segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Leituras XXXIV


Boas descrições, grande história, detalhes históricos fabulosos, tinha tudo para ser um grande, um épico romance histórico. Porém, Marillier estraga toda a sua obra com lamechices desnecessárias e absolutamente pavorosas, dando uma imagem fraca e pouco coerente de si mesma como escritora.

Quando tudo havia para ser escrito uma violenta, mas sempre bela e com um toque de magia inigualável, história com detalhes históricos riquíssimos, estraga-se tudo com a eterna mania de escrever lá no meio trechos de romances de cordel. Se ao menos ainda soubesse escrever cenas de sarrafada, ainda era como o outro, mas não. Tudo o que salta à vista é que o personagem principal, muito guerreiro, muito bruto e muito impetuoso, afinal, lá bem no fundo, é um maricas do pior, que perde todas as capacidades por causa do primeiro rabo de saia que lhe passa pelo estreito.

Lá está, se ainda fosse bem descrito, mas não; é tudo uma pouca vergonha literária. Literalmente.

Fraquinho.

Oscars 2011 - III


Natalie Portman
Aprecio o esforço da moça que, grávida de 12 meses, foi toda embonecada para a noite do ano. Porém, há que salientar que em entrou uma mama da senhora pelo olho esquerdo dentro.
E acrescentar que devia ter ido de preto, ao menos parecia mais pequena. Assim, parece só uma ameixa grávida.

Helena Boham Carter
Esta mulher pode tudo, porque tem estilo e não é igual a ninguém.
É sempre a minha preferida.

Oscars 2011 - II

Categoria: Que Merda Vem A Ser Esta?

Cody Horn
Não sei o que pretende ser, mas mete medo.

Marisa Tomei
Esta parou no tempo dos folhos gigantes, na época brilhante dos 80's.

Nicole Kidman
Que desgosto...

Melissa Leo
Outra que parou nos 80's.

Scarlett Johansson
Vais para o baile de finalistas da Secundária de São Jorge da Murrunhanha ou para os Oscars?

Cate Blanchet
Porra, ó jovem, o que é isso? Uma tentativa de passar por uma escultura clássica?

Jennifer Hudson
Essas mamas sinistras nessa cor sinistra dão uma sinistralidade rodoviária sem igual.

Sharon Stone
Nem sei que comentário tecer; parece que saiu do túmulo para assombrar. Porra...

Oscars 2011

Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento Original

Não está mau, não senhor. Mas e o Cisne?

Melhor Actor

Colin Firth
Muitíssimo bem entregue, nada de surpreendente.

Melhor Actriz

Natalie Portman
Também muitíssimo bem entregue, ela merecia.
Aliás, merecia dois Oscars, um pelo papel, outro pelo esforço de estar a rebentar pelas costuras empoleirada em stilettos e com vestido de festa.

Melhor Actor Secundário

Christian Bale
Não vi o filme, mas sei que este senhor até é bonzinho naquilo que faz.

Melhor Actriz Secundária

Melissa Leo
Parece que deixou escapar um 'fuck' no seu discurso de agradecimento.
Fica sempre bem a espontaneidade.

Melhor Argumento Adaptado & Outros

Não sei o que dá na cabeça das pessoas para dar Oscars a este filme, mas a Academia lá saberá...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Governo Proíbe os Estágios Não Remunerados

Isto são, sem dúvida, medidas boas, se bem que já chegam um pouco tarde.

E, conhecendo o país que temos, em especial o cabrões chupistas dos empresários e empregadores portugueses, quer cá parecer que não vão haver mais estágios para ninguém.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Matéria Assente

E, simultaneamente, estúpida até dizer chega, mas a verdade é que o tempo demora muito mais a passar quando se está sem dinheiro.

