Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
segunda-feira, 27 de maio de 2019
Breves Notas Sobre as Eleições
- O melão do CDS é qualquer coisa digna de nota, principalmente com aquela cara de desgraçado de Nuno Melo, que fez uma campanha absurda, a fazer questão de não parabenizar o PS;
- O PS parece que ganhou as eleições para governantes do universo; não há ninguém que os acalme;
- 70% de nós não quis saber do voto para nada. Isto é preocupante. Não sei se ria da estupidez ou se chore pela ignorância.
- O PS parece que ganhou as eleições para governantes do universo; não há ninguém que os acalme;
- 70% de nós não quis saber do voto para nada. Isto é preocupante. Não sei se ria da estupidez ou se chore pela ignorância.
A parte pior de ter mais de 30 anos é a quantidade de maleitas que nos podem afectar.
Por exemplo, nesta última semana estive ligeiramente constipada e ligeiramente apanhada das costas.
Aqui há uns anos, uns anti-gripais e uns emplastros remediavam a coisa e ficava tudo bem.
Agora também resolvem, mas demoram o dobro do tempo e uma pessoa deixa de ter condições de fazer as coisas quotidianas, como apanhar 527 brinquedos do chão e varrer as migalhas de bolo que o herdeiro espalha pelo chão.
Não se admite.
Por exemplo, nesta última semana estive ligeiramente constipada e ligeiramente apanhada das costas.
Aqui há uns anos, uns anti-gripais e uns emplastros remediavam a coisa e ficava tudo bem.
Agora também resolvem, mas demoram o dobro do tempo e uma pessoa deixa de ter condições de fazer as coisas quotidianas, como apanhar 527 brinquedos do chão e varrer as migalhas de bolo que o herdeiro espalha pelo chão.
Não se admite.
terça-feira, 21 de maio de 2019
For No Fucking Reason
Nem sei como começar, a não ser da maneira que melhor me caracteriza: foda-se mais esta merda.
Estou para lá de desiludida.
Sinto genuinamente que perdi 8 anos da minha vida a ver uma série que me trouxe absolutamente nada.
Nada e tempo perdido, nada mais que isto.
Sinto que me fizeram acompanhar durante estes anos todos uma miríade de personagens, a sua evolução, as suas desventuras, os seus percalços e agora não só me dão um final às três pancadas como ainda fazem questão de não me explicar o que sucedeu para que este final fosse possível.
Podiam ter finalizado a trama assim, é verdade.
O final não me espanta por aí além, mas podiam ter feito uma coisa de qualidade que não pressupusesse seis episódios com duração de uma novela e dividissem, ao invés, em episódios de 45 minutos, como as séries normais fazem.
Podiam ter dado mais ênfase aos pormenores que tanto gostavam nas primeiras temporadas. Não deram e assim parece um argumento preguiçoso, mal preparado e de mau gosto.
De que serviu acompanharmos o percurso da Daenerys?
De que serviu termos visto a miúda ser vendida pelo próprio irmão, casada à força, maltratada, violada, queimada, escorraçada, derrotada, sozinha e depois rodeada de gente, salvadora do mundo, quebradora de correntes, vitoriosa, rainha?
Para que serviu, se depois a tratam como louca em dois episódios e a despacham para outro mundo?
Quando ela matou os opressores, ninguém se lhe opôs; mudaram de ideias por iniciativa de Tyrion e unicamente porque ela lhe matou os irmãos. De que serviu, afinal?
De quer serviu sabermos a história de Jon Snow, sabermos as suas origens, quem eram os seus pais, de onde vinha e a que estava destinado? De que serviu sabermos que, para além de corajoso e muitíssimo dotado nas artes da guerra, era um homem fiel, leal, se depois o tratam como um criminoso, escorraçado, esquecido, depois de tudo o que fez, depois de, principalmente, ter decidido fazer a vontade a Tyrion, o verdadeiro antagonista? Foi usado como uma marioneta reles e deixado a um canto quando era demasiado incómodo. Tudo obra daquela anão seboso. De que serviu, afinal?
De que serviu assistirmos a todas as guerras naquela país, as pretensões, a reunião de exércitos, as linhagens alinhadas, se afinal a solução era a democracia?
