Que miséria de profissão.
Chega-se a conclusão que se é último recurso.
No impresso para pagamento de impostos, no espaço reservado à profissão, escreve-se limpeza de merda feita por outros. Ou limpa-estragos.
Ninguém vai ter com uma pessoa jurídica quando está tudo bem, ninguém pede conselho jurídico antes de ter problemas, para saber o que fazer se alguma desgraça civil, penal ou administrativa ou outra qualquer acontecer. Não.
As pessoas vêm ter com os seres jurídicos quando o caldo já está entornado; quando já foram despejadas, arroladas como testemunhas, quando já desviaram o dinheiro, quando já baterem em alguém e esse alguém fez queixa, quando já roubaram um relógio e a polícia viu.
Ninguém visita um jurista quando ainda nada aconteceu e querem simplesmente saber o que podem ou não fazer, como devem ou não agir. Não; toda a gente bate à porta do advogado com a corda ao pescoço. Atascado em dívidas. Com o cadastro cheio.
No espaço reservado à profissão, deverá escrever-se limpador de merda que os outros fazem. Porque essa é a verdade.
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