domingo, 31 de março de 2019

Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve


Este senhor sabe cativar o leitor, disso não haja qualquer dúvida. Sabe aguçar a curiosidade e deixar a salivar por mais pormenores, por mais história, por mais desenvolvimentos.
Tal como fez nos livros da história principal, fê-lo aqui com grande mestria.
As personagens podiam, no entanto, ter nomes não tão iguais entre si, o que propicia a confusão, mas o conteúdo é tão bom que que se esquece desse pormenor.

Muito bom.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Eu, viciada nestes senhores me confesso, há dias que esperava pelo lançamento da nova música. Andava sempre aos pulinhos entre o Youtube e a página oficial para ver havia novidades.
Maneiras que ontem, às 17h em ponto, estive a ver em directo o lançamento do video da novíssima música, que faz parte do álbum que sai a 17 de Maio.
(sim, não tenho nada para fazer; não, não tenho vergonha)


Há que dizer, com toda a franqueza e sinceridade: estes rapazes nunca me desiludem. 
Nunca.
Jamais.
Sabem sempre o que fazer, que rumo tomar, que portas abrir. Nunca tropeçam, nunca saem do eixo, nunca fazem coisas sem qualidade.
Não foi diferente, desta vez.
A sonoridade é fresca e, ainda assim, soa a clássico Rammstein. O video é polémico, como todos os outros que fizeram até agora. Promete um álbum intenso e cheio de música divina.



segunda-feira, 25 de março de 2019

Não se Admite

A falta de vergonha da judicatura em atacar-me de forma tão violenta e tão cretina que me deixa sem tempo para escrevinhar aqui umas baboseiras.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve





Oferenda de aniversário, foi dos maiores privilégios que tive oportunidade de passar os olhos.

Tinha lido o livro há muitos anos e agora revivi a história, com ilustrações magníficas e extremamente enternecedoras.

Vale muito a pena. Pela história, pelo simbolismo, pela mensagem.


Muito bom. 

Leitura Nº ... Qualquer Coisa Serve


Esperava mais, honestamente.
Esperava mais pormenores sumarentos, mais histórias reais.
Esperava um bocadinho mais de estudo quanto à presença de algumas destas instituições noutros países que não somente França e Estado Unidos.

O capítulo dedicado à Carbonária é extraordinariamente pobre e nem sequer menciona a importância desta agremiação na história recente portuguesa, nomeadamente no seu envolvimento no assassinato de D. Carlos e da Implantação da República.
Quanto a este último acontecimento, também o papel da Maçonaria Portuguesa é completamente arredado, como se nunca tivesse existido.
O que é uma pena. Compreendo, porém, que os países periféricos não tenham tanto interesse para serem mencionados em livros de grande tiragem europeia.
Também as imagens que acompanham o livro nada têm que ver com o que lá é mencionado, revelando mais enchimento de chouriços que ilustração de obra.

O capítulo dedicado à Máfia é, no entanto, extraordinário, de uma nitidez de palavras dignas de um argumento de um filme. É, sem dúvida, a melhor parte do livro.

Razoável, apenas.

Cinema Nº ... Coiso

Confétis para quem, como eu não ia ao cinema há mais de 6 meses!
Tenho uma vergonha imensa de escrever isto, mas enfim.



Estava à espera de um campeonato de porrada com esta escolha, mas enganei-me redondamente.
Não é que não seja uma filme de ação, que é, mas tem uns laivos de humor que lhe dão uma graça fora do comum, bem como as interpretações, a fotografia e a realização, que estão igualmente fora do vulgar.
É sempre bom voltar ao cinema para ter surpresas destas.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Dia Internacional da Mulher

Este dia não era suposto ser celebrado.

Não era suposto ser necessário assinalá-lo.

Não era suposto ser necessário falarmos da igualdade de género, não era suposto precisarmos de rever as nossas condutas, de reeducar filhos e pais, não era suposto precisarmos de nos relembrar que ainda há gente a ser discriminada pelo simples facto de ser mulher.


Era, sim, suposto termos uma sociedade igualitária em todos os quadrantes.
Era suposto ganharmos o mesmo salário para funções iguais, era suposto fazermos todos as mesmas tarefas domésticas, era suposto não haver violência de género, era suposto tratarmo-nos todos como aquilo que somos: pessoas.


Ultimamente, tenho sentido muita vergonha de viver neste país.

Tenho observado e presenciado comportamentos que demonstram que mais não somos que umas criaturas pré-históricas.

Todos os dias, de há uns meses para cá, tenho ouvido os meus compatriotas que, ao saberem de noticias sobre violações e assedio sexual a mulheres, têm como primeiro impulso culpabilizar essas mulheres, apelidando-as de oferecidas (e outras coisas menos doces), que se puseram a jeito, que estavam mesmo a pedi-las, que não podem vestir roupa provocante se não querem ser violadas.  Ou seja, desculpabilizando o criminoso em detrimento da própria vitima.

Tenho ouvido os meus compatriotas muito condoídos com as mortes de 12 mulheres em 2 meses, todas em contexto de violência doméstica, mas a fazerem zero denúncias e a assobiarem para o lado (assobiar para o lado é equivalente a aplicação de pena disciplinar de advertência) quando há um juiz a debitar a Bíblia em acórdãos para justificar e desculpabilizar agressões a mulheres.

Tenho ouvido os meus compatriotas a queixarem-se amargamente das coisas que agora inventam, que agora já não se pode dizer nem fazer nada, coisas inocentes como piropos e aquelas doçuras que se ouvem quando se vai na rua e se passa por um bando de orangotangos, que é sempre agradável, que se levantam logo ondas de indignação.

