Anda por aí, a arrastar-se pelos cantos, com cara de cachorro castigado, para ver se têm pena dele.
Pobrezinho do playboyzeco enjeitado, que tem a mania que é espertinho, mas que também se fode como os outros, é por isso que esta raça de gente tem piada, pensam-se inatacáveis, porém, no fim de contas, sangram como todos os outros.
Se aquela cara fosse retratada, era logo levada ao Vaticano para ser canonizado, ou idolatrado ou enbalsamado, ou lá o que eles fazem com aqueles que sofrem a vida toda e lá fazem um milagre ou dois ou coisa que o valha, assim se fazem os santos, com lágrimas e dor, que um bom cristão nada é se não sofrer.
Oh que tenho tanta pena dele, que é tão querido e tão fofinho, que desce a rua como se o mundo e todas as gajas que lá habitam lhe fossem cair aos pés, que caminha na terra com o seu perfume irresistível, que liga a três gajas diferentes na mesma noite para ir para a rambóia, contando o feito aos quatro ventos, como se fosse digno de medalha da Ordem de Cristo, que quando as gaijas se tornam chatas levam um pontapé e vão à vida delas, que isto não é para mim, eu quero é andar ao fresco, venham elas e venham já sem as cuecas para não dar trabalho, que isto é atar e pôr ao fumeiro, que é como quem diz, deita-te aqui ao pé de mim, que isto dura 10-15 minutos e depois podes ir embora, e nada de deixar a escova de dentes na minha casa de banho, porque a minha oficial descobre, então é o fim, e é mais outra que tenho que pôr a andar.
O que faz proliferar estas espécies é a própria mulher em si, não é a oficial, coitada, essa sabe lá, é a mulher no sentido global, de género, que acha muita piada a estes bad boys com complexo de Édipo mal resolvido, crêem-nos amorosos, acham o máximo o odor a virilidade e inconstância que emana destes seres, uns incompreendidos da sociedade que continuam à procura do amor da mãezinha em cada queca que dão e depois lá vão eles em busca de mais uma progenitora, porra muitas mães têm estes gajos, uma em cada esquina. E por causa delas e da sua infinita queda para a estupidez e o drama, o seu eterno síndrome de Harry Potter que salva o mundo mágico do que não pode ser salvo, é que estas gentes existem, e reproduzem-se, meu deus, que os há aos milhares, por causa da bondade das mulheres que os acolhem no seu seio e lhes dão amor e carinho, porque crêem que amor e carinho é o que eles precisam, que assim se endireitam, que assim se tornam sérios e assentam, que assim se tornam amores perfeitos e namorados sublimes, ficam à espera que mudem, que fiquem fofinhos e que casem e tenham filhos. Eles lá endireitar-se até se endireitam, não é é na alma, é mais dentro da roupa interior, o resto fica como está, o leite derramado não volta para o pote, não há remédio.
Temos, então, pena destes seres, se a culpa de eles existirem é, afinal, de outros seres?
Não.
Porque o que esses seres estranhos precisavam, 10 vezes ao dia, era de uma Mulher, com M maiúsculo, que lhes fizesse o mesmo que eles fazem às mulheres dos outros, e aqui não há nenhum trocadilho linguístico, precisavam que elas fossem tão putas com eles como eles são cabrões com elas, e nada mais.
Oh pobre criança, que carrega no olhar o peso da tristeza, que não mais tem em si o brilho da virilidade macaca que faz com que as fêmeas percam o tino.
Só se espera, com o ardor que a questão merece, que estejas assim por causa de uma qualquer Mulher que te faça a vida negra e o cérebro num oito, como tanto gostas de fazer às filhas dos outros.
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