Gosto desta senhora porque escreve coisas assim.
No entanto, e apesar de apreciar o esforço que faz para ajudar as pessoas, não consigo deixar de pensar que está a travar uma batalha inglória porque necessariamente infrutífera. Não vale a pena dizer às pessoas que estão a ser feitas de parvas e que o melhor que podem fazer é porem-se a milhas, saíndo por cima da situação enquanto podem, porque isso será exactamente a última coisa que farão. Ainda para mais quando falamos de questões amorosas e de mulheres que, digam o que disserem, adoram este tipo de palhaçada. O quê, um gajo como deve de ser, nem pensar, prefiro um gandim da quinta casa que me foda, a mim e ao meu juízo, e que não faça mais nada, que me deixe na merda, na fossa séptica, que me faça descer ao Hades, porque assim sempre me entretenho e sempre me posso queixar da vida e das maldades que ela me faz, que sou campeã olímpica do queixume. Por isso, não vale mesmo a pena; provavelmente, essa senhora vai, sim, ficar à espera que o gajo que só aparece para a comer e depois volta quando lhe apetece, vai, sim, continuar na mão dele para tudo e mais alguma coisa, e vai, sim, continuar à espera de umas migalhas e a agradecer profundamente todos os projectos de afecto que ele lhe queira dar.
Contra isso, batatas.
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