Hoje é dia de balanço da casa. Portanto, este é mais um post, a juntar a milhentos que andam por essa blogosfera fora, em que se somam as benesses e se subtraem as maleitas e se apresenta um produto final. Seja.
Este ano que acaba começou de uma forma menos boa, com um emprego de merda, com gente de merda, num sítio de merda. Acabou por descambar, e ainda bem que assim foi, que deixei para trás uma coisa que em nada tinha a ver com a minha pessoa, com gente que não interessava nem ao menino jesus, com situações traumáticas, daquelas que requerem espátulas para se retirar as consequências do subconsciente. Enfim, passou. Aprendi muita coisa, no entanto. Aprendi a não temer gente prepotente porque, regra geral, as pessoas são assim porque se acham o máximo e vai-se a ver, não valem a ponta de um corno. Aprendi a não ter medo de bater com a porta quando há descontentamento. Aprendi a não deixar que me ponham os pés em cima. Aprendi que, em certas situações, até existe uma espécie de karma e que quem é mau até se fode. Mas só de vez em quando, que não se pode habituar as pessoas a contarem com o ovo no cu do galináceo.
Depois, veio finalmente uma coisa boa; uma boa casa, um bom patrono, um bom estágio, boas pessoas. Um pouco solitário nos primeiros tempos, mas há outras compensações.
Por outro lado, pareceu que este ano as pessoas importantes, tipo os amigos, tipo, ya, estou a falar de vocês, andaram um bocado loucos, com zangas e arrufos e porradas verbais e merdas. O que não deixa de ser um pouco triste, visto que foi preciso sair do Antro e andar um ano cá fora para se aperceberem do óbvio, que não ia ser como antes, que as coisas mudam necessariamente, mas que isso não significa que tenhamos que cortar laços ou ir cada um à sua vida de candeias às avessas. Também se perdeu gente, e embora lamente, não me parece que gente tenha vontade de ser encontrada. Mas isso já são outras contas de outros rosários.
Porém, e como diria a minha 'cota', ultimamente só a cito, deve querer dizer alguma coisa, estamos todos vivos, de relativa saúde, e isso, embora démodé, não deixa de ser o mais importante.
As pessoas importantes mantém-se, estão cá, de pedra e cal. Não se pode desejar mais que não seja continuidade.
Que venha, portanto, mais um ano.
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