Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Ainda Sobre os Oscars
O Tom Hardy ia bem bom e podre de estiloso, como, aliás, é seu apanágio, mas a porca que levou com ele estava boa era para ir apanhar azeitona.
Leo and the Oscar
Depois de muitos, muitos anos a sofrer e a penar injustamente, finalmente Dicaprio leva o Oscar para casa.
Devo dizer que fiquei agradada; há muito que o considero um actor de mão cheia e que já era tempo de um reconhecimento à escala global.
Porém, há que deixar uma nota: o papel em The Revenant não foi o melhor que fez até à data. Até porque o filme não é consensual (eu gostei, apesar de tudo). Outras interpretações terão merecido aplauso superior, como é o caso, e este é só um pequeno exemplo, de O Lobo de Wall Street.
vale pelo esforço, pela perseverança e pelo talento demonstrado ao longo de todos estes anos.
Très bien!
Devo dizer que fiquei agradada; há muito que o considero um actor de mão cheia e que já era tempo de um reconhecimento à escala global.
Porém, há que deixar uma nota: o papel em The Revenant não foi o melhor que fez até à data. Até porque o filme não é consensual (eu gostei, apesar de tudo). Outras interpretações terão merecido aplauso superior, como é o caso, e este é só um pequeno exemplo, de O Lobo de Wall Street.
vale pelo esforço, pela perseverança e pelo talento demonstrado ao longo de todos estes anos.
Très bien!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Ai Sim?
O capitalismo selvagem é uma coisa horrenda, que destrói a sociedade e leva o homem pelos caminhos da decadência.
Digo eu, que nada sei, nem pretendo saber, mas sou obrigada a levar com esta ideologia estúpida todos os dias pelas trombas abaixo.
O ilustre edifício que alberga o meu domicilio profissional tem aquecimento central movido a força de uma caldeira toda maricas, cheia de tecnologias e porras, movida, por sua vez, a gasóleo, muito lindo e cheiroso e caro como a gaita, que é armazenado num depósito industrial algures nas entranhas do jardim.
Para aquecer a casa, estão radiadores em todas as salas, nas salas maiores há mais do que um, havendo os ditos bichos nas casas-de-banho.
Sucede, porém, como tudo na vida, nem tudo são rosas, e a maravilha do aquecimento haveria de ter algum defeito: quando as portas ou janelas estão abertas, pela maior entrada de ar que arrefece o espaço, a caldeira começa a trabalhar com maior vigor para compensar o arrefecimento provocado pela circulação de ar extra, gastando na proporção da força empreendida.
Houve um desgraçado que, vendo-se aflito, resolveu, à hora do almoço, ir aliviar a sua tripa. Foi cagar, portanto. E como não queria que ninguém levasse com o cheiro da sua bufa enquanto trabalhava, abriu a janela da casa-de-banho em basculante para o perfume se evaporar mais depressa. Mas não desligou o radiador, pelo que a caldeira dançava alegremente na sua casinha enquanto meio depósito ia à viola.
Eis que chega a besta e, deparando-se com o cenário supra descrito, dá um grito para meia casa ouvir: "Quem é que foi arrear o calhau?"
Face à estranheza da questão, toooooooda a gente parou o que estava a fazer e ficou a ouvir. "Então os meninos não sabem que não podem abrir a janela no inverno, que a caldeira gasta muito?! Julgam que andamos a roubar?!"
Alguém lhe deve ter dito (provavelmente foi o cagão) que, caso não abrisse a janela, ficava a cheirar a ETAR pela casa fora e não havia direito de fazer as pessoas trabalhar literalmente num ambiente de merda.
Ficámos, assim, a ser que, para o nosso ilustre patronato, mais vale ter cheiro pestilento e merdoso, a colar-se às nossas peles e roupas, a agoniar-nos até à 15ª geração, do que gastar um milésimo de mililitro de gasóleo a mais por causa do aquecimento.
Portanto, aqui, nesta casa, mais vale levar com a bomboca do cheirinho a cagalhão acabado de fazer do que gastar mais um cêntimo que seja no filha-da-ganda-puta do gasóleo.
Nem vale a pena tecer mais comentários; tudo fala por si, não é verdade??
E por aí?
Digo eu, que nada sei, nem pretendo saber, mas sou obrigada a levar com esta ideologia estúpida todos os dias pelas trombas abaixo.
O ilustre edifício que alberga o meu domicilio profissional tem aquecimento central movido a força de uma caldeira toda maricas, cheia de tecnologias e porras, movida, por sua vez, a gasóleo, muito lindo e cheiroso e caro como a gaita, que é armazenado num depósito industrial algures nas entranhas do jardim.
Para aquecer a casa, estão radiadores em todas as salas, nas salas maiores há mais do que um, havendo os ditos bichos nas casas-de-banho.
Sucede, porém, como tudo na vida, nem tudo são rosas, e a maravilha do aquecimento haveria de ter algum defeito: quando as portas ou janelas estão abertas, pela maior entrada de ar que arrefece o espaço, a caldeira começa a trabalhar com maior vigor para compensar o arrefecimento provocado pela circulação de ar extra, gastando na proporção da força empreendida.
