Hoje é feriado naquela terra do demónio, mas que também é a minha terra.
Hoje, como no ano passado, estou cheia de inveja daquelas gentes que não estão a trabalhar, que estão a dormir até às três da tarde, que podem passar um fim-de-semana prolongado enquanto eu não tenho outro remédio senão vir labutar. Sem direito a queijadas.
Deve ser das poucas vezes que me lembro daquele buraco...
Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
sexta-feira, 29 de junho de 2018
quinta-feira, 28 de junho de 2018
Então e o Mundial?
O Mundial está uma merda pegada, ia dizer merda do costume, mas não é verdade; se fosse do costume, a Alemanha não tinha ido com os suínos e foi.
Já o nosso Portugal anda por lá e nada mais apraz dizer.
Excepto que o treinador do Irão é um ordinário invejoso, mas não tenho bem a certeza disso ter alguma ligação à nossa equipa.
Ou será que tem?
Já o nosso Portugal anda por lá e nada mais apraz dizer.
Excepto que o treinador do Irão é um ordinário invejoso, mas não tenho bem a certeza disso ter alguma ligação à nossa equipa.
Ou será que tem?
terça-feira, 26 de junho de 2018
Gasta uma pessoa uma fortuna em cestos decorativos para colocar estrategicamente na sua sala maravilhosa e vêm os putos desta vida enfiar-se dentro deles e tratá-los como se fossem carrinhos de choque.
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Do Estabelecimento da Maternidade,
Isto Só a Mim...
segunda-feira, 25 de junho de 2018
Meanwhile In Ergástulo - Parte Décima Primeira
Aparece-me um miúdo, com os seus 11/12 anos, à porta da minha sala e diz:
- Olá, sou o neto do meu avô.
Uma salva de palmas para o gene da estupidez, que claramente corre no sangue desta gente e não salta geração nenhuma.
Foi aqui que vim parar.
Esta criatura (para não lhe chamar outra coisa) deve ser o único espécime que entra e colisão consigo mesmo.
Nem sei mais que diga; podia ser inocente ao ponto de pensar que, depois de sábado, nunca mais se ouviria falar deste senhor, mas não.
Não, nem pensar. Isto não vai desaparecer só porque perde umas eleições, mas o que é isto? Isso é para aqueles que acreditam na democracia, que não é o caso dele.
Continuo sem perceber o que é isto, mas enfim.
Cinema Nº ... Qualquer Coisa Serve
Há quase um ano (UM ANO, CARALHO!!) que não ia ao cinema, por isso não podia deixar de registar aqui o acontecimento.
Achei que gastar a minha oportunidade anual a ver filmes muito pesados ou muito alternativos ou muito pseudo-intelectuais era só estúpido, por isso resolvi ir ver o filme mais banal e comercial que encontrei: sequela de Jurassic Park.
Toda a gente sabe (se não sabe fica a saber) que gosto imenso desta temática e sou ávida coleccionadora destes filmes. Sendo que, e isto que fique claro, não há nenhum que suplante o primeiro, o Mundo Jurássico não estava mesmo nada mal.
Neste, voltámos à velha temática da venda ilegal dos dinossauros, aos traficantes de dinossauros, aos fabricantes loucos de dinossauros que não se importam de misturar genes de bicharada perigosa para criar espécies ainda mais perigosas e essa treta toda. Acaba por ser uma desilusão porque, lá está, a temática está batida, mas não deixa de ser um filme com efeitos especiais fora de série.
Razoável, vá.
terça-feira, 19 de junho de 2018
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Nos dias seguintes aos feriados é possível perceber duas coisas: que ninguém gosta de trabalhar e que apenas o faz porque, caso contrário, não teria o que comer; e que assim que podem, apalam o seu rabo em casa porque, lá está, trabalhar é chato e faz mal à saúde.
Isto porque ir trabalhar a seguir a um feriado é a pior coisa que pode acontecer a um bom português.
A quantidade de vezes que já maldisse a minha própria estupidez por não ter marcado férias para estes dois dias é absolutamente indizível.
O que é que estou aqui a fazer, quando não está cá mais ninguém, que não eu a a gaja que atende o telefone?
Enfim, o tédio é tanto e tão grande que dei por mim a limpar a minha caixa de e-mail, na qual já não mexia desde 2009.
