Quando era miúda, a alegria do Natal era composta quase exclusivamente pelos presentes. A antecipação de uma noite em que todo um mundo de brinquedos e coisas boas estavam ao alcance da mão era o que fazia o Natal.
Anos mais tarde, percebi que a materialidade tinha pouco a ver com a quadra; era mais importante a pessoa que oferecia o presente do que o que vinha dentro do embrulho. Foi nessa altura que os Avós começaram a desaparecer. Um negro inaugurar da idade adulta.
Hoje, os presentes pouco importam; os lugares vazios à mesa são os lembretes do que passou e que nunca é esquecido.
E assim chega mais um Natal.
Sem comentários:
Enviar um comentário