Houve um desgraçado que, vendo-se aflito, resolveu, à hora do almoço, ir aliviar a sua tripa. Foi cagar, portanto. E como não queria que ninguém levasse com o cheiro da sua bufa enquanto trabalhava, abriu a janela da casa-de-banho em basculante para o perfume se evaporar mais depressa. Mas não desligou o radiador, pelo que a caldeira dançava alegremente na sua casinha enquanto meio depósito ia à viola.
Eis que chega a besta e, deparando-se com o cenário supra descrito, dá um grito para meia casa ouvir: "Quem é que foi arrear o calhau?"
Face à estranheza da questão, toooooooda a gente parou o que estava a fazer e ficou a ouvir. "Então os meninos não sabem que não podem abrir a janela no inverno, que a caldeira gasta muito?! Julgam que andamos a roubar?!"
Alguém lhe deve ter dito (provavelmente foi o cagão) que, caso não abrisse a janela, ficava a cheirar a ETAR pela casa fora e não havia direito de fazer as pessoas trabalhar literalmente num ambiente de merda.
Ficámos, assim, a ser que, para o nosso ilustre patronato, mais vale ter cheiro pestilento e merdoso, a colar-se às nossas peles e roupas, a agoniar-nos até à 15ª geração, do que gastar um milésimo de mililitro de gasóleo a mais por causa do aquecimento.
Portanto, aqui, nesta casa, mais vale levar com a bomboca do cheirinho a cagalhão acabado de fazer do que gastar mais um cêntimo que seja no filha-da-ganda-puta do gasóleo.
Nem vale a pena tecer mais comentários; tudo fala por si, não é verdade??
E por aí?
Leituras ... Qualquer Coisa Serve
Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguem que nos falla,
Mas que, se escutamos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ella nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas,
São terras sem ter logar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos dispertando,
Cala a voz, e ha só o mar.
Não serão necessárias mais palavras.
Amostra de Gato XXVIII
Diz que hoje é dia mundial do gato.
Não sei bem se esta coisa que habita lá em casa se pode considerar gato (é mais um sorvedor de comida, maldisposto, malcriado e resmungão), mas é o que se arranja.
Não sei bem se esta coisa que habita lá em casa se pode considerar gato (é mais um sorvedor de comida, maldisposto, malcriado e resmungão), mas é o que se arranja.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Na senda das coisas que não interessam a ponta de um chaveiro, sempre se dirá que até num filme já de si interessante e carregado de acção como Mad Max: Fury Road, Tom Hardy salta à vista de qualquer expectador incauto que, mesmo porco, bruto e sisudo, é o maior lá da aldeia dele, porra.
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Benfeitorias Voluptuárias
Coisas Que Vejo Por Aí # 34
Não que isto interesse ponta de um corno ressequido, mas esta porra é mesmo, mesmo boa.
E era só isto.
E era só isto.
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Comentário Jurídico da Latrina
Leituras ... Qualquer Coisa Serve
Fiz um grande esforço para me manter acordada durante dois terços do livro, juro.
Não só porque a história só começa a ficar realmente interessante lá mais para o fim, mas porque, para além das partes descritivas absolutamente medonhas, ainda se observam as mentalidades "poucochinhas" de outros tempos que só me irritam porque as reconheço em pessoínhas que vejo por aí.
Tirando isso, não está mal.
Não só porque a história só começa a ficar realmente interessante lá mais para o fim, mas porque, para além das partes descritivas absolutamente medonhas, ainda se observam as mentalidades "poucochinhas" de outros tempos que só me irritam porque as reconheço em pessoínhas que vejo por aí.
Tirando isso, não está mal.
Cinema Nº ... Coiso
Não será o melhor filme de Tarantino.
Não que não seja bom, atenção. É.
A banda sonora é extraordinária, a fotografia está maravilhosa e a densidade das personagens é digna de nota.
O problema é o argumento, que é assim a modos que um tanto rebuscado. Tanto que se torna parvo.
Mas a coisa boa de ver as obras de Tarantino é que este homem nunca perde o norte a si próprio e, mesmo com todos aqueles chavões dignos de si, consegue sempre contar uma coisa nova.
Bonzinho, vá.
Não que não seja bom, atenção. É.
A banda sonora é extraordinária, a fotografia está maravilhosa e a densidade das personagens é digna de nota.
O problema é o argumento, que é assim a modos que um tanto rebuscado. Tanto que se torna parvo.
Mas a coisa boa de ver as obras de Tarantino é que este homem nunca perde o norte a si próprio e, mesmo com todos aqueles chavões dignos de si, consegue sempre contar uma coisa nova.
Bonzinho, vá.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Cinema Nº ... Coiso
Nada de drama, nada de fatalidades, nada de choros compulsivos nem gente a fingir que morre de desgosto. Até a música é sóbria.
Não percebo, no entanto, a nomeação da Rachel McAdams para melhor atriz secundária; o papel é tão insípido como a própria, que deve ser a coisinha mais sem talento que anda por aí.
Muito bom, no geral.
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