Não creio ter percebido bem este livro...
A súmula afirma que retrata a vida de Francisca Pizarro, filha do Conquistador do Peru, herdeira de uma imensa fortuna e uma mulher que marcou a vida da colónia não sem antes marcar a sua geração.
Ora, tendo em conta que 2/3 do livro retratam, afinal, as movimentações políticas da conquista e as desventuras de todas as personagens que rodeiam a personagem principal sem nunca a mencionarem, não me parece que seja um retrato muito esclarecedor nem relevante para a suposta dimensão e marco que esta mulher deixou no seu tempo.
O último terço do livro revela, finalmente, a vida de Francisca. O que, segundo o que me foi dado a entender, consistiu num casamento com o seu tio para preservar a fortuna de família, teve uns quantos filhos que casaram com pessoas igualmente ricas e, no fim da vida, já viúva, casou um um moço uns trinta anos mais novo e fez uma vida de fausto. Basicamente marcou a o seu tempo porque era mestiça, filha de um espanhol com uma inca, numa época em que, como se sabe, os nativos dos povos conquistados pouco mais eram que animais. O que, para a época, já não foi coisa pouca, atenção.
Coisa pouca foi esta obra que sobre ela fizeram, numa leitura densa, cheia de nomes praticamente idênticos que ninguém fez esforço em destrinçar, com pormenores irrelevantes e amiúde enfadonhos.
Uma pena quando o nome do autor soa mais alto que a obra escrita...
Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Outra Vez Isto?!
Aqui há uns tempos, encontrei uma série de covers de Blue Monday que pespeguei aqui, mas este escapou-me. E até é bem jeitoso.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Continua vívido, completíssimo e muito bem escrito.
Mr. Scarrow não perde a mão para escrever, isso é ponto assente.
No entanto, a amargura presente em Britannia continua presente em muitas linhas, principalmente aquelas que dizem respeito à falecida esposa de Cato.
Primeiro, há que atentar no facto de se ter morto (na obra anterior) a senhora só porque sim.
Não se faz.
Que desgosto.
Fiquei verdadeiramente de coração partido.
Apesar de compreender que deu uma nova força à história e ao percurso futuro que poderá tomar. E é preciso salientar que a descrição da perda, o desespero e o vazio subsequentes estão tão bem escritos que são verdadeiramente tocantes e comoventes.
Agora, Cato vem a descobrir que a senhora não era santa nenhuma e para além de o ter deixado cheio de dívidas, era uma grandessíssima e alternadíssima puta, que andava a colocar enfeites na cabeça de seu marido quando este anda a arriscar o pescoço na guerra.
Não se faz.
Novamente, que desgosto.
Apesar de compreender que isto abre a porta para um reinicio de vida.
Interessante.
Sou só eu que vejo aqui um paralelismo com a vida pessoal do autor?
Ou, por outro lado, serei eu que sei demais (porque se há gente que espeta a vida toda nas redes sociais, é este senhor...) e faço leituras por demais extensíveis?
Fica a questão...
Fora isso, para lá de excelente, como sempre.
Mr. Scarrow não perde a mão para escrever, isso é ponto assente.
No entanto, a amargura presente em Britannia continua presente em muitas linhas, principalmente aquelas que dizem respeito à falecida esposa de Cato.
Primeiro, há que atentar no facto de se ter morto (na obra anterior) a senhora só porque sim.
Não se faz.
Que desgosto.
Fiquei verdadeiramente de coração partido.
Apesar de compreender que deu uma nova força à história e ao percurso futuro que poderá tomar. E é preciso salientar que a descrição da perda, o desespero e o vazio subsequentes estão tão bem escritos que são verdadeiramente tocantes e comoventes.
Agora, Cato vem a descobrir que a senhora não era santa nenhuma e para além de o ter deixado cheio de dívidas, era uma grandessíssima e alternadíssima puta, que andava a colocar enfeites na cabeça de seu marido quando este anda a arriscar o pescoço na guerra.
Não se faz.
Novamente, que desgosto.
Apesar de compreender que isto abre a porta para um reinicio de vida.
Interessante.
Sou só eu que vejo aqui um paralelismo com a vida pessoal do autor?
Ou, por outro lado, serei eu que sei demais (porque se há gente que espeta a vida toda nas redes sociais, é este senhor...) e faço leituras por demais extensíveis?
