, outras tantas jurisprudenciais, estava mesmo boazinha, a gaja. Vai parar à mesa da besta, para análise. Volta para a minha, pela mão do próprio. "Pode enviar", diz ele, "acrescente só aqui que vai juntar este e este documento. No global, não está mal. Continue."
"Não está mal", ó meu coirão de merda?!
Cai-te um tomate por fazer um elogio a cada 5 anos?
E "não está mal" porquê, porque não foste tu que fizeste, não é? Porque se fosses havias de fazer uma bela coisa, que as coisas que tu fazes são todas para cima de espectaculares, as que os outros fazem ou são uma merda ou não estão mal. Peça em que não se corrige nada é uma chatice; mais valia ter sido feito por um aluno da primária porque assim dava gozo na hora de mandar vir, era um festival. Certo?
Palmas para o reconhecimento pelo trabalho prestado. Vale muito a pena uma pessoa esforçar-se.
A tromba que fiz deve ter reflectido o texto supra, porque o carneiro olhou para mim e, com um sorrisinho macaco, ainda diz: "Não se pode elogiar muito as pessoas que a seguir só fazem asneiras".
Fiquei eu muito abespinhada com o procurador punheteiro para nada.
Vivo com um há estes anos todos e é disto a toda a hora.
Não sei de que me queixo.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Vá Lá, Vá Lá...
Afinal sempre choveu um bolinho-rei para estas paragens.
E estava bom que doía, caraças.
Este mesmo bolo, que tem ganho tudo o que é concurso de bolos da especialidade por estas paragens, desapareceu em menos de nada.
Porque cada um comeu três fationas. E mais houvesse.
Ainda bem que já acabaram as festas; qualquer dia não há calças que me sirvam.
E estava bom que doía, caraças.
Este mesmo bolo, que tem ganho tudo o que é concurso de bolos da especialidade por estas paragens, desapareceu em menos de nada.
Porque cada um comeu três fationas. E mais houvesse.
Ainda bem que já acabaram as festas; qualquer dia não há calças que me sirvam.
Dia de Reis
Houve uma época nesta casa de tristes em que o dia de reis era comemorado à grande, com o melhor bolo-rei que esta terra sinistra tem para oferecer (a sério, é mesmo bom), com bebidas quentes e muita galhofa.
Houve uma época assim, houve. Mas já passou.
O que não deixa de ser deveras penoso.
É que a porra do bolo é mesmo bom, caraças.
Houve uma época assim, houve. Mas já passou.
O que não deixa de ser deveras penoso.
É que a porra do bolo é mesmo bom, caraças.
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
In Loving Memory Of
Três longos anos passaram e ainda vejo o teu sorriso e oiço a tua voz quando fecho os olhos.
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Falar só por falar é fácil, não custa nada e faz um brilharete tremendo.
Uma coisa parece-nos mal, soa mal e cheira ligeiramente mal à distância e toca de falar horrivelmente sobre a tal coisa.
É fácil, mas também extremamente perigoso.
É assim que nascem os preconceitos e as ideias mais parvas de sempre. Do falar sem conhecer e julgar todos os livros pelas suas odiosas capas. É feio, muito feio.
No entanto, na minha pessoa, coisas as há que não resultam tão bem com esta premissa.
Isto porque há um elemento em mim, seja instinto, seja estupidez, que me permite de antemão e sem nada saber sobre uma coisa dizer, com toda a propriedade, não gosto.
Ainda antes de ler, já sabia de antemão que não gostava de Nicholas Sparks.
Vi um único filme baseado numa obra escrita por ele (As Palavras que Nunca te Direi) e jurei para nunca mais; ainda nem tinha chegado a meio do filme e já estava intoxicada com o cheiro a azeite. Ainda por cima, é só tragédia e a história acaba mal, mal, mal, o que só dá vontade não só de chorar como de cortar os pulsos por se ter perdido tempo de vida a ver semelhante merda.
Muitas pessoas do meu trato, no entanto, leem frequentemente as obras que este autor publica, são seguidores religiosos, vão ao cinema ver a adaptação, ficam muito contentinhos a ler e a ver a história. Apesar de me fazer repensar muitas vezes nas relações de amizade que tenho, respeito o gosto que cultivam e, como não me tentam evangelizar para passar gostar, fine by me.
Nunca tinha lido nada de Sparks e era relativamente feliz na minha escolha.
Até há bem pouco tempo em que, desafortunadamente, fiquei sem nada para ler e fui desencantar este livro a uma prateleira poeirenta, há muito esquecida.
Não é que tenha algum prazer em afirmar aos quatro ventos que tenho sempre razão (... ok, tenho um bocadinho, mas é pouco ...) mas já sabia que não ia gostar.
E não me enganei.
Detestei.
Mesmo.
Fiz um enorme esforço, intelectual e até mesmo físico, para conseguir levar até ao fim a empreitada de leitura. Há anos que não fazia um tão grande esforço para não atirar um livro pela janela fora e atentem que estamos a falar da mesma pessoa que, voluntariamente e muito antes de ser leitura obrigatória a português, leu Os Maias, Uma Família Inglesa e A Morgadinha dos Canaviais. Portanto, tenho alguma resistência a literatura exasperante.
Mas isto é demais. É mau demais, triste demais, pobre demais, estúpido demais, lamechas demais.