De que serviu termos andado a ouvir durante 8 anos que o importante era servir o Domínio, proteger o Território, proteger o Trono de Ferro porque essa era uma instituição que perduraria muito além da vida dos Reis?
De que serviu vermos Varys fazer de tudo o que lhe era possível para proteger a instituição se depois as cartas que escreveu não tiveram, afinal, destino e, pior, os sobreviventes desagregaram o país que com tanto afinco ele tentou manter?
De que serviu acompanharmos Bran na sua viagem, a mais importante das jornadas, para que ele se pudesse tornar os olhos do mundo e a memória dos homens se depois o confinam ao dever de reinar?
De que serviu exasperarmos com o pequeno conselho, pejado de criminosos, mafiosos, corruptos e maldosos, que governavam efectivamente no reinado de Robert Baratheon, Joffrey ou Cersei, se acabamos exactamente da mesma maneira?
É triste perceber-se que em seis episódios se matou a ideia subjacente a 8 anos de construção.
Sinto-me perfeitamente defraudada e quero profundamente que a HBO se foda.
Nunca mais vejo televisão.
Estou para lá de desiludida.
Sinto genuinamente que perdi 8 anos da minha vida a ver uma série que me trouxe absolutamente nada.
Nada e tempo perdido, nada mais que isto.
Sinto que me fizeram acompanhar durante estes anos todos uma miríade de personagens, a sua evolução, as suas desventuras, os seus percalços e agora não só me dão um final às três pancadas como ainda fazem questão de não me explicar o que sucedeu para que este final fosse possível.
Podiam ter finalizado a trama assim, é verdade.
O final não me espanta por aí além, mas podiam ter feito uma coisa de qualidade que não pressupusesse seis episódios com duração de uma novela e dividissem, ao invés, em episódios de 45 minutos, como as séries normais fazem.
Podiam ter dado mais ênfase aos pormenores que tanto gostavam nas primeiras temporadas. Não deram e assim parece um argumento preguiçoso, mal preparado e de mau gosto.
De que serviu acompanharmos o percurso da Daenerys?
De que serviu termos visto a miúda ser vendida pelo próprio irmão, casada à força, maltratada, violada, queimada, escorraçada, derrotada, sozinha e depois rodeada de gente, salvadora do mundo, quebradora de correntes, vitoriosa, rainha?
Para que serviu, se depois a tratam como louca em dois episódios e a despacham para outro mundo?
Quando ela matou os opressores, ninguém se lhe opôs; mudaram de ideias por iniciativa de Tyrion e unicamente porque ela lhe matou os irmãos. De que serviu, afinal?
De quer serviu sabermos a história de Jon Snow, sabermos as suas origens, quem eram os seus pais, de onde vinha e a que estava destinado? De que serviu sabermos que, para além de corajoso e muitíssimo dotado nas artes da guerra, era um homem fiel, leal, se depois o tratam como um criminoso, escorraçado, esquecido, depois de tudo o que fez, depois de, principalmente, ter decidido fazer a vontade a Tyrion, o verdadeiro antagonista? Foi usado como uma marioneta reles e deixado a um canto quando era demasiado incómodo. Tudo obra daquela anão seboso. De que serviu, afinal?
De que serviu assistirmos a todas as guerras naquela país, as pretensões, a reunião de exércitos, as linhagens alinhadas, se afinal a solução era a democracia?
De que serviu termos andado a ouvir durante 8 anos que o importante era servir o Domínio, proteger o Território, proteger o Trono de Ferro porque essa era uma instituição que perduraria muito além da vida dos Reis?
De que serviu vermos Varys fazer de tudo o que lhe era possível para proteger a instituição se depois as cartas que escreveu não tiveram, afinal, destino e, pior, os sobreviventes desagregaram o país que com tanto afinco ele tentou manter?
De que serviu acompanharmos Bran na sua viagem, a mais importante das jornadas, para que ele se pudesse tornar os olhos do mundo e a memória dos homens se depois o confinam ao dever de reinar?
De que serviu exasperarmos com o pequeno conselho, pejado de criminosos, mafiosos, corruptos e maldosos, que governavam efectivamente no reinado de Robert Baratheon, Joffrey ou Cersei, se acabamos exactamente da mesma maneira?
