quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Apetece-me Grandemente Ser Porca #65

É época de paz e amor, bem sei, mas em mim mora uma espécie de nazi que não tem paciência nem fôlego para aturar gente que posta (linda expressão...) nas redes sociais notícias falsas, amor de mãe, amor de filho, frases feitas, bocarras para o vizinho do lado, foleiradas em português do Brasil.

Bem sei também que já me pronunciei sobre esta temática vezes sem conta aqui, mas é de facto coisa para me tirar do sério.


Porquê, senhores, porquê?

Não quero saber se vocês amam muito a vossa mãezinha e os vossos filhos; ainda bem que o fazem, mas tem mesmo de ser em modo lamechas, com frases sem conteúdo, mal escritas e foleiras?
Não preciso estar sempre a levar pelos olhos adentro que não-sei-quem tem inveja das vossas vidas, dos amigos e do convívio, porque o importante é o amor e o caraças... É pá, ninguém quer saber! Isso é brega e desnecessário, onde é que se quer chegar com essas cenas tristes? Isso mais não é gente chica-esperta com a firme convicção que é moralmente superior aos outros. Isso, meus caros, é parvo.

Não quero saber se acreditam em notícias falsas ou se pretendem ir a manifestações organizadas pela extrema-direita. A beleza da democracia reside justamente na liberdade de cada um ser estúpido à vontade, mas sem esfregar a estupidez na cara dos outros. E estando instantaneamente a levar na cara as esfregas dos outros com coisas que são, vá, parvas, sem nexo e escorrendo azeite, começo a ficar um bocado saturada.

Tudo isto para dizer que, decidindo tomar medidas drásticas, decidir usar muitas vezes o botão 'não seguir' de todas as avestruzes que nas minhas redes sociais postam coisas que não me apetece ver.

O que significa que tenho usado este botão todos os dias.

O que significa que, não tarda nada, estou a queixar-me que o Facebook é uma seca.




E era só isto.

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