Tenho ouvido os meus compatriotas a insultarem pessoas que pertencem a associações feministas, como se o facto de lhes chamarem histéricas, esganiçadas e lambedoras de sei-lá-o-quê fosse mais que suficiente para lhes acabar com os argumentos mais que válidos.


Tenho assistido a estes comportamentos completamente boquiaberta, à espera que pare tudo e alguém grite de um dos lados: "é para os apanhados!".
Mas, desafortunadamente, esse grito não vem.

Isto está mesmo a acontecer.


Esta sociedade, sob uma capa de progressista e moderna, trata as mulheres como um ser inferior.


Um ser que ganha menos, que trabalha mais em tarefas domésticas, que trata mais dos filhos.

Um ser inferior que não pode andar na rua como quer porque senão corre o risco de ser violentada e aí, é bem feita.

Um ser inferior que não pode defender os seus direitos, nem bater o pé, nem indignar-se com a discriminação que é logo histérica, burra, comunista, arrivista, esganiçada, feminista, lambareira.

Um ser inferior que faz 1000 queixas de violência doméstica e mesmo assim acaba morta numa valeta porque ninguém a ouviu.

Um ser inferior que é discriminado pelas do seu próprio género porque a educação que teve e a consciência colectiva, mesmo que inconscientemente, está presente e diz: o homem é dominante.



Este é o século XXI que temos. O século XXI a que temos direito. Um século XXI mergulhado nas trevas, com toda a gente a indignar-se muito mas inconscientemente a pensar e a agir contra a igualdade.

Tenho sentido não só vergonha de todos estes comportamentos, mas também um outro sentimento nasceu em mim, um sentimento bem mais básico: medo.
Passei a ter medo que, caso me aconteça alguma coisa e seja eu vítima de violência, qualquer que seja, por ser mulher, vai toda a gente tratar-me de maneira diferente e assobiar para o lado.

Creio que é chegada a altura de mudarmos este padrão de comportamento.

Chegou a altura de dizer basta a este clima de diferenciação.


Temos 10.000 anos de evolução em cima; vamos continuar a viver na pré-história? Vamos continuar a tratar-nos como seres humanos de primeira e de segunda? Vamos continuar a tolerar as pequenas coisas que fazem a diferenciação negativa entre homens e mulheres? Vamos continuar a viver nesta neblina de medo e discriminação?

Ou vamos fazer a diferença, mudando comportamentos, mudando mentalidades, educando os nossos filhos para a igualdade e o progresso, censurando comportamentos misóginos, criticando activamente discriminação de género, batendo o pé e recusando rótulos?

Um dia, o dia de hoje vai ser um dia como outro qualquer.
Até lá, temos um longo caminho a percorrer.
Que se comece hoje.



quinta-feira, 7 de março de 2019

Salvem o Neto

Quem já jogou 548962 vezes o jogo das mocas com pregos, cus e cagalhões, ponha o dedo no ar!!

Entretanto, Fiquei Mais Velha



E foi um dia maravilhoso.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Meanwhile in Ergástulo - Parte Décima Oitava

Sou a única avestruz neste prédio a vir trabalhar à Segunda-Feira de Carnaval.

Tudo porque o patronato é fuinha


Foi aqui que vim parar.

E Nada Mais Interessa


Conan Osíris

É oficial: o Conan Osíris será o representante português na Eurovisão.

Honestamente, não percebo a celeuma. O rapaz tem aquele estilo estouvado e tal estilo reflecte-se na música. Mas não é caso para se rasgar as vestes, tamanha a indignação.


Para já, há que ter em conta que, salvo raras excepções, os outros concorrentes eram muito fraquinhos. Até estou admirada como é que não concorreram fadinhos tristes e fadinhos contentes, como foi nosso apanágio durante tanto tempo...


Depois, há que ter em consideração que tudo o que é estranho ou diferente demora a ser aceite pelas mentes iluminadas que habitam nesta terra.
Aqui, tudo se acha a sumidade da abertura mental e do progressismo, mas não conseguem apagar da memória a Sô-Dóna-Simóne que tão bem cantou no tempo em que a Eurovisão tinha uma orquestra e aquilo é que era.

No fundo, muito como se passa hoje em dia nos restantes quadrantes da sociedade: não somos nada racistas, mas não gostamos lá muito de pretos e ciganos.
Não temos nada contra homossexuais, mas preferíamos uma doença terminal a que um filho nosso gostasse de pilinha.
Achamos que a violência domestica é um flagelo, mas nem pestanejamos com o facto de a um certo juiz desembargador ser aplicada uma pena disciplinar de advertência por debitar nos seus acórdãos alarvidades dignas da Idade Média no que à dignidade da mulher diz respeito.

Somos mesmo assim: pequeninos, mesquinhos, atrasadinhos, embora nos achemos boas pessoas, que no fundo é isso que interessa e que deus-noss-senhor-nos-abençoe ou uma porra qualquer.


E, sendo isto assim para tudo, porque é que haveria de se diferente no festival da Canção?

Não adoro o rapaz nem a música dele, mas reconheço-lhe graça e expressividade. E prefiro mil vezes o Conan do que a música pimba que levámos DUAS VEZES à Eurovisão, que nos devia ter enchido de vergonha até à 15ª geração, mas disso ninguém fala.


Além disso e, meus amores, esta é a parte mais relevante: é um concurso de música. Nunca ninguém quer saber disto, e agora está tudo muito indignado??

Vão-se lavar por baixo.