Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
Coisas Que Vejo Por Aí #54
Habitualmente, o estilo de humor de Bruno Nogueira não é coisa que me faça rir por aí além, nem é coisa para me fazer ficar a assistir.
É coisa para, habitualmente, me fazer mudar de canal.
Excepcionalmente, aparecem coisas como esta série, para lá de espectacular que vale mesmo muito a pena.
Muito bom.
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Meanwhile in Ergástulo - Parte Décima Quarta
Quando os meninos se portam mal, são castigados em conformidade.
Da primeira vez que o patrãozinho deu pela ficha da chaleira enfiada na tomada, inventou um exercício de simulação de incêndio e fez-nos descer 6 lanços de escadas a pé. Tudo para tomarmos consciência que podia haver um incêndio por causa da mania de deixar as fichas nas tomadas.
Como não foi ouvido, tomou esta medida muito madura e extremamente eficaz.
Foi aqui que vim parar.
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Coisas que vejo por Aí #53
E, como maria-vai-com-as-outras que sou, achei que era um preço óptimo por cores da moda (adoro o meu próprio linguajar de terceira idade, quão triste é isto?!) e resolvi experimentar.
Depois de me certificar que não morria com a reacção alérgica, claro.
Devo dizer que usei bastante, durante vários dias, em diversas ocasiões.
Tinha lido (e visto) imensas reviews que falavam maravilhas destas coisas, portanto, esperava qualquer coisa com substância.
Esqueci-me, porém, que é um produto da Primark e, portanto, não há milagres.
Atenção, acho louvável que tenham versões baratas (por amor de deus, sou pobre, porra!) de produtos caros (este dois são dupes das mini-paletas da Huda Beauty), mas acho igualmente estranho como é que pode haver gente a dizer só coisas boas disto.
Vamos lá ver: as cores são lindas e as caixinhas são amorosas, mas acho que devem ser estes os dois únicos pontos bons que tenho a apontar.
O fallout (basicamente o pó que escorre alegremente do pincel para partes da cara que não o olho) é gigantesco.
Esfumadas, as cores desaparecem quase por completo. E não, não se trata de fusão das cores umas nas outras, é mesmo a pigmentação que quase não existe.
As sombras mates têm sub tons muito parecidos; esfumando, é tudo igual.
As sombras glitter são absolutamente histéricas, a cor esvai-se num ápice e só fica o brilho.
Mas, e esta é uma questão muito pessoal, sinto que todas as sombras das duas paletas têm exactamente a mesma base laranja. Isto porque, seja com sombras da Amber, seja com sombras da Berry, é certo e sabido, chega-se ao fim de todo um dia e os olhos estão da mesma cor: laranja.
Também é possível que isto só aconteça comigo, que aplico mal a sombra ou tenho umas pálpebras mais oleosas que o chão de uma oficia de reboques. Admito que sim.
Por isso é que já testei várias vezes, em várias ocasiões e circunstâncias, chegando sempre à mesma conclusão: o preço é bom, a qualidade nem por isso.
É pena, porque a Primark tem coisas boas, é inegável. A paletas de sombras ficam de fora deste universo.
Etiquetas:
Comentário Jurídico da Latrina,
Posição Doutrinária
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Puta que Pariu
O que estava mesmo, mesmo a precisar era que o meu telemóvel morresse e me deixasse absolutamente alheada do mundo, com toda a informação dos últimos anos da minha vida lá alojada sem lhe poder aceder, sem, ainda para mais, poder matar os tempos de espera com coisa nenhuma que não seja olhar para as mãos.
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Não Se Faz
Estes senhores (para não lhes chamar um nome feio, mas já agora, são os Rammstein, melhor banda do mundo) decidiram fazer mais uma digressão (será que é a última?!) e deixaram de fora esta terra à beira mar plantada.
Isto lá é coisa que se faça?!
Isto lá é coisa que se faça?!
Supernatural
Sim, eu ainda vejo isto.