Descarregamento de Irritações, Frustrações e Outras Inquietações

Puta de sorte, é o que apetece dizer.
Multibanco sem papel, o que não permite fazer depósitos.
Filho da puta de um seboso qualquer a pagar as contas do mês na caixa ao lado e demora meio ano a despachar-se a a dar a vez aos outros; quando chega a hora, não há papel novamente. Cabrão do gordo que gastou os talões todos.
Não há tabaco de enrolar, pelo menos daquela marca boa, em lado nenhum. E atente-se que não é por falta de tentativas de procura, simplesmente resolve-se que não há daquele tabaco, fuma outra merda qualquer e desanda daqui.
Foda-se.
Parece que tudo o que é gente com veículos variados resolveu sair à rua hoje, provocando um trânsito descomunal. Mas porquê, se nem há acidentes ou outras eventualidades que atrasem o tráfego? Ah, pois, mas há a bófia, essa instituição pública de grande utilidade, em cada esquina, com o seu olhar de mau e o seu dedinho esticado, a vigiar permanentemente os condutores. Trabalhar é mentira, empatar a vida a quem trabalha é que é.
Lugar para estacionar? Querias, viesses mais cedo, não andasses a perder tempo a ir ao banco, a comprar tabaco e a fazer caralhadas silênciosas à polícia que já arranjavas onde arrumar a carroça. Por isso, dá lá duas voltas à puta da terra, que é muito gira mas só tem estradas de sentiro único e acaba por enfiar a carreta num canto qualquer, com a traseira de fora e os pneus em cima do passeio e não digas que vais daqui.
Ai leva-se demasiadas coisas nas mãos? Então deixá-las cair, que também não fazem falta nenhuma, melhor!, deixá-las cair duas vezes para que o filho da puta que vem a passar se começar a rir em vez de ser simpático e ajudar. E depois não querem as pessoas que as mandem para o caralho...
Tudo isto, conjugando com o feitizinho lindo com que aquele homem anda, preenchem um dia normal com brilho típico de um dia de merda.
Que ainda mal começou.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cumé?


Tive um professor que costumava dizer que as conversas são como as cerejas; quando se puxava uma, vinham logo não sei quantas atrás.

Agora, volto e meia ouço uma alminha ou outra a dizer que, sim senhor, as conversas são efectivamente como as cerejas mas porque não se consegue comer só uma.

Afinal, em que é que ficamos com a analogia da cereja?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

You Might Get There, Lad...


'Kadhafi faz discurso à nação, líder líbio diz-se disposto a morrer como um mártir'
O senhor Kadhafi, que é um ditador e um opressor nato, muito zangado com o povo que se atreve, valha-nos deus, a mandar vir quando as coisas não estão bem, vá-se lá saber porquê, mania de revoluções mais ó caraças, ainda acha que é um mártir no meio desta situação.
A isto se chama virar o bico ao prego, não com grande mestria, mas certamente, com grande lata.

Leituras XXXIII




Fenomenal.


História bem descrita, personagens consistentes, acção e porrada com fartura.


Scarrow sabe prender o leitor aos dois personagens principais, Macro e Cato, de tal forma que de cada vez que um deles faz um gesto, do outro lado do livro, do lado de quem lê, sente-se imediatamente.


Para além de que os legionários e centuriões passam a vida a dizer asneiras, o que confere um toque brutal de comicidade.


Muito bom!

Eu e Ele #3

Sumário: continuação da aula anterior.

Basicamente, estamos com um feitiozinho filha-da-puta e toca de chagar aos cornos a toda a gente.

Haverá por aí um fardo de palha?
Parece-me que alguém está com fome.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Eu e Ele #2

Quando há alguma coisa a chateá-lo, não descansa enquanto não distribui por todos as suas preocupações, que é uma forma simpática de dizer que todos têm que saber que Sua Majestade está zangadinha e tem necessariamente que fazer com que os outros fiquem zangadinhos também.
Depois desse pequeno momento de lazer e criação de afinidade com todos, volta tudo à normalidade.

Cinema XXXII


Tanto alarido por um filme destes?

Desilusão completa.

Começa muito bem, e acaba de forma tão atabalhoada que nem dá para saborear.

Comestível, apenas.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Coisa Mai' Linda


Rui Porto Nunes

Outro dia, viu-se este senhor a passar na rua.


E, como não há vergonha na cara, vê-se a peça e vá de fazer olhar depravado e luxurioso.


A ranhosa que ia com ele, ainda se virou para trás, muito escandalizada de estarem a olhar assim para o seu moço.


Qué que foi?


Não sabes o homem que tens em casa, não?!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ai A Porra...

Aquele filho de uma vaca gorda que não sabe escrever na puta do teclado sem o martelar, faz tanto barulho que consegue abafar a minha música.

Sim, Escrevi Mesmo Isto

'Bemol - faz a nota descer meio coiso'
Marinho Pinto diz que tribunais são "paraíso para caloteiros e inferno para credores"

E agora pergunta-se o que é que este senhor tem feito para que assim não seja, a não ser mandar vir e barafustar como uma dona de casa desesperada?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Apetece-me Grandemente Ser Porca #4

Se até aquilo se licencia em Direito, pela mesma faculdade conhecida como o Antro, começa-se a compreender, ainda que apenas ligeiramente, a purga que o Sr. Bastonário quer fazer com os estagiários...

