Uma escola é mais que o amontoado de coisas que decidem que temos necessariamente que saber. É também feita de quem connosco se cruza no caminho. Só que normalmente ninguém se apercebe disso. A não ser, obviamente, e como qualquer ser humano que se preze, quando se deixa de ter. Sente-se a falta.
Passa-se uma vida inteira a estudar, a ler, a escrever aprontamentos, a fazer cadeiras. Quando se sai cá para fora, para o mundo, para a selva, não se sabe muito bem o que fazer; tanto tempo que se passou a ler e a decorar coisas que se esquecem os objectivos, se esquecem as implicações reais.
E as pessoas, e os outros, que foi feito deles?
No primeiro ano de separação, andou-se na mudança, tudo com grandes movimentações, em grande azáfama, em grande corropio. Agora, snete-se verdadeiramente a falta, mas já ninguém sabe muito bem o caminho de volta. Já ninguém sabe verdadeiramente onde pertence. Cá ou lá? Fica-se pelo caminho, entretanto.
Porque o caminho de volta deixou de ser visível, deixou de ser o mesmo de sempre, foram-lhe adicionados desvios, buracos, curvas apertadas, pela mão de quem tanto se esforçou por lhe pegar fogo. Onde está o caminho, afinal, ainda existe?
Quem tem o mapa? Quem sabe o caminho de volta?
Quem me dera saber.
Mas não sei. Porque, verdadeiramente, nunca pertenci a lado nenhum.
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