Charlaine Harris, autora da saga Sangue Fresco, a quem tive oportunidade de conhecer por breves instantes, até era daquele tipo de escritora a quem se toleravam grandes barretes literários porque sabia escrever cenas de sarrafada como ninguém. Pelo menos, nos primeiros livros assim parecia ser.
Porém, tem vindo a cair em desgraça.
Acabo de ler uma passagem sexual do último livro da saga acima citada e só me apetece atirar da ponte tamanha a parvoíce que acabei de ler.
Nunca antes tinha lido uma cena literária de sexo que me fizesse ter vontade de atirar o livro pela janela; de alguma forma, as pessoas que fazem da escrita vida sabem sempre como se desenvencilhar de uma cena mais tórrida. Os que têm talento para a coisa, descrevem tudo como deve de ser e deixam o leitor com vontade de sair à rua todo nu, tamanho é o desejo que despertam. Outros, os que não gostam de se aventurar por terrenos pantanosos, passam à frente na narrativa com savoir faire, não se fala mais na coisa a não ser com a subtileza pretendida e mais nada. Outros, ainda, como Charlaine Harris, estragam tudo com asneiras, preconceitos, descrições, imaginações e narrativas da foda que mais vale que estivesse a ler os três porquinhos, porque o que sai dali é uma coisa tão disforme que dá vontade de pregar com o livro no caixote da trampa.
Oh minha senhora, o que é que lhe tem vindo a passar pela cabeça? Tanta sarrafada bem descrita com Bill, o vampiro, para agora se deixar cair na valeta do cliché?
Gostou tanto da sobremesa que repetiu? Como foi isto arranjado?
Tão mau, tão mau que, com frases destas, só me vem à memória a anedota do menino Carlinhos na lua de mel...
Sem comentários:
Enviar um comentário