Quão triste é isto?
Isto porque ir trabalhar a seguir a um feriado é a pior coisa que pode acontecer a um bom português.
A quantidade de vezes que já maldisse a minha própria estupidez por não ter marcado férias para estes dois dias é absolutamente indizível.
O que é que estou aqui a fazer, quando não está cá mais ninguém, que não eu a a gaja que atende o telefone?
Enfim, o tédio é tanto e tão grande que dei por mim a limpar a minha caixa de e-mail, na qual já não mexia desde 2009.
Quão triste é isto?
terça-feira, 12 de junho de 2018
Portanto, Merda para Mim
Ter uma preguiça e uma soneira do tamanho dos Himalaias é demorar duas horas a fazer uma execução de sentença porque a liquidação da obrigação não se faz sozinha e as rendas em dívida não saltam para a folha de cálculo sozinhas, o que é uma pena, dava imenso jeito, mas só há benesses para quem é expedito e produtivo e não é o meu caso.
Continuamos todos sentadinhos a ver o Sporting pegar fogo, com este maníaco à frente da campanha mais perigosa, demolidora e perniciosa que o futebol já teve, não é?
Não devia estar nada ralada, sou do Benfica e por mim, em teoria, o resto do mundo podia arder assadinho no espeto que não deveria causar incómodo.
Mas confesso que já tenho pena dos sportinguistas e do próprio Sporting, que é um clube prestigiado e um adversário talentoso, e que acho que não mereciam tamanho pontapé na sua dignidade.
Isto é, simplesmente, um horror.
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Ainda bem que li o livro depois de ver o filme ou iria ficar seriamente desiludida.
Ao ler este livro, à semelhança do que me sucedeu com O Exótico Hotel Marigold, percebo a dimensão da advertência baseado na obra de; é que é isso mesmo que a expressão indica: baseado.
Os fundamentos da história são os mesmos, o que se constrói em cima destes é completamente diferente.
No caso deste livro, e talvez seja por já ter visto o filme não sei quantas vezes, a obra escrita é bem mais negra, bem mais triste e bem mais pobre em termos de evocação de cheiros e sabores do que o filme. As personagens não têm nada a ver com a sua base, são pura invenção. Um devaneio cheio de segredos não desvendados, o que é frustrante e nada misterioso. Só frustrante.
Mesmo assim, é um livro interessante.
sexta-feira, 8 de junho de 2018
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Há um placard grande com este anúncio mesmo em frente ao meu poiso profissional.
Certa manhã, estava a minha pessoa descansadinha a bronzear os seus pulmões antes de pegar ao serviço, bati com os olhos no dito placard.
E, juro por tudo, não vi um 'c' entre o 'a' e o 'i'; vi nitidamente um 'g'.
E automaticamente interiorizei: as vaginas salvam vidas.
Pensei logo que isso não fazia grande sentido; seria mais algo do género as vaginas dão vida. Mas porque é que alguém estaria a fazer publicidade a vaginas?
Depois percebi.
#souestúpidaegosto
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Merda a Rodos
Acordei com uma disposição de terrorista.
O único pensamento que me dá algum alento é fantasiar que ponho uma bomba num sítio cheio de gente, mas em vez de rolamentos de ferro ou aço, a bomba estaria cheia de merda.
Não sei como se faz uma coisa dessas.
A ideia seria parecida com um balão de água, mas em vez de água, teria merda, merda a rodos. E o balão teria que ter capacidade para, no mínimo, armazenar uns 50 litros de produto. Depois haveria um dispositivo mecânico ou eléctrico que fazia rebentar o balão e as pessoas ficariam não mortas nem despedaçadas, que isso não tem jeito nenhum, mas cobertas de merda até ao ossos.
Era isso que me apetecia fazer hoje.
Alguém me poderia ensinar a fazer uma coisa destas?
O único pensamento que me dá algum alento é fantasiar que ponho uma bomba num sítio cheio de gente, mas em vez de rolamentos de ferro ou aço, a bomba estaria cheia de merda.
Não sei como se faz uma coisa dessas.
A ideia seria parecida com um balão de água, mas em vez de água, teria merda, merda a rodos. E o balão teria que ter capacidade para, no mínimo, armazenar uns 50 litros de produto. Depois haveria um dispositivo mecânico ou eléctrico que fazia rebentar o balão e as pessoas ficariam não mortas nem despedaçadas, que isso não tem jeito nenhum, mas cobertas de merda até ao ossos.