Fornicar É Um Stand De Automóveis, Pá!

Para não variar, nem só um bocadinho, sentada no café do costume, lendo e fumando como habitualmente, estava a gaja que está lá todos os dias, no sítio do costume, como no Pingo Doce, mas um bocadinho mais ao lado.

Parece que o mal dessa moça é que tem o ouvido muito apurado, coitada, cada um nasce com os defeitos que tem e mais nada, aquela tem ouvidos de tísica, por isso é normal e muito natural que oiça pedaços de conversas das mesas circundantes.

Ora, numa mesa circundante não estava mais ninguém senão o Zé da Crista, essa personagem mítica que paira todos os dias naquele café sinistro e repleto de outras personagens igualmente míticas, falando galantemente com umazinha qualquer, tentado impressionar a moçoila, numa clara tentativa de engate, tentativa porque, obviamente, levou sopa, e segundo um certo código, em alguns casos, a tentativa é punível.

Dizia o Zézinho que os amigos tinham dificuldade em compreendê-lo, coitadinho, as idades adolescentes disto trazem, e quando se tem a mania que se é uma grande peça da filosofia jovem ao mesmo tempo que um rebelde cuja causa há-de ser ter um ipod e comer gajas peludas, mais incompreensão trará à vida de tão jovem espécime.

Pois que ninguém o compreende, inclusive o Sammy Boy que, ao que parece é o melhor amigo dele, e a justificação, senhores e senhoras, não é pelo facto de ser uma alma turbulenta ou pertubada, com ideias radicias ou arrojadas, é simplesmente porque usa palavras caras no meio das frases comuns do dia-a-dia.

E a rapariga ficou à espera que viessem as tais palavras caras, afinal, ali estava uma conversa mais que comum, do mais normal do dia-a-dia que pode haver, não poderia existir melhor oportunidade que aquela para serem ouvidas, vá lá, puto, faz o teu melhor com a Zinha que tens aí à tua frente e pode ser que ainda ganhes um bilhete de ida à casa-de-banho para intensa satisfação sexual.

Bem que apurou o ouvido, mas não ouviu mais nada que não os habituais 'tás a ver, foda-se, ya, porra e caralho, meu!
Então e a oportunidade de ouro para demonstrar a utilizção de palavras caras?
Foi-se, claro. Até porque em todos os meses de parco conhecimento com uma criatura como o Zé da Crista nunca se lhe ouviu uma única palavra erudita.
A não ser que o senhor diga ja, significando sim em alemão, em vez do habitual ya, que toda a gente diz. Deve ser.

Moral da história: não andar a ouvir as conversas alheias para não serem criadas expectativas que necessariamente sairão goradas.

Qu'é Que Foi?

Tenho um ligeiro problema com gente crente.
Dão assim uma comichão ligeira no canto interior do olho esquerdo. E do direito também.
Tenho problemas com gente que acha que há alguma coisa superior acima do Homem, que crê cegamente, que não pensa pela própria cabeça e decide acreditar porque assim lhes foi ensinado.
Tenho preconceito com gente de fé. Mas estou na paz, não chateio ninguém.

O problema é que há gente crente que é incapaz de estar na sua vidinha sem espalhar a sua fé por todos os cantos, impingindo aos outros a sua crença. E já nem se fala naqueles que andam de porta em porta a distribuir bíblias e outras leituras didácticas, esses ainda fazem disso mais ou menos profissão, só lá vai quem quer. Fala-se dos outros, das pessoas normais, as quais cruzam caminho todos os dias com as restantes, com as quais se têm algum conhecimento que não são capazes de estar dois minutos sem mandar pérolas como com a graça de deus, ai que deus é que é, deus salva, deus isto, cristo aquilo, já para não falar nas peregrinações, missas e acampamentos a que vão por esse mundo fora e que fazem questão de publicitar, de bradar aos quatro ventos que os modificaram, que os transformaram, que lhe deu um pote de ouro espiritual, mais as catequeses e as profissões de fé e crendices afins.

Não percebo porque é que tenho constantemente de levar com a fé dos outros, a toda a hora e a despropósito de tudo e de nada. Não percebo, se este é um país livre porque é que, volta e meia, estou a ser evangelizada por meia dúzia de aves de sacristia, que estão absolutamente convictos que falar interminavelmente nas santezas todas é que dá sabor à vida.

