Caro Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados,
Antes de mais, permita-me felicitá-lo, a si e à sua brilhante equipa do Concelho Geral, por mais uma sessão plenária tão fértil em decisões em prol dos advogados estagiários.
Mais uma marcação do início do curso de formação inicial, mais um adiamento, também.
Os meus parabéns, Senhor Bastonário! Estou realmente orgulhosa de si e do trabalho feito em prol dos aprendizes de advogados. Muito orgulhosa, mesmo.
Desta feita, a fundamentação é a de que é necessário alterar os estatutos para os colocar em conformidade com o acórdão do Tribunal Constitucional. E em que é que o acórdão determina o adiamento do estágio se apenas determina a inconstitucionalidade do exame de entrada na Ordem?
Anda a brincar, Senhor Bastonário, a brincar com a vida das pessoas. A adiar-lhes o futuro, a hipotecar-lhes as perspectivas, a prejudicar-lhes a carreira, por causa de um capricho, de um devaneio.
Quem me devolve o ano que estive à espera, Senhor Bastonário?
Quem me defende no meio das ilegalidades, Senhor Bastonário, ilegalidades cometidas por quem devia defender a classe, cometidas por aquele que deveria ser o Advogado dos advogados?
Quem se levanta para protestar?
Quem de põe do nosso lado?
Quem nos ajuda?
Será o senhor, Senhor Bastonário?
Será quem nos pisa as mãos à beira do precipício?
Foda-se, Senhor Bastonário!
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