quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Apetece-me Grandemente Ser Porca

E apetecendo ser suína, apraz dizer que começo a ficar positivamente farta daquela p*ta daquela mulher. Não faz mais nada a não ser passear o seu avantajado cu por aquele café fora, tentanto 'vender' o Sammy Boy a tudo o que é gajedo. Até às velhas o impinge, o raio da mulher. E olhe lá que o Sammy hoje vem tão giro, e olhe lá que ele hoje vem tão bem vestido, e já reparou que ele hoje vem às pintas, e olha lá o Sammy que hoje cheira tão bem. E já estás a olhar para o Sammy e ainda mal chegaste, só quer ser atentida pelo Sammy, não é?
E é só disto.
Ao princípio, ainda se poderia pensar que toda esta bajulação servia sobretudo para aumentar a clientela, que a gorda não é parva, sabe bem que o público feminino frequenta o seu cafézinho por causa do moço, para além de ser o único na zona que tem dístico de fumadores, mas isso agora não interessa nada, e chamando a atenção para o rapaz e os seus atributos, quem ficaria a ganhar seria sempre o negócio; se as meninas vão lá ver o Sammy, sempre se sentam e tomam um café, são sempre mais uns trocos que entram. A juntar àquilo que ela ganha explorando o rapaz como se ele fosse um escravo africano do século XV, ter-se-á por conveniente que o ganho é sobejamente grande.
Porém, e quando não há nada para fazer, faz-se psicologia de esquina, e a provar esta premissa vejam-se as quantidades industriais de livros de auto-ajuda e teorias mirabolantes e malabaristas em todas as bancas, depois de algum tempo de intrincada e atenta observação, começa a suspeitar-se que não pode ser só a clientela e o cheirinho a negócio que a leva a passar o dia a mandar boquinhas ao mocinho.
Tenho para mim que o que ela queria mesmo era afiambrar-se com ele.
Afiambrar-se, poder montá-lo, lambê-lo, mordê-lo, besuntá-lo com chocolate, essas coisas que, no fundo, lá bem no fundo, ela desejava mais que tudo fazer. Como não pode, projecta o interesse noutras pessoas, nomeadamente, fazendo notar o interesse dos outros nele, tentando torná-lo numa atracção circense.
Ou não é? Ah que bom que era, agora que se está gorda e velha, um gajo novo, possante, deslumbrante, cheio de vida e de saúde, realizando suas fantasias, taras e manias, podendo esfregá-lo com suas mãozinhas sapudas, mexer naquele cabelo todo, aplicar-lhe uns tabefes naquele cuzinho.
Era ou não era?

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