Era isso que me apetecia fazer hoje.
Alguém me poderia ensinar a fazer uma coisa destas?
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Teorias do Homicídio Qualificado
terça-feira, 5 de junho de 2018
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Não há dúvida nenhuma que Mr. King sabe prender o leitor na sua narrativa.
No entanto, não achei que fosse uma obra com grande conteúdo e profundidade. As personagens são amiúde previsíveis e um tanto patetas, quase sem contexto e muitos factos caem de pára-quedas no colo de quem lê sem que tenham, depois, uma conclusão.
O final é desolador e francamente estúpido. Mas a restante obra
é óptima a transmitir trauma e tristeza, o que não pode deixar de ser notado.
No entanto, não achei que fosse uma obra com grande conteúdo e profundidade. As personagens são amiúde previsíveis e um tanto patetas, quase sem contexto e muitos factos caem de pára-quedas no colo de quem lê sem que tenham, depois, uma conclusão.
O final é desolador e francamente estúpido. Mas a restante obra
é óptima a transmitir trauma e tristeza, o que não pode deixar de ser notado.
Detesto andar de táxi, muito porque odeio taxistas.
Acho que são, modo geral, uns animais a conduzir, que acham que as regras de trânsito não se aplicam às suas pessoas e que levam o couro e o cabelo por uma viagem de carro.
Mas também, é preciso dizê-lo com a maior das honestidades, e quem me conhece já o sabe, odeio conversa de merda.
Odeio.
Mesmo.
Fervorosamente.
Pensar que tenho que ir a um lado qualquer e aguentar conversa que não acrescenta nada, que não serve para nada e basicamente só serve para consumir oxigénio é coisa para me deixar mal disposta um dia inteiro. Coisas como festas da terra, ou ir cortar o cabelo, andar de táxi ou estar na paragem do autocarro com uma velha tagarela, ou seja, todas situações que oferecem uma panóplia de conversas de merda que não me interessam ter, são suficientes para não fazer estas coisas. Tipo, tenho aqui umas certidões que preciso de ir buscar à conservatória, mas como tenho de ir de autocarro e o autocarro está cheio de velhas, não tenho ido. Não vou às festas da terra porque 1) não gosto de procissões, 2) as putas das velhas vêm sempre perguntar se não estou mais forte. Só corto o cabelo duas vezes por ano, para não ter que levar com a conversa de merda das cabeleireiras, que ora tagarelam alegremente sobre a vida dos outros ou se põem a descrever o que acontece às suas pachachas depois de terem filhos. Não ando de táxi porque não tenho paciência para conversa de gente que cheia a estofos de pele de vaca.
Ora, ontem precisei de andar de táxi. Não só porque estava meio mundo no metro por causa da greve e, por causa disso, atrasei-me, mas principalmente porque ainda tinha que andar a pé dois quilómetros à chuva. Ora, não demoro uma hora a arranjar-me de manhã para chegar ao pé das pessoas a cheirar a sovaco e com o cabelo a parecer um vendaval em movimento, portanto lá fui.
E tanta conversa de merda que ouvi, senhores. Tanta e com tanta qualidade. Devia ter gravado.
- A menina sabe onde é que está?
- Aaaaaaa... na rotunda do Relógio?
- Não, não.
- Não?
- Não. A menina está dentro do táxi.
Coisas como esta, estão a ver?
- A menina sabe qual é o maior toldo do mundo?
- Aaaaaa, não, não sei.
- É o vestido da mulher.
- Ah.
- Sabe porquê?
- Não, mas acho que o senhor me vai dizer.
- Pois vou. Porque é o único que esconde uma leitaria, uma padaria e uma fábrica de fazer meninos.
Nesta altura, tive um avc e não me recordo bem do que se passou a seguir.
- Então e a menina vai para onde?
- Vou para o Hospital X.
- Ah, está a sentir-se mal?
- Não.
- Vai ao médico?
- Não.
- Vai à pediatria?
- Não.
- Vai àquele médico dos bebés?
- Não.
- Ah... então vai trabalhar?
- Sim.
- Ah, vai a uma reunião com médicos, é isso? Olhe que eles atrasam-se sempre, não vale a pena ir com pressa. Também é médica, a menina?