É triste perceber-se que em seis episódios se matou a ideia subjacente a 8 anos de construção.
Sinto-me perfeitamente defraudada e quero profundamente que a HBO se foda.
Nunca mais vejo televisão.
segunda-feira, 20 de maio de 2019
sexta-feira, 17 de maio de 2019
Tudo Igual
Queixo-me muitas vezes que me sinto a envelhecer de dia para dia e não é raro o momento em que sinto que está tudo a passar depressa demais.
No entanto, nas últimas semanas, tenho sentido em mim a miúda de 13/14 anos que não dorme nem come a pensar que está para sair um novo álbum da sua banda favorita.
Não tenho feito mais nada senão contar os dias, horas, minutos e segundos até à data marcada para o lançamento.
Isto para não mencionar as espreitadelas constantes ao Instagram para ver quando há video novo. Nem para mencionar o facto de esperar para ver os vídeos em directo no Youtube.
Hoje vou sair a voar do escritório para me ir enfiar na Fnac mais próxima e comprar a gaita do CD, porque, basicamente, fuck yeah.
Passaram 19 ou 20 anos, nem sei precisar convenientemente.
Mas sei que estou igual à pita que era, igualmente entusiasmada, igualmente histérica, igualmente acalorada com a possibilidade de assistir a mais um lançamento.
A coisa boa de ser adulta no meio deste histerismo todo é que a) não preciso de pedir autorização aos pais para ir ao shopping ou esperar que os pais lá vão para me poderem dar boleia e b) já não preciso de andar durante meses a contar os tostões e a poupar feita louca porque (outra vez) fuck yeah, o dinheiro é meu, gasto-o como quiser.
Moral da história: tenho montes de rugas; juízo, nem vê-lo.
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Conan Osíris
Tive genuína pena de ver arredado o Conan Osíris do Festival da Canção.
Achei que teve uma actuação irrepreensível e que deu tudo o que tinha. Foi tremendamente injusto terem escolhido países como São Marino e Eslovénia, que têm músicas horríveis e sem ponta de alma, deixando de fora o miúdo.
Enfim.
Para a próxima, já se sabe que não se pode deixar o concorrente ir de verde...
Já se está mesmo a ver que o final da série vai ser uma tremenda duma bosta.
Já se está mesmo a ver que para o argumentistas é mais importante que se fale do final da série, independentemente de ser bem ou mal, do que ter trabalho a escrever coisas com pés e cabeça.
Já nem sei se quero ver o resto...
segunda-feira, 13 de maio de 2019
Backstreet's Back, Alright!
Vergonha é coisa que não me acode, como, creio, está mais que comprovado.
E, por isso, sem vergonha nenhuma, assumo: fui ver Backstreet Boys ao Altice Arena no sábado passado.
Contrariamente a 99% dos meus pares do sexos feminino, nunca tinha ido ver os senhores ao vivo. Quando digo isto em público, um certo olhar de pena com laivos de incompreensão recai sobre mim com origem nas ditas moças da minha idade.
Consigo perceber que devo ter perdido oportunidades únicas de estar aos berros e a arrancar cabelos durante duas horas, enquanto lágrimas de emoção me corriam cara abaixo.
Consigo perceber que perdi muitíssimos temas de conversa interessantes de 1996 a 1999.
Aliás, lembro-me perfeitamente de, nos dias seguintes ao primeiro concerto dos então rapazes, na Praça de Touros em Cascais, na escola, haver uma excitação como nunca se viu, uma alegria incontrolável, um sentimento de união como poucas vezes se havia visto.
A mim passou-me um bocado ao lado; não que tivesse a mania que era melhor que as outras, nada disso.
A questão é que, pura e simplesmente, a febre de Backstreet Boys atingiu-me muito depois do fenómeno e, logo depois, contraí uma bem maior e que me acompanha até aos dias de hoje.
Por isso, foi com alguma expectativa que os fui ver.
Aterrada com a possibilidade de ver uma banda de cotas decadentes, com discurso saudosista e que passa mais tempo a falar do que a atuar, vi o Altice encher até às costuras de gente da minha idade, igualmente excitada com a perspectiva de voltar a ver os rapazes de 'Everybody'.