Sim, ainda acompanho febrilmente todos os passos destes moços.
Sim, dá-me um especial gozo chegar ao fim de cada temporada.
Não, não tenho vergonha.
Venha a 14ª (!) temporada.
Coisas que Vejo por Aí #52
Ganhei esta nova mania de usar óleo de corpo em vez de creme de corpo e a minha vida, devo dizer, revolucionou-se.
Passei de ter uma pele ressequida tipo bacalhau, causada única e exclusivamente pela preguiça de pôr creme todos os dias (principalmente no inverno, que está um frio demasiado polar para uma pessoa andar com as peles à mostra enquanto se esfrega com cremes) para uma pele suave como o rabinho dum bebé.
Tudo porque óleo corporal é de uma rapidez atroz na colocação (tudo se faz logo a seguir ao duche, sem secar e anda de lambreta) e na absorção e os efeitos práticos sentem-se praticamente logo a seguir.
Comecei por usar um d'O Boticário que era bonzinho, sim senhor, mas era caro como tudo e tinha um cheiro demasiado enjoativo.
Entretanto, descobri este, que é metade do preço (pechincha), cheira maravilhosamente e o efeito é 10 vezes mais poderoso.
Muito bom, sim senhor.
Digo eu, que finjo perceber muito disto.
Passei de ter uma pele ressequida tipo bacalhau, causada única e exclusivamente pela preguiça de pôr creme todos os dias (principalmente no inverno, que está um frio demasiado polar para uma pessoa andar com as peles à mostra enquanto se esfrega com cremes) para uma pele suave como o rabinho dum bebé.
Tudo porque óleo corporal é de uma rapidez atroz na colocação (tudo se faz logo a seguir ao duche, sem secar e anda de lambreta) e na absorção e os efeitos práticos sentem-se praticamente logo a seguir.
Comecei por usar um d'O Boticário que era bonzinho, sim senhor, mas era caro como tudo e tinha um cheiro demasiado enjoativo.
Entretanto, descobri este, que é metade do preço (pechincha), cheira maravilhosamente e o efeito é 10 vezes mais poderoso.
Muito bom, sim senhor.
Digo eu, que finjo perceber muito disto.
Etiquetas:
Comentário Jurídico da Latrina,
Posição Doutrinária
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Por outro lado, dá-me um especial gozo ver que todos aqueles atrasados que me atormentavam o espírito sendo uns sacanas de uns bullies hoje, com a graça do senhor, estão carecas e a trabalhar no Leroy Merlin porque estudar nunca foi coisa que os assistisse.
Arrotem.
Arrotem.
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
É Normal?
Nos últimos tempos, e porque trabalhar é com certeza coisa que não assiste a gente com dois neurónios, alguém decidiu que o que era mesmo boa ideia era criar no Facebook um grupo de antigos alunos escola que frequentei.
As pessoas normais poderiam perguntar-se, qual escola, mas a minha pessoa só frequentou três escolas em toda a sua vidinha triste: a escola primária, a faculdade e no meio destas duas, do 5º ao 12º ano, um antro de gente ranhosa, mal parida e mal amanhada, pelo que, na verdade, a escolha de escolas é muito reduzida.
Sem escamotear a parte académica, que muito agradeço, a minha aversão àquela escola vem unicamente da congregação a que pertence, que é a Igreja Católica.
Obviamente que não foi por escolha minha que ali estudei,mas durante todos aqueles anos que ali estive, percebi que religiosidade e crendices que tais andam normalmente de mãos dadas com pessoas podres de alma e sem nada para oferecer que não seja igualmente pobre e igualmente mesquinho como as suas mentes atrofiadas. E isso aplicava-se maioritariamente aos alunos mas também aos professores, extensível ao restante pessoal.
E, portanto, como está bom de ver, não tenho saudades nenhumas dos tempos de estudante do ensino (agora obrigatório), não tenho saudades nenhumas das pessoas com as quais me cruzei durante aquele tempo todo e por minha vontade nunca mais me lembraria que algum dia frequentei aquele antro de atrasados.