- Não, sou advogada.
- AH!
Passou o resto do trajecto à procura no telemóvel de uma fotografia de um advogado que era amigo dele e que o tinha safado de uma série de coisas ao longo da vida, tanto que os últimos 900 metros do percurso foram feitos com recurso a subidas de passeios e derrube de pinos na estrada, nas barbas da polícia.
É disto que me calha.
Conversa de merda a rodos.
Conversa sem conteúdo nenhum, na qual sou obrigada a participar sem querer e sem ter coragem para atirar um calhau à cabeça do falador.
Mas porquê eu, senhores?!
Acho que são, modo geral, uns animais a conduzir, que acham que as regras de trânsito não se aplicam às suas pessoas e que levam o couro e o cabelo por uma viagem de carro.
Mas também, é preciso dizê-lo com a maior das honestidades, e quem me conhece já o sabe, odeio conversa de merda.
Odeio.
Mesmo.
Fervorosamente.
Pensar que tenho que ir a um lado qualquer e aguentar conversa que não acrescenta nada, que não serve para nada e basicamente só serve para consumir oxigénio é coisa para me deixar mal disposta um dia inteiro. Coisas como festas da terra, ou ir cortar o cabelo, andar de táxi ou estar na paragem do autocarro com uma velha tagarela, ou seja, todas situações que oferecem uma panóplia de conversas de merda que não me interessam ter, são suficientes para não fazer estas coisas. Tipo, tenho aqui umas certidões que preciso de ir buscar à conservatória, mas como tenho de ir de autocarro e o autocarro está cheio de velhas, não tenho ido. Não vou às festas da terra porque 1) não gosto de procissões, 2) as putas das velhas vêm sempre perguntar se não estou mais forte. Só corto o cabelo duas vezes por ano, para não ter que levar com a conversa de merda das cabeleireiras, que ora tagarelam alegremente sobre a vida dos outros ou se põem a descrever o que acontece às suas pachachas depois de terem filhos. Não ando de táxi porque não tenho paciência para conversa de gente que cheia a estofos de pele de vaca.
Ora, ontem precisei de andar de táxi. Não só porque estava meio mundo no metro por causa da greve e, por causa disso, atrasei-me, mas principalmente porque ainda tinha que andar a pé dois quilómetros à chuva. Ora, não demoro uma hora a arranjar-me de manhã para chegar ao pé das pessoas a cheirar a sovaco e com o cabelo a parecer um vendaval em movimento, portanto lá fui.
E tanta conversa de merda que ouvi, senhores. Tanta e com tanta qualidade. Devia ter gravado.
- A menina sabe onde é que está?
- Aaaaaaa... na rotunda do Relógio?
- Não, não.
- Não?
- Não. A menina está dentro do táxi.
Coisas como esta, estão a ver?
- A menina sabe qual é o maior toldo do mundo?
- Aaaaaa, não, não sei.
- É o vestido da mulher.
- Ah.
- Sabe porquê?
- Não, mas acho que o senhor me vai dizer.
- Pois vou. Porque é o único que esconde uma leitaria, uma padaria e uma fábrica de fazer meninos.
Nesta altura, tive um avc e não me recordo bem do que se passou a seguir.
- Então e a menina vai para onde?
- Vou para o Hospital X.
- Ah, está a sentir-se mal?
- Não.
- Vai ao médico?
- Não.
- Vai à pediatria?
- Não.
- Vai àquele médico dos bebés?
- Não.
- Ah... então vai trabalhar?
- Sim.
- Ah, vai a uma reunião com médicos, é isso? Olhe que eles atrasam-se sempre, não vale a pena ir com pressa. Também é médica, a menina?
- Não, sou advogada.
- AH!
Passou o resto do trajecto à procura no telemóvel de uma fotografia de um advogado que era amigo dele e que o tinha safado de uma série de coisas ao longo da vida, tanto que os últimos 900 metros do percurso foram feitos com recurso a subidas de passeios e derrube de pinos na estrada, nas barbas da polícia.
É disto que me calha.
Conversa de merda a rodos.
Conversa sem conteúdo nenhum, na qual sou obrigada a participar sem querer e sem ter coragem para atirar um calhau à cabeça do falador.
Mas porquê eu, senhores?!
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