Não se viam miúdas histéricas em parte nenhuma, não se via ninguém a puxar os cabelos, nem a desmaiar, nem a guinchar, nem a atirar cuecas para o palco.
Vi, sim, pessoas que há 20 anos eram exactamente essas miúdas; não se comportavam agora dessa forma, mas mantinham a mesma curiosidade e a mesma excitação, embora contida.
Os rapazes estão mais velhinhos, sim, mas envelheceram bem e continuam com uma energia invejável.Durante duas horas não pararam, sempre aos pulos, sempre a dançar.
O espectáculo está bem orquestrado e disfarça bem o facto de a maior parte deles não ter uma voz por aí além.
Gostam nitidamente do público português, a quem só dirigiram palavras de apreciação, gratidão e amor. O público pagou na mesma moeda, cantando a plenos pulmões TODAS as músicas.
Passou-me várias vezes pela cabeça que eles não precisavam mesmo nada de cantar; bastava-lhes a banda e fazer a coreografia.O público cantou por eles, numa voz una de quase 20 mil pessoas.
Deram uma roupagem nova e moderna aos velhos êxitos, o que não lhes tirou nada, só acrescentou.
Senti o chão tremer em 'Quit Playin' Games' e 'I Want it That Way', em que fiquei surda com tantos gritos e, por longos minutos, senti-me num moche de um concerto de heavy metal.
Uma pequena nota para mim própria: sou uma ursa.
O meu Backstreet Boy preferido sempre foi o Kevin. Em minha defesa, bastava olhar para o rapaz há umas boas décadas atrás: moreno, olhos verdes, sexy até à 15ª geração, era uma afago à vista. No entanto, como então e como agora, a voz nunca foi exactamente o ponto forte do senhor; se antes era fraquinha, agora não existe.
Em defesa dele, há que dizer que as vozes de quase todos eles envelheceram francamente e estão para lá de salvação.
Todos, menos de um: A.J. McLean é dono de um vozeirão único e muitíssimo equilibrado.
Sozinho, segura a banda inteira, toma conta do espectáculo do início ao fim.
Foi rei e senhor de todas as músicas e se a banda hoje faz um concerto muito decente e com qualidade, a ele lho devem.
O bigodinho sinistro de há 26 anos deu lugar a uma barbinha muito interessante e está um pedaço de mau caminho.
Isto tudo para concluir: andei 20 anos enganada e a apreciar o boy errado. Sou estúpida e gosto, pois claro.
Saí de lá a sentir-me outra vez com 12 anos, com a alma rejuvenescida e francamente feliz por ter assistido a um fenómeno geracional.
Muito bom!
Consigo perceber que devo ter perdido oportunidades únicas de estar aos berros e a arrancar cabelos durante duas horas, enquanto lágrimas de emoção me corriam cara abaixo.
Consigo perceber que perdi muitíssimos temas de conversa interessantes de 1996 a 1999.
Aliás, lembro-me perfeitamente de, nos dias seguintes ao primeiro concerto dos então rapazes, na Praça de Touros em Cascais, na escola, haver uma excitação como nunca se viu, uma alegria incontrolável, um sentimento de união como poucas vezes se havia visto.
A mim passou-me um bocado ao lado; não que tivesse a mania que era melhor que as outras, nada disso.
A questão é que, pura e simplesmente, a febre de Backstreet Boys atingiu-me muito depois do fenómeno e, logo depois, contraí uma bem maior e que me acompanha até aos dias de hoje.
Por isso, foi com alguma expectativa que os fui ver.
Aterrada com a possibilidade de ver uma banda de cotas decadentes, com discurso saudosista e que passa mais tempo a falar do que a atuar, vi o Altice encher até às costuras de gente da minha idade, igualmente excitada com a perspectiva de voltar a ver os rapazes de 'Everybody'.
Não se viam miúdas histéricas em parte nenhuma, não se via ninguém a puxar os cabelos, nem a desmaiar, nem a guinchar, nem a atirar cuecas para o palco.
Vi, sim, pessoas que há 20 anos eram exactamente essas miúdas; não se comportavam agora dessa forma, mas mantinham a mesma curiosidade e a mesma excitação, embora contida.
