quinta-feira, 7 de abril de 2016

Apetece-me Grandemente Ser Porca # 54

Quando comecei nesta vida, e agora parece que ando nas esquinas a vender o corpo quando, na verdade, só queria dizer quando principiei a minha jornada na judicatura, adorava fazer serviço de rua.
Tudo servia para sair debaixo da asa do patrono, que era chato como a potassa, não que agora tenha deixado de ser, está até pior se for possível tal façanha, a diferença agora é que já me estou positivamente a cagar.

Portanto, conservatórias, notários, finanças, juntas de freguesia, era um festival, corria tudo e fazia tudo para demorar sempre o mais possível; andar na boa vai ela é que é bom.

Agora, cada vez que tenho que ir à rua é um suplício, tamanha a preguiça que sobre mim se abateu. Só de pensar no caminho todo até chegar ao destino, das pessoas que vou ter que ver e aturar, começam-me logo a dar os calores e arranjo todas as desculpas e mais algumas para não ir.

Isto porque, sendo eu um bicho que odeia usar do direito de atendimento preferencial (normalmente sou mal atendida e insultada pela populaça em fúria), cada vez que chego a uma qualquer repartição pública, só há disto:

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