segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Guerrilha

Pelos vistos, aos outros incomoda que eu fume. Não porque fume para cima deles, mas os outros são seres caridosos e preocupados e não querem que, de hoje para amanhã, apareça eu com alguma coisinha má, me dê a travadinha e vá desta para melhor.
E eu, que para além de ter uma paciência de santa para todas as evangelizações que gostam de me fazer, ainda vou na conversa e faço o que me dizem, que pau tão bem mandado que eu sou, em vez de fumar, como pastilhas.
Pastilhas essas que têm de ser mascadas com um certo estilo, que é como quem diz, faz-se o balãozinho cá fora e renta-se dentro da boca, que dá menos estrilho e sempre dá para divertir qualquer coisinha.
Acontece que o estaminé está em obras e a entidade patronal foi parar à mesma sala, e de tal maneira quem manda comanda as nossas vidas que não há ordem de fazer os tais balõezinhos e rebentá-los discretamente porque Sua Excelência não aprecia.
Ora, a minha pessoa não gosta de mascar sem esta manobra de diversão, desconfia que nem sabe fazê-lo sem esta pequena estupidez.
Se a minha pessoa come pastilhas para não fumar, e não a deixam comer pastilhas como bem entende, e se não pode fumar porque é pecado, o que é que sobra?

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