Os rapazes estão mais velhinhos, sim, mas envelheceram bem e continuam com uma energia invejável.Durante duas horas não pararam, sempre aos pulos, sempre a dançar.
O espectáculo está bem orquestrado e disfarça bem o facto de a maior parte deles não ter uma voz por aí além.
Gostam nitidamente do público português, a quem só dirigiram palavras de apreciação, gratidão e amor. O público pagou na mesma moeda, cantando a plenos pulmões TODAS as músicas.
Passou-me várias vezes pela cabeça que eles não precisavam mesmo nada de cantar; bastava-lhes a banda e fazer a coreografia.O público cantou por eles, numa voz una de quase 20 mil pessoas.
Deram uma roupagem nova e moderna aos velhos êxitos, o que não lhes tirou nada, só acrescentou.
Senti o chão tremer em 'Quit Playin' Games' e 'I Want it That Way', em que fiquei surda com tantos gritos e, por longos minutos, senti-me num moche de um concerto de heavy metal.
Uma pequena nota para mim própria: sou uma ursa.
O meu Backstreet Boy preferido sempre foi o Kevin. Em minha defesa, bastava olhar para o rapaz há umas boas décadas atrás: moreno, olhos verdes, sexy até à 15ª geração, era uma afago à vista. No entanto, como então e como agora, a voz nunca foi exactamente o ponto forte do senhor; se antes era fraquinha, agora não existe.
Em defesa dele, há que dizer que as vozes de quase todos eles envelheceram francamente e estão para lá de salvação.
Todos, menos de um: A.J. McLean é dono de um vozeirão único e muitíssimo equilibrado.
Sozinho, segura a banda inteira, toma conta do espectáculo do início ao fim.
Foi rei e senhor de todas as músicas e se a banda hoje faz um concerto muito decente e com qualidade, a ele lho devem.
O bigodinho sinistro de há 26 anos deu lugar a uma barbinha muito interessante e está um pedaço de mau caminho.
Isto tudo para concluir: andei 20 anos enganada e a apreciar o boy errado. Sou estúpida e gosto, pois claro.
Saí de lá a sentir-me outra vez com 12 anos, com a alma rejuvenescida e francamente feliz por ter assistido a um fenómeno geracional.
Muito bom!
sexta-feira, 10 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Archie É Nome de Quê?
Tiro o meu chapéu à senhora Duquesa que, dois dias depois de depositar um ser humano no mundo, à conta do seu próprio esforço, teve coragem para se empoleirar naqueles stilletos maravilhosos e ainda ter um ar fresco enquanto posava para a fotografia.
Claro que - e isto é mesmo importante - não fez questão de esconder a barriga ainda proeminente nem o inchaço do rosto e dos tornozelos. Para toda a gente ver que sair linda e maravilhosa da maternidade é a maior das mentiras e uma pouca vergonha descomunal.
Estou mesmo impressionada com a senhora, a sério.
O pós-parto é das coisinhas mais horríveis que podem suceder a uma pessoa.
O cansaço a rasar o esgotamento, a falta de sono, as dores, as costuras doridas, as peçonhas que saem de sítios esquisitos, o leite a subir, as mamas a rebentar, a barriga a encolher devagar, o miúdo que chora, a angustia, o desconforto... é uma merda. A maior merda de sempre.
Era mesmo eu que me ia empoleirar em andas de 10 cm dois dias depois, ainda por cima para ir ali dez minutos fazer conversa de chacha.
Portanto, muito respeito para esta senhora.
quarta-feira, 8 de maio de 2019
Merda Mais a Isto
Tenho para mim que estará para nascer uma pessoa que venha limpar o meu casebre que NÃO parta os meus pertences, NEM esfrangalhe os pés dos móveis com a delicadeza a deslocar o aspirador, NEM deixe marcas de lixívia nos cortinados, NEM outras porras quaisquer que entretanto já vi acontecer.
terça-feira, 7 de maio de 2019
Mais Guerra dos Tronos
Entretanto, com tantas emoções, ainda não vi o episódio desta semana de Guerra dos Tronos.