No entanto, e mesmo tendo vindo criteriosa na escolha das amizades facebookianas, houve uma alma que decidiu convidar-me para o tal grupo e, feita parva, movida unicamente por uma curiosidade mórbida e um desejo masoquista de sofrer com recordações do passado, aceitei.
Claro que a minha alma aflita pensou logo que aquele era o grupo de estúpidos de há vinte anos e que não iam fazer mais nada senão gozar uns com os outros, insultar-se e espalhar boatos, fazer bullying contra tudo e todos, principalmente os mais fracos, como sempre foi, aliás, apanágio daqueles espíritos iluminados.
Qual não é o meu espanto quando verifico, afinal, que está toda a gente felicíssima por se 'reunir' novamente, que estavam com saudades dos tempos de escola, que gostam, afinal, de recordar os velhos tempos e com uma distância de 20 anos, são todos pais de família e gente normal.
Quão estranho é isto?!
As pessoas normais poderiam perguntar-se, qual escola, mas a minha pessoa só frequentou três escolas em toda a sua vidinha triste: a escola primária, a faculdade e no meio destas duas, do 5º ao 12º ano, um antro de gente ranhosa, mal parida e mal amanhada, pelo que, na verdade, a escolha de escolas é muito reduzida.
Sem escamotear a parte académica, que muito agradeço, a minha aversão àquela escola vem unicamente da congregação a que pertence, que é a Igreja Católica.
Obviamente que não foi por escolha minha que ali estudei,mas durante todos aqueles anos que ali estive, percebi que religiosidade e crendices que tais andam normalmente de mãos dadas com pessoas podres de alma e sem nada para oferecer que não seja igualmente pobre e igualmente mesquinho como as suas mentes atrofiadas. E isso aplicava-se maioritariamente aos alunos mas também aos professores, extensível ao restante pessoal.
E, portanto, como está bom de ver, não tenho saudades nenhumas dos tempos de estudante do ensino (agora obrigatório), não tenho saudades nenhumas das pessoas com as quais me cruzei durante aquele tempo todo e por minha vontade nunca mais me lembraria que algum dia frequentei aquele antro de atrasados.
No entanto, e mesmo tendo vindo criteriosa na escolha das amizades facebookianas, houve uma alma que decidiu convidar-me para o tal grupo e, feita parva, movida unicamente por uma curiosidade mórbida e um desejo masoquista de sofrer com recordações do passado, aceitei.
Claro que a minha alma aflita pensou logo que aquele era o grupo de estúpidos de há vinte anos e que não iam fazer mais nada senão gozar uns com os outros, insultar-se e espalhar boatos, fazer bullying contra tudo e todos, principalmente os mais fracos, como sempre foi, aliás, apanágio daqueles espíritos iluminados.
Qual não é o meu espanto quando verifico, afinal, que está toda a gente felicíssima por se 'reunir' novamente, que estavam com saudades dos tempos de escola, que gostam, afinal, de recordar os velhos tempos e com uma distância de 20 anos, são todos pais de família e gente normal.
Quão estranho é isto?!
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada
Coisas que vejo por Aí #51
Ainda me falta o último episódio da segunda temporada, mas posso já adiantar que está melhor que a primeira. O que é, diga-se, um grande elogio, porque a primeira temporada foi para lá de espectacular. E as segundas temporadas de grandes séries tendem a ser uma bosta pegada, pelo que é uma inversão de tendência e verdadeiramente original.
Segundo li, vai haver uma terceira temporada e é preciso dizer, sem sombra de vergonha, que mal posso esperar.
Ah, os protagonistas continuam com uma saúde incrível.
Just sayin'.
Meanwhile in Ergástulo - Parte Décima Terceira
Entretanto, chegaram-nos dois estagiários (que a que só fazia recados já foi à vida dela, como está bom de ver) e tem sido uma alegria.
