quarta-feira, 23 de março de 2011

Os Sebosos, os Drogados e os Chungosos

Parece que os homens só têm uma opinião no que concerne outros homens aos quais as mulheres achem piada: não prestam.

Ou porque são chungosos, sebosos e padecentes de outras efermidades terminadas em 'osos', porque têm ar de suíno, ar de cabrão, ar de não sei o quê que inventam na hora, tudo numa tentativa de demonstrar que as mulheres só olham para gajos que não têm interesse nenhum, que são ursos até à 15ª geração, que não são bons nem para as próprias mãezinhas, e depois ainda se queixam que os homens são maus e cabrões, como não hão-de ser se só escolhem gente de merda?!

Assim é.
Pois que mulher que se preze não escolhe um moço bonzinho e delicado, de boas famílias, fofinho e amiguinho, de boas intenções e cheio de amor para dar, escolhe logo o que não presta, o que só quer é ver o interior da cueca, sem compromissos, sem vínculos, sem nada mais que não seja uma bela de uma queca. Isto é uma verdade universal, só se escolhe o que não tem ponta por onde se lhe pegue.
Mesmo sendo verdade, ainda se aplica o in dubio pro reu quando o cabrão vem disfarçado, enganando tudo e todos, vindo a revelar-se, supervenientemente, um traste da pior espécie, mas aí nem há hipótese, ao engano todas vamos.
Quando o gajo é, porém, seboso, chungoso, porcalhão e agressor da própria avó, e isso é facto assente que se vê à légua, só lá vai quem quer, já que o que está na montra será igual às quantidades industriais da mesma matéria que tem no armazém.

Ora, poder-se-ia esperar que os homens pudessem dizer, uma vez por outra, que os outros homens aos quais se pudesse achar alguma gracinha, pois sim, tem bom aspecto.

Não, qual quê!
Vai tudo corrido a rótulo de, vá lá, deixa cá ver, drogado, chungoso e seboso, independentemente de quem seja.

Vejamos.
Quando há uma gaja qualquer que passa na rua, e a dita senhora até tem bom aspecto, leia-se, é boa nas horas, grandes mamas, grande prateleira, toda bem torneada, marchavas já, ó grossa!, mesmo que tenha estampado nas trombas o ar vulgarzeco com que nasceu, e se as mulheres são vacas umas para as outras, nisso se vê, por mais que custe assumir, minhas caras, a gaja é mesmo boa; homem que é homem não o nega, gosta do que vê e mais nada, que está no seu direito, que isto ainda vai sendo um país livre.

Sendo certo que as gajas acham sempre que as outras para as quais um homem olha são umas porcas e umas deslavadas do pior, aqui está o preconceito e maldade de umas mulheres para as outras, esta verdade também se aplica aos homens uns para os outros.
Se uma gaja olha para outro, esse outro é logo um seboso, um drogado, um chungoso de merda.
Sic.

Agora que isto já é matéria assente, só resta acrescentar que as gajas também apreciam olhar só por olhar, apenas para efeitos recreativos, para passar o tempo, para lavar a vista e a alma da vida de stress que têm, só para descontrair, só porque não têm nada que fazer, é um passatempo como outro qualquer, portanto, querem lá saber se o estupor que estão a mirar é pouco lavado, drogado, mendigo, varredor de ruas, cabrão ou anjinho.

Isso interessaria se houvesse vontade de conquista; não havendo e não passando de actividade lúdica, essa merda não interessa para nada e serve apenas para estragar o momento de divertimento e relax que se está a ter, servindo para minar a boa disposição, escangalhando (esta é mesmo à velho) a brincadeira como uma criancinha mimada e mostrando, não só que os homens são tão filhas-da-puta uns para os outros como as mulheres o são entre si, mas também que continuam tão territorialistas como na Idade Média, mesmo que a 'ameaça' seja, tão somente, imaginária

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