Este homem mexe-me com os nervos. E não, não tem nada a ver com os nervos das partes baixas, é mesmo com o sistema de nervos que controla atitudes homicidas. Não consigo perceber como é que uma pessoa destas trabalha em televisão, pior, como é que uma pessoa destas é posta a apresentar programas em horário nobre. Numa televisão pública. Paga com o dinheiro dos contribuintes.
Se não é a mania das doenças, é a tentativa (pouco) subtil de evangelização dos concorrentes. Se não está a contar pormenores dispensáveis do seu dia-a-diazinho, está a gozar com a cara das pessoas como se fossem todos estúpidos e ele o único inteligente. Se algum concorrente tem a parca esperteza de lhe mandar alguma boca, tal como ele faz aos mesmos, amua, qual criancinha mal criada, e não abre mais a boca em sinal de protesto. Se não vai com a cara de algum participante, ai meu deus que não descanso enquanto não te puser daqui para fora, quem manda aqui sou eu. Mais o raio da mania que tem um grupo de fãs nas bancadas do estúdio do concurso, e achar-se uma grande vedeta.
Então quando se põe a perguntar às pessoas de que signo são, como se isso fosse suficiente para influenciar o percurso do jogo, ou quando lhe dá para lhes perguntar acerca das convicções religiosas, como se isso determinasse a vitória da pessoa num reles jogo de perguntas e respostas, a vontade que dá é a de rachar o televisor com um machado para, ao menos, e já que não dá para tirar o senhor do ar definitivamente, apagar temporariamente aquela imagem da mente.
Sonho com o dia em que se sente naquela cadeira uma pessoa capaz de o mandar à merda, ou simplesmente mandá-lo calar para que um ser possa calmamente concentrar-se naquilo que está a fazer. Mas não. Quem lá vai parecer ter uma infinita paciência para aturar esta alma penada. Embora já tenha observado um ou dois laivos de impaciência e fúria a passar pelo olhar de muita gente.
Já que estamos em plano de medidas de austeridade e de redução de despesas, este ser podia perfeitamente ser dispensado. Além de ser um gasto brutal no orgamento da televisão pública, paga com o meu dinheiro, era um acréscimo de qualidade em si. Era preferível passarem uma novela qualquer a ter que levar com a este serviço de qualidade duvidosa.
E era o erário público, sabem, em tempo de crise e aperto de cinto, que ficava a ganhar.
2 comentários:
felizmente não sou o único a pensar isso
Dá para fazer queixinhas ao provedor do telespectador, não dá?
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