Fica a questão...
Fora isso, para lá de excelente, como sempre.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Há dias em que, por maior boa vontade que se tenha, por maior boa disposição, por maior vontade de galhofar e levar as coisas com ligeireza, não há volta a dar ao que não tem remédio possível.
Estou fadada a caminhar sozinha e sem amigos nesta casota do inferno perdida no meio da metrópole.
Hoje, perdi mais uma. Toda a gente a partir, nada fica para trás.
Enfim.
Amanhã será melhor, com certeza.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Ai Sim?
Sou aquele bicho esquisito a quem o Bolo Rei (que não aquele da Mitra Land) só sabe bem se já tiver mais de uma semana em cima. E nem precisa de ser torrado, marcha mesmo duro.
Depois admiro-me de parecer uma vaca...
E você?
Depois admiro-me de parecer uma vaca...
E você?
Memória
Neste dia, há precisamente 5 anos atrás, desaparecia um dos pilares da minha existência.
O monumento de uma infância feliz.
O bastião de uma família.
O baluarte de uma geração.
Desde então, recordo constantemente quem perdi, lamentando que não possa ver todos os momentos pelos quais passei ao longo de todo este tempo. Pergunto-me qual seria a sua reacção, o que diria, ao vivenciar ao meu lado tantos marcos importantes que foram sucedendo. Não tenho forma de encontrar resposta, mas gosto de acreditar que ficaria genuinamente feliz por todas as coisas boas que foram sucedendo e que não deixaria de me dar o seu apoio em todas as horas negras.
Ainda carrego em mim toda a tristeza, todo o desespero da perda, toda a saudade não mitigada, todos os dias, todas as horas, em todos os momentos. Não há um único dia que não me lembre Dela, do seu sorriso, do seu cheiro, da sua voz, do seu abraço. A minha vida ficou infinitamente mais pobre, mais cinzenta, mais vazia com a sua partida e não tenho forma de cobrir a cratera que ficou em mim depois da sua partida.
No entanto, depois de todos estes anos, sou capaz de reconhecer o legado imenso que deixou. A educação transmitida aos filhos e netos, os valores e princípios, as memórias que fazem com que viva agora em nós, sobreviventes e também, de outra forma, o meu imenso enxoval, que todos os dias enche a minha casa e me faz recordar aquelas mãos, trabalhando ininterruptamente, para um trabalho perfeito e intemporal.
Há 5 anos a vida como a conheci terminou.
Desapareceram com Ela todas as ilusões da infância e nasceram sentimentos que não sabia que se podia ter, sentimentos que ainda não desapareceram e que, desconfio, me vão acompanhar para o resto dos meus dias. Não crer em entidades divinas nem em vida após a morte torna tudo pior, porque nem uma réstia de esperança existe à qual me possa agarrar.
Agarro-me, sim, à herança imaterial que recebi e que faz com que, mesmo tendo cessado de existir, continue sempre presente, enquanto houver memória.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Ainda Mal Entrou o Ano e Já Me Estou a Queixar
Está frio.
Está de chuva.
Está trânsito.
Estou gorda.
Está um frio de morte naquela casa.
Está tudo de pantanas naquela casa.
Tenho tudo a boiar naquela casa.
Trabalho como um elfo doméstico.
Ainda mal cheguei e já tenho a administradora de condomínio a chatear-me por coisas que não fiz.
Só penso em queijadas.
Não tenho televisão em casa portanto nem Vikings posso ver.
Janeiro é um mês de merda.
Está de chuva.
Está trânsito.
Estou gorda.
Está um frio de morte naquela casa.
Está tudo de pantanas naquela casa.
Tenho tudo a boiar naquela casa.
Trabalho como um elfo doméstico.
Ainda mal cheguei e já tenho a administradora de condomínio a chatear-me por coisas que não fiz.
Só penso em queijadas.
Não tenho televisão em casa portanto nem Vikings posso ver.
Janeiro é um mês de merda.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Bom Ano Para Vocês Também
Com esta merda toda das mudanças, arranjei foi a melhor maneira de entrar em 2018 completamente rebentada das canetas e a deitar os bofes pela boca.
Quem manda ser ursa?
Quem manda ser ursa?
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