Uma história sem pés nem cabeça, um moralismo encapotado a meter dó, só com frases feitas, verdadeiramente medonhas e arrepiantes.
Há sempre uma tragédia qualquer nas histórias de Sparks: ou têm cancro, ou são órfãos, ou a família não gosta deles, ou morrem de acidentes de viação.
Nesta história, há de tudo um pouco, portanto já conseguem ver a qualidade da obra.
Esperava, não obstante, que existissem descrições de fazedura de amor terno e doce, ou filmi di fóda, como costumo dizer várias vezes ao dia, como não houvesse amanhã, já que é isso que salta à vista em filmes que tiveram por base a obra deste senhor, mas nada. Nada de nada.
Puta que pariu esta merda, a sério.
Nem tuuuuudo é mau, há que dizê-lo sem medo. O retrato da perda e do desgosto é francamente boa e a última carta que o personagem Ira escreve à mulher já falecida é verdadeiramente enternecedora. Fora isso, uma bosta.
Ao pesquisar na web a imagem supra, dei com o trailer (vão, portanto, fazer mais uns milhões com uma história de merda e encher as cabeças das pessoas de póneis e confettis) e, já aí, dá para perceber que até nas histórias parvas e insípidas aldrabam o guião e que nada, mas mesmo nada corresponde à realidade literária.
Um nojo, portanto.
Uma coisa parece-nos mal, soa mal e cheira ligeiramente mal à distância e toca de falar horrivelmente sobre a tal coisa.
É fácil, mas também extremamente perigoso.
É assim que nascem os preconceitos e as ideias mais parvas de sempre. Do falar sem conhecer e julgar todos os livros pelas suas odiosas capas. É feio, muito feio.
No entanto, na minha pessoa, coisas as há que não resultam tão bem com esta premissa.
Isto porque há um elemento em mim, seja instinto, seja estupidez, que me permite de antemão e sem nada saber sobre uma coisa dizer, com toda a propriedade, não gosto.
Ainda antes de ler, já sabia de antemão que não gostava de Nicholas Sparks.
Vi um único filme baseado numa obra escrita por ele (As Palavras que Nunca te Direi) e jurei para nunca mais; ainda nem tinha chegado a meio do filme e já estava intoxicada com o cheiro a azeite. Ainda por cima, é só tragédia e a história acaba mal, mal, mal, o que só dá vontade não só de chorar como de cortar os pulsos por se ter perdido tempo de vida a ver semelhante merda.
Muitas pessoas do meu trato, no entanto, leem frequentemente as obras que este autor publica, são seguidores religiosos, vão ao cinema ver a adaptação, ficam muito contentinhos a ler e a ver a história. Apesar de me fazer repensar muitas vezes nas relações de amizade que tenho, respeito o gosto que cultivam e, como não me tentam evangelizar para passar gostar, fine by me.
Nunca tinha lido nada de Sparks e era relativamente feliz na minha escolha.
Até há bem pouco tempo em que, desafortunadamente, fiquei sem nada para ler e fui desencantar este livro a uma prateleira poeirenta, há muito esquecida.
Não é que tenha algum prazer em afirmar aos quatro ventos que tenho sempre razão (... ok, tenho um bocadinho, mas é pouco ...) mas já sabia que não ia gostar.
E não me enganei.
Detestei.
Mesmo.
Fiz um enorme esforço, intelectual e até mesmo físico, para conseguir levar até ao fim a empreitada de leitura. Há anos que não fazia um tão grande esforço para não atirar um livro pela janela fora e atentem que estamos a falar da mesma pessoa que, voluntariamente e muito antes de ser leitura obrigatória a português, leu Os Maias, Uma Família Inglesa e A Morgadinha dos Canaviais. Portanto, tenho alguma resistência a literatura exasperante.
Mas isto é demais. É mau demais, triste demais, pobre demais, estúpido demais, lamechas demais.
Uma história sem pés nem cabeça, um moralismo encapotado a meter dó, só com frases feitas, verdadeiramente medonhas e arrepiantes.
Há sempre uma tragédia qualquer nas histórias de Sparks: ou têm cancro, ou são órfãos, ou a família não gosta deles, ou morrem de acidentes de viação.
Nesta história, há de tudo um pouco, portanto já conseguem ver a qualidade da obra.
Esperava, não obstante, que existissem descrições de fazedura de amor terno e doce, ou filmi di fóda, como costumo dizer várias vezes ao dia, como não houvesse amanhã, já que é isso que salta à vista em filmes que tiveram por base a obra deste senhor, mas nada. Nada de nada.
Puta que pariu esta merda, a sério.
Nem tuuuuudo é mau, há que dizê-lo sem medo. O retrato da perda e do desgosto é francamente boa e a última carta que o personagem Ira escreve à mulher já falecida é verdadeiramente enternecedora. Fora isso, uma bosta.
Ao pesquisar na web a imagem supra, dei com o trailer (vão, portanto, fazer mais uns milhões com uma história de merda e encher as cabeças das pessoas de póneis e confettis) e, já aí, dá para perceber que até nas histórias parvas e insípidas aldrabam o guião e que nada, mas mesmo nada corresponde à realidade literária.
Um nojo, portanto.
Till Lindemann
Ontem também foi dia de anos deste senhor, é importante não esquecer.
Um bocado velhote e tal, mas igual a si próprio.
Um bocado velhote e tal, mas igual a si próprio.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
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