quarta-feira, 13 de maio de 2009

Depois da 457ª Leitura...

... surgem algumas dúvidas.

Fala-se de Harry Potter e dos sete livros lidos entretanto por quem achou que situações privadas internacionais ou despedimentos colectivos eram assuntos demasiado chatos para merecerem qualquer atenção.
De maneira que, de uma assentada voaram sete livros e surgem uns pontinhos no espírito que custam a dissipar.

Ainda de salientar a brilhante evolução da escritora, que começou por contar uma história engraçada para crianças e acabou por escrever um grande épico mágico, recheado de pormenores ricos, de personagens consistentes e enredo estupidamente complexo.
Obviamente que a história evoluiu de conto para putos a febre de adultos graças às montanhas de libras que começaram a cair miraculosamente nos bolsos da autora, mas pensar em materialismo estraga a magia ( literalmente ) da história. É uma aventura deslumbrante.

Mas...

Coisas as há que ficaram por contar.

Nunca se chega a saber se os três da vida airada, leia-se Harry, Ron e Hermione voltaram a Hogwarts para finalizar os estudos depois da derrota de Voldemort.

Não se sabe que profissões têm, nem se Harry chegou mesmo a ser Auror ou não.
No fim, para dar aquele ar feliz de tudo estar bem quando acaba bem, não há referência a sustento ou ocupação para aquela gente; o único que parece ter que fazer é Neville Longbottom, que se tornou professor de Herbologia ( não se sabe muito bem como, também ... ).

Apesar da autora o ter afirmado publicamente que a personagem de Albus Dumbledore era gay, tal nunca é dado explicitamente a entender; a não ser que se considere o facto de ter profundas amizades com algumas personagens masculinas que cruzam caminhos com ele.

Não se percebe se a família Malfoy foi ou não para Azkaban depois da queda de Lord Voldemort, apesar de se mostrarem muito arrependidos lá para o final. ( mas fizeram asneiras na mesma... )

Não se ouve mais falar dos Dursleys em parte alguma da história.

Também não se sabe onde vivem eles. Será que Harry Potter voltou a Godric's Hollow?

Nada é dito acerca dos professores e do fim, feliz ou não, que tiveram; só se sabe que Hagrid ainda vive quando os filhos do Potter vão para Hogwarts.

Crê-se inconcebível que a personagem mais bonita, mais bem-parecida daquele conto, Sirius Black, nunca tenha tido uma esposa que o merecesse.

Mas, como forma de compensação, Potter e Ginny procriaram longamente, e quando a história termina contam já com três filhos. Resta saber se terão tido mais.
Isto porque dá-se a entender, algures no inicio do sétimo livro, que eles teriam vontade de os começar a fazer imediatamente...

3 comentários:

Senayuri disse...

Procriar longamente associado ao Harry Potter. Só tu.

Diligentia disse...

Não é possivel contornar o facto de ele já ter 3 filhos. Não é isso procriar longamente?
E se aquilo não tivesse um fundo infntil, te garanto que oportunidade não faltariam de descrever o que acontece a jovenzinhos fechados durante um ano inteiro, num espaço livre, com outros dos seus pares...

Senayuri disse...

Eu associo longamento ao tempo que dura o acto de procriação. Cá para mim procriou foi rapidamente :O.
Ou seja, o Potter não perdeu tempo.
Chama-se a isto relógio biológico. Ou não.

http://epacumcatano.blogspot.com/2007/03/e-saga-continua.html?showComment=1173124680000

Enfim, há quem veja para lá da infantilidade...