Mas já sei que numa cena qualquer aparece um copo de café em cima de uma mesa, ali, todo largado, solitário, à espera de uma edição de imagem que não veio, o que não pode deixar de ser motivo de galhofa.
E, como sempre, a internet responde de forma excepcional a estes lapsos:
Mas já sei que numa cena qualquer aparece um copo de café em cima de uma mesa, ali, todo largado, solitário, à espera de uma edição de imagem que não veio, o que não pode deixar de ser motivo de galhofa.
E, como sempre, a internet responde de forma excepcional a estes lapsos:
Outra vez Estes Gajos...
Ainda na toada de música maravilhosa, os 'meus rapazes' lançaram mais uma música (que já sei de cor, como está bom de ver), ao seu melhor estilo, sem ser nada de especial, como que a abrir o apetite para o grande lançamento do álbum.
Não desiludem, não me canso de o dizer.
Radio não tem metade do poderio de Deutschland, mas não deixa de ser notável e francamente expressiva. O prelúdio, esperemos, do bom trabalho que está por ser descoberto.
Nunca mais é dia 17...
Radio não tem metade do poderio de Deutschland, mas não deixa de ser notável e francamente expressiva. O prelúdio, esperemos, do bom trabalho que está por ser descoberto.
Nunca mais é dia 17...
Ennio Morricone
Ennio Morricone esteve em Lisboa, num dos concertos da sua tour final e encheu o Altice Arena de palmas, sorrisos, emoções e música elevada ao expoente da perfeição.
Do alto dos seus 90 anos, a dirigir uma orquestra e um coro para lá de qualquer reparo, continua o Mestre que sempre se espera dele, de uma simplicidade e, simultaneamente, de uma grandeza que só se imagina no Olimpo.
Ontem, tive o privilégio de assistir a um dos mais belos concertos de sempre.
Ontem, derramei umas quantas lágrimas com a emoção que só a música confere.
Ontem, senti-me verdadeiramente afortunada por ter vivenciado a representação de várias obras-primas.
Hoje, ainda estou meia zonza com o que lá ouvi.
Hoje, ainda nem acredito.
Do alto dos seus 90 anos, a dirigir uma orquestra e um coro para lá de qualquer reparo, continua o Mestre que sempre se espera dele, de uma simplicidade e, simultaneamente, de uma grandeza que só se imagina no Olimpo.
Ontem, tive o privilégio de assistir a um dos mais belos concertos de sempre.
Ontem, derramei umas quantas lágrimas com a emoção que só a música confere.
Ontem, senti-me verdadeiramente afortunada por ter vivenciado a representação de várias obras-primas.
Hoje, ainda estou meia zonza com o que lá ouvi.
Hoje, ainda nem acredito.
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Acabar um livro de George R.R. Martin é simultaneamente um prazer e uma angústia.
Prazer porque não há ninguém melhor a escrever fantasia e a criar um universo paralelo na mente do leitor extraordinariamente rico e crivado de pormenores reais.
Angústia porque sabe-se lá quando é que a criatura resolve acabar de escrever o que começou agora.
Se lhe dá na veneta conferir tanto pormenor a esta história dos Targaryan como deu às Crónicas de Fogo e Gelo, estamos tramados...
O que é certo é que 1) não se pode gostar de nada que esta homem escreva senão nunca mais é publicado e 2) é absolutamente perfeito e deixa uma sede imaginária a quem lê que não é passível de descrição.
Para lá de excelente.
Ouvi Dizer...
... que houve para aí uma crise política, com um Primeiro-Ministro a dar uma lição de política selvagem e altamente eficaz aos seus adversários.
É verdade?
É verdade?
Novo Vício
Como já havia pouco que fazer com tantos momentos de ócio, resolvi dar uma abanadela e implementar esta coisa nova.
Que é como quem diz, agora não faço mais nada da minha vida senão papar tudo o que esta maravilha do streaming tem para oferecer.
Para começar, já marcharam estas; agora, é ver-me a não sair de casa nos próximos anos.
Que é como quem diz, agora não faço mais nada da minha vida senão papar tudo o que esta maravilha do streaming tem para oferecer.
Para começar, já marcharam estas; agora, é ver-me a não sair de casa nos próximos anos.
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