sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pois que sou uma pessoa que ainda se espanta com o mal. Pois sim.

Está um ser descansadinho a passar os olhos pelas blogosfera, quando se depara com uma espécie de consultório em que o leitor coloca questões e o blogger responde.
E a questão da leitora era tão simplesmente esta: tenho um pseudo-namorado, muito lindo, muito querido, muito fofo, mas que insistiu em saber da minha vida sexual passada. Assim que soube, achou que eu era uma porca devassa e disse que antes de assentar e ter uma vidinha a dois comigo, queria também andar a aproveitar a vida e andar a foder pelos cantos. E eu disse que esperava.

Respira fundo.
Mais uma vez.
Vá lá, só mais uma vez...

Julgava seriamente que os tempos medievais já tinham terminado, mas parece que, algures neste país de mentalidade bovina, ainda existe.
'Tadinhos dos homens que se sentem aflitos porque a mulher tem um passado. 'Tadinhos dos homens que se sentem inferiores quando a mulher tem uma vida, igual à deles, por sinal. 'Tadinhos dos homens que sentem a sua suposta superioridade a fugir-lhes porque as mulheres são de carne e osso.
'Tadinhos.
'Tadinhos desses coirões que sentem os tomatinhos engelhados porque a mulher faz o mesmo que um homem. Oooohhh.
Vamos dizer todos: oooooohhhh!
É triste constatar que ainda se vive num tempo em que as baterias estão apontadas para um traço mental que determina que um homem que ande com meio mundo é um herói, mas uma mulher que tenha meia dúzia de homens no seu curriculum não passa de uma vadia sem eira nem beira.
É triste.
Triste que quando os homens perdem o seu lugar cimeiro na sociedade determinem que as mulheres não possam ter o mesmo comportamento que eles; a isto se chama não saber perder e jogar sujo.

Já cruzei o meu caminho com um espécime destes. E arrependo-me não lhe ter partido a boca toda  apar do pontapé que lhe dei no cu.

Porém, uma nota é necessária: mulheres que toleram este tipo de conduta?
A sério?!

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