segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Carlos Castro

Não é que morresse de amores pelo homem. De facto, detestava-o. Achava-o fútil, antipático, intrometido, parvalhão, indigno de qualquer crédito.
Porém, o que tenho ouvido por aí é que é absurdo. Por todos os cantos, só se fala no assunto. E por cada três pessoas que comentam o caso, há sempre uma abécula que acha muito bem o que foi feito, que sempre se foi mais um paneleirão do mundo, que era assim mesmo que eles deviam ser todos tratados, isso mesmo, morram para aí todos, seus porcalhões, e fez o rapaz muito bem, assim é que é, é de homem, pois então!
Mas está tudo doido ou somente temporariamente estúpido??
Ai porque é gay mata-se, é?
Lá porque gosta de pessoas do mesmo sexo é tudo para espancar e maltratar?
Porque são diferentes têm que ser mortos?
Então se assim é, hoje inicia-se a purga pelos gays e a seguir passa-se para aqueles que gostam de morenas, e depois de loiros, e depois de ruivos, para aqueles que vestem calças de ganga, ou que vivem em Sintra, ou em Mora, ou no raio que os partam, até a purga purgar toda a gente e não sobrar ninguém.
Que tal?

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