São tão verdinhos, tão verdinhos que quando olho para eles até me admiro como não usam chucha.
Acabadinhos de sair da faculdade, pairam por aqui com aquele ar assustado, mas extremamente competente, de quem vem trabalhar todos os dias de fato e gravata e usa botões de punho, mas depois não sabe distinguir uma fotocopiadora duma reclamação de créditos.
Andam sempre os dois juntinhos para todo o lado (qualquer dia dá romance, estou mesmo a ver), chegam juntos, saem juntos, lancham juntos, almoçam juntos, fazem tudo juntos, sempre lado a lado.
Parecem, portanto, duas testemunhas de Jeová a passearem-se pelos corredores, espalhando a palavra do senhor.
E eu sou má, obviamente olvidando o meu ar de parva quando tinha a idade deles.
Não presto.
São tão verdinhos, tão verdinhos que quando olho para eles até me admiro como não usam chucha.
Acabadinhos de sair da faculdade, pairam por aqui com aquele ar assustado, mas extremamente competente, de quem vem trabalhar todos os dias de fato e gravata e usa botões de punho, mas depois não sabe distinguir uma fotocopiadora duma reclamação de créditos.
Andam sempre os dois juntinhos para todo o lado (qualquer dia dá romance, estou mesmo a ver), chegam juntos, saem juntos, lancham juntos, almoçam juntos, fazem tudo juntos, sempre lado a lado.
Parecem, portanto, duas testemunhas de Jeová a passearem-se pelos corredores, espalhando a palavra do senhor.
E eu sou má, obviamente olvidando o meu ar de parva quando tinha a idade deles.
Não presto.
Das Bizarrias da Profissão
Tenho para mim que coisas inéditas ou simplesmente parvas que se passam na Judicatura só se passam comigo.
É apenas uma sensação que tenho, vá, mais que não seja porque não oiço ninguém comentar que lhes sucedem factos tão estranhos no seu dia-a-dia profissional como os que às vezes sucedem à minha pessoa.
Por exemplo, na segunda-feira passada, uma qualquer secretaria de Tribunal de uma terra macaca que não vale a pena mencionar qual é, mas que fica ali para a linha chique e que em tempos já foi governada por um senhor condenado por práticas pouco lavadas no que a impostos diz respeito, contactou com a minha pessoa, inquirindo-me, directa e desavergonhadamente, se o julgamento, agendado para dali a dois dias e no qual represento o autor, sempre se iria realizar e se não quereriam já as partes chegar a acordo.
Absolutamente abismada com a questão que me estava a ser colocada, ainda balbuciei umas coisas incoerentes, tipo babuína que no fundo sou, mas arranjei forma de perguntar por que motivo estava o Tribunal a fazer esta pergunta dois dias antes do julgamento.
É que normalmente, e o meu público que é quase todo ele profissional forense não me deixará mentir, os funcionários só rondam as partes como se fossem abelhas de volta do pote do mel à procura de um acordo quando já se fez a chamada e estamos a, vá, dez minutos de entrar para a sala.
É verdade que alguns funcionários são mais chatos que outros, também é verdade que alguns juízes são mais insistentes que outros na busca do acordo.
Mas este desplante todo não é costumeiro.
Maneiras que a resposta que obtive à minha ingénua pergunta "porque é que me está a telefonar com perguntas de merda se podemos resolver isto daqui a 48 horas?" foi: "porque a sra. dra. Juiz quer que a gente pergunte".
Face a isto, não tive coragem para mandar ninguém bardamerda, como me estava grandemente a apetecer.
Ou melhor, o que deveria ter dito era que esperasse pelo dia da diligência, calona da gaita, que logo se via se havia acordo ou não.