Não percebo como é que não há vergonha na cara para andar a chatear toda a gente quando a fé é de cada um e cada um professa o que lhe apetecer, sem mais conversa.

Esta é a mania que vem do canal público de televisão, paga com o dinheiro do contribuinte, esse coitado, que paga sempre e não bufa, sempre a passar rezas e outras manifestações de fé, quando o Estado é laico e sem vínculo a qualquer igreja. Este é o mau exemplo que todos os dias se vê no mesmo canal, a dar voz a uma só igreja em detrimento das outras, a maldizer o que se vai passando, quando deviam era estar todos sossegadinhos, que em assunto de Estado ninguém mete o bedelho, muito menos quem nada faz para ajudar.

E assim têm os normais cidadãos que levar com a fé dos outros porque este é um país de liberdade religiosa, explicação esta de um brilhantismo tão efusiante que até ofusca a vista.
Não quererá liberdade religiosa dizer que ninguém impõe nada a ninguém? Não quererá dizer cada um acredita no que quer e não chateia ninguém?

Não percebo porque raio tenho eu, que nem sequer obrigo ninguém a professar a mesma fé, que é nenhuma, que levar com esta evangelização, como se fosse um índio do Brasil no século XVI.

Fossem trabalhar e seriamos todos mais felizes.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nonsense Talking X

- Ó Dr. M., já não está ao telefone, pois não?
- Não.
- Ah, pronto, é que a Dra. T. vai-lhe passar uma chamada, está bem?
- Ah, não, agora não! Quero ir fazer chichi!
- ...

Mais ou menos uma lamechada, mas não se habituem a estas mariquices, que isto é mesmo coisa de gente parva

Era mais ou menos ponto assente que ela era o homem da relação.
Não em termos de autoridade, não em termos de sustento de uma casa, ou última palavra em decisões, ou chegar a casa e alapar o cu no sofá enquanto o outro faz o jantar, ou arrear no parceiro, ou sequer ter postura masculina em todas as situações.
Mais em coisas dia-a-dia, como não gostar de lamechices, amo-tes e xi-corações e essas merdices que inventam para encher de melaço quem ouve, detestar ofertório de flores, ouvir a toda a hora odes à virtude do ser amado, não perguntar, mesmo à laia de gaja cor-de-rosinha até à 15ª geração, em que se pensa, se gostas de mim, sinto a tua falta e esse género de frases que fazem com que tenha vontade de dar com um martelo na cabeça para se acabar com o sofrimento.
Não gostava de demonstrações de afecto em demasia porque seriam necessariamente uma amostra da dependência emocional que um dia se jurou nunca mais ter; seriam demonstrações da gente parva que anda por aí de peito aberto a mostrar ao mundo as fragilidades, não sabendo, ou fingindo não saber, que o mundo havia de se aproveitar disso no imediato; não seria mais do que a estupidez humano no seu auge, a mostrar e a comprovar que nada se aprendeu com as agruras da vida. Não gostava porque tinha no pêlo anos e anos de desventuras e sabia que as coisas doces que supostamente viriam do coração não podiam trazer nada de bom.
E era nisto que ela era o homem. A fingir dureza e indiferença, a desprezar as fofuras e coraçõezinhos, ursinhos e demais peluches, que isso é coisa de gaja desmiolada e carente, não pode haver nada mais errado que uma pessoa ser frágil e aberta a que lhe espezinhem os interiores, que isso dói como o caraças e sai muito caro, quanto mais não seja, ainda há direito a um abatimento nas despesas de saúde, em sede de IRS, daquilo que se paga ao psiquiatra.
Era nisto que ela era o homem. Não porque o ressabiamento a tivesse tornado um calhau, se calhar, vai-se a ver e tornou, mas o acto reflexo de recuar perante tanta fofura estava mais entranhado do que a porcaria nas paredes de uma fossa, e contra isso, os habituais tubérculos.
Um dia em que se falava em planos futuros e vidas em comum, sem as partes fofinhas aqui para a mesa do canto, fáchavor, questionou-se, na senda da vida miserável que levam os estagiários e aprendizes afins, se porventura algum dia dois desgraçados a ganhar 500 míseros euros conseguiriam juntar trapinhos e ter um barraco onde morar.
Ao que ele responde, depois de pensar dois segundos, que dar, até dava, mas seríamos pobres.
E ela ficou a pensar naquilo. Durante dias a fio, não pensou senão na pobreza de ter um casebre, comer só pão com manteiga e beber café de chicória, ser quase insolvente e fazer a ginástica orçamental que 9 milhões de pessoas neste país faz todos os dias para conseguir sobreviver e não morrer de fome ou no esquecimento de vida quotidiana.
Obviamente, nada lhe disse, afinal ela é o homem, o homem sem sentido de pieguice, que ele obviamente tem entranhado naquele corpinho que deus lhe deu, mas lá no fundo, apesar de nada dizer, apeteceu-lhe ser pobre, viver de torradas e contar os trocos para pagar a renda, mas viver ao pé dele a todas as horas. Quis ser pobre.
Mas não disse. Nem vai dizer, que isso é coisa de gente idiota, coisa típica de gente otária que carrega o coração ao alto, pronto a ser atingido com todos os estilhaços e lanças que andam pelo ar. Não disse, nem vai dizer, que os homens, brutos e arrogantes, não dizem essas merdas, não choram pelos cantos com a emoção nem com os sentimentos, não se demovem com aquilo que vem de dentro, nem se deixam levar por aquilo que é espontâneo e sentimental, que esse é um bilhete só de ida para a casa dos malucos.
Ela era o homem da relação. E queria ser pobre. Mas isso não se diz.

