segunda-feira, 14 de abril de 2014

Apetece-me Grandemente Ser Porca # 43

Tenho uns familiares que descobriram recentemente o amor e só vêem borboletas, e corações, e póneis, e confettis, e muitas cores do arco-íris, e tudo de bom e de melhor, e paixão, e felicidade, e cenas cor-de-rosa, e merda mais à puta que os pariu, que só de olhar para aquela conta de Facebook já me dá o choque do açúcar pelas orelhas e sobe por mim acima aquela vontade de pegar numa moca e distribuir fruta com ela por aquelas pinhas abaixo, mas como não posso ser malcriada para a minha própria família, que parece que é chato e parece mal comó raio, e depois não me dão prendas de Natal, nem pelos anos, nem uma única amêndoa pela Páscoa, nem dizer palermices e gozar com eles porque depois parece que tenho inveja e não é nada disso, é mesmo só vergonha alheia da bardajice que para ali vai, mas não há um quarto para aqueles dois, um cubículo, até lhes posso dispensar uma salinha, a sério que sim, fico cá dentro com a vontade de fazer pouco daquelas almas puras, que só querem manifestar o que os une, eu é que sou uma cretina insensível e com o índice de glicémia muito abaixo do normal, e no fundo só queria que fossem espalhar aquele melaço todo lá para a terra deles, mas como não vão, só me resta dizer-lhes, que não posso, pelas razões supra expostas, isto:

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