Bem sabemos que fazer julgamentos é cansativo, há que os preparar, ler as peças, estudar, tirar notas, fazer o trabalhinho de casa, no fundo. Já para não falar das deslocações, dos Tribunais no fim do mundo, dos cafés de merda que gravitam em volta destes edifícios, que encontrar um café decente nas imediações dos Tribunais é uma tarefa difícil, mais a conversa de merda dos clientes, a conversa de merda dos colegas, a conversa de merda de toda a gente, os tempos mortos, as intermináveis esperas. Para quem, depois, ainda tem que fazer a sentença, estudar de novo, rever o que foi dito, fundamentar a sentença ainda é pior, porque o trabalho continua muito depois de ter acabado o julgamento.
Não obstante, acho que, por menos por ora, não se apontam armas às cabeças de ninguém para seguirem a carreira da magistratura e, em primeira e última análise, só segue essa vida quem quer, portanto... vá, temos pena.
Mal comparando, esta chamada supersónica é como se fosse a um qualquer supermercado e ainda antes de ter feito as compras já estar numa caixa a pagar.
Onde é que já se viu esta pouca vergonha?
É apenas uma sensação que tenho, vá, mais que não seja porque não oiço ninguém comentar que lhes sucedem factos tão estranhos no seu dia-a-dia profissional como os que às vezes sucedem à minha pessoa.
Por exemplo, na segunda-feira passada, uma qualquer secretaria de Tribunal de uma terra macaca que não vale a pena mencionar qual é, mas que fica ali para a linha chique e que em tempos já foi governada por um senhor condenado por práticas pouco lavadas no que a impostos diz respeito, contactou com a minha pessoa, inquirindo-me, directa e desavergonhadamente, se o julgamento, agendado para dali a dois dias e no qual represento o autor, sempre se iria realizar e se não quereriam já as partes chegar a acordo.
Absolutamente abismada com a questão que me estava a ser colocada, ainda balbuciei umas coisas incoerentes, tipo babuína que no fundo sou, mas arranjei forma de perguntar por que motivo estava o Tribunal a fazer esta pergunta dois dias antes do julgamento.
É que normalmente, e o meu público que é quase todo ele profissional forense não me deixará mentir, os funcionários só rondam as partes como se fossem abelhas de volta do pote do mel à procura de um acordo quando já se fez a chamada e estamos a, vá, dez minutos de entrar para a sala.
É verdade que alguns funcionários são mais chatos que outros, também é verdade que alguns juízes são mais insistentes que outros na busca do acordo.
Mas este desplante todo não é costumeiro.
Maneiras que a resposta que obtive à minha ingénua pergunta "porque é que me está a telefonar com perguntas de merda se podemos resolver isto daqui a 48 horas?" foi: "porque a sra. dra. Juiz quer que a gente pergunte".
Face a isto, não tive coragem para mandar ninguém bardamerda, como me estava grandemente a apetecer.
Ou melhor, o que deveria ter dito era que esperasse pelo dia da diligência, calona da gaita, que logo se via se havia acordo ou não.
Bem sabemos que fazer julgamentos é cansativo, há que os preparar, ler as peças, estudar, tirar notas, fazer o trabalhinho de casa, no fundo. Já para não falar das deslocações, dos Tribunais no fim do mundo, dos cafés de merda que gravitam em volta destes edifícios, que encontrar um café decente nas imediações dos Tribunais é uma tarefa difícil, mais a conversa de merda dos clientes, a conversa de merda dos colegas, a conversa de merda de toda a gente, os tempos mortos, as intermináveis esperas. Para quem, depois, ainda tem que fazer a sentença, estudar de novo, rever o que foi dito, fundamentar a sentença ainda é pior, porque o trabalho continua muito depois de ter acabado o julgamento.
Não obstante, acho que, por menos por ora, não se apontam armas às cabeças de ninguém para seguirem a carreira da magistratura e, em primeira e última análise, só segue essa vida quem quer, portanto... vá, temos pena.
Mal comparando, esta chamada supersónica é como se fosse a um qualquer supermercado e ainda antes de ter feito as compras já estar numa caixa a pagar.
Onde é que já se viu esta pouca vergonha?
Subscrever:
Mensagens (Atom)