Coisas de Cá - VIII

Já começo a ficar como os que vivem comigo, neste casebre onde se faz a Judicatura.
Quando vejo um lápis/caneta/qualquer coisa que escreva mas que não me pertence, abotoo-me logo com o objecto.

Deve ser do ar da serra...

Leituras XXXII


História contada mas podia ter sido filmada que daria uma grande produção.

Shardlake envolvido em grandes conspirações, numa corrida alucinante contra o tempo, tentanto salvar Cromwell e um inocente de um julgamento horrível, enquanto corre freneticamente para salvar a vida.

C.J. Sansom consegue prender o leitor até à última linha e deixar uma lágrima pequenina no canto do olho quando chega ao fim mais uma história do advogado corcunda.

Muito bom.

Depois de 'velha', é que me dá para isto.

Cinema XXXI


Grandes interpretações, história simples mas com um fundo maravilhoso.
Firth digno de Oscar, mas Rush simplesmente brilhante.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ai A Porra...

Então e a merda que é ter obras em casa...?

Distraída, uma pessoa levanta-se e sai porta fora, em pijama, descabelada, às apalpadelas porque os óculos ficaram na mesa de cabeceira e dá com 27 trolhas a olhar para a cena, com risinho torcista, mesmo a dizer onde é que esta pensa que vai, ainda por cima nesta figura, que já não há vergonha nem decoro.

Desculpem lá, senhores trolhas, se já nem se pode mijar na própria casa-de-banho.

Reminiscências #5

Quando ele me ofereceu uma rosa, a única coisa que me saiu pela boca fora, a alta velocidade, foi 'eu não gosto dessa merda'.
Se me tivesse passado um camião do lixo por cima, teria sido merecido.

Tomaaaaaaa!!!

Pablo Aimar

Esta é para esfregar nas trombas dos parvalhões que, há 15 dias ou qualquer coisa que o valha, tiveram o displante de dizer que a coisinha fofa foi o pior jogador em campo.


E o golaço de ontem, seus bodes??!!

Fim-De-Semana

Peniche
Óbidos
Óbvio!

Fui Ver e Gostei Bastante


Uma bela supresa de cultura aqui nestas terras do demónio.
Bela encenação da Ópera Nacional da Moldávia e uma interpretação fantástica da Orquestra Nacional do mesmo país.

Até porque, como diz o meu progenitor, ópera é música de operários!

O Poder Do Povo



Egipto 2011, o poder está na rua!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Deus Quer, O Homem Sonha, A Obra Nasce

My ass, é o que é.
Deus não quer nada, é uma consequência da não existência.
O Homem sonha, de facto, e sonha bastante, projectos não faltam, ir em busca deles, andar a correr atrás é um facto.
Porém, a Obra não nasce, muito menos sai do projecto, muito porque os outros não deixam, ou não querem, porque dá trabalho, porque está a chover, porque há preguiça.

E assim nascem as frustrações.
Há uma certa companhia de seguros que tem uma musiquinha de espera telefónica que dá vontade de abanar o capacete.
Não é boa ideia para quem está a trabalhar.

Apetece-me Grandemente Ser Porca #3

Se antes se podia achar que aquela mulher, vulgo a gorda do café, tinha alguma espécie de fixação pelo Sammy Boy, que tem, que disso não haja qualquer tipo de dúvida, começa-se a achar que a pobre senhora desenvolveu o mesmo tipo de obsessão pela gaja que vai todos os dias ao dito café, para ler os seus romances históricos e fumar ininterruptamente, bebericando aditivos de cafeína enquanto pensa na vidinha.
Só pode.
Sempre atrás dela, sempre com conversa de treta, insiste em contar todos os pormenores sórdidos, ou nem tanto, da vida do pobrezinho do Sammy, como se devesse algum tipo de explicação pela conduta do rapaz, como que a desculpá-lo por alguma coisa (não se sabe o que poderá ser), ora a tentar 'vender' o moço, até em casamento já falou, o raio da obesa, ora falando cobras e lagartos dele.
Não se percebe. E como não se percebe, inventa-se.
Em tempos, perfilhou-se a teoria de que a dita senhora do cu avantajado queria era que o Sammy lhe tratasse da saúde e a levasse a dar umas voltinhas ao vale dos lençóis, ou numa casa de banho qualquer, tanto faz, e que por causa da frustração de tal não ocorrer, é que passava a vida a empurrá-lo para a cama de tudo o que era mulherio naquele café, chama-se projecção, uma figura dos meandros da psicologia.
Porém, a coisa agora toma outros contornos; agora, já há mais outra pessoa ao barulho, o que não deixa de ser inquietante. Pessoa essa que não é deixada em paz nem por mais uma, mais que não seja para ouvir as queixinhas do Sammy.
Não querem lá ver que a badocha, quando não tem mais nada que fazer, se põe a fantasiar com os dois numa grande sarrafada?! Ou, talvez, quem sabe, juntar-se à sarrafada também??
É que, a não ser assim, qual será a justificação para tamanho assédio?
É o que dá ir para cafés de gente duvidosa só porque tem dístico azul...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Febre das Prendas 11



Daqui a nada, faço anos.
Apreciava isto, fáchavor.

Batatas!

Os homens, essa raça de macacos que a ciência resolve apelidar de evoluídos e seres pensantes, são incapazes de perceber quando estão a pisar a linha que divide a simples estupidez da maior asneira alguma vez cometida.


Começa-se finalmente a perceber o porquê da existência da célebre premissa os homens são todos iguais.

Se à primeira vista se poderia pensar que era por serem todos uns cabrões mulherengos, que só queriam era boa vai ela enquanto a mulher ficava em casa a cuidar dos filhos e a coser-lhe as meias, após um olhar mais atento, facilmente se compreende que não tem rigorosamente nada a ver com sentimentos de putice.

Tem, simplesmente, a ver com o facto de um ser do sexo masculino não ter noção.


Noção, tão somente noção.


Noção da asneira.


Noção do ridículo.


Noção do perigo.


Não têm. Não nasceu com eles.

Aliado à eterna e mas nem por isso menos filha-da-puta mania de insistir que está tudo bem, tudo zen, tudo calmo, todos os chakras alinhados, temos um belo de um caldo belamente entornado.

Perceber o que se fez de errado, não senhor; fingir que não se passou nada e ainda por cima arranjar outra merda qualquer para chatear, numa vã tentativa de camuflar a asneira passada, é que é.

Terrenos movediços, estes...

Minado, dir-se-ia.


São apenas alguns a nascer com este defeito?

Não, nascem todos. Sem excepção. Para que ninguém se sinta ciumento de ter sido excluído ou atacado por se sentir directamente apontado no meio da rua.

Há hipótese de cura?

Mais depressa se cura o cancro.

Contra isto?

Eu e Ele

Rai's partam mais à mania de dizer, sempre, sempre, como primeiro impulso, que está mal feito/mal explicado/mal parido/mal carimbado/mal escrito/mal dito/mal-qualquer-coisa.
Mesmo que depois se retracte e diga pronto, vá, é a mesma coisa só que por outras palavras.
Mas não conta, porque já disse que estava mal.

Anti-Age

Uma pessoa não se apercebe do passar do tempo.
É-se pequeno, é-se novo, o tempo divide-se entre a escola, os trabalhos de casa, a brincadeira. Sempre assim, com ligeiras nuances, até à faculdade, em que a vida já obriga a outros sacrifícios como estudar de vez em quando para os exames, faltar às aulas para ficar no bar a jogar às cartas, ir a festarolas da cerveja, sair com amigos, até ao dia em que chega a benção dos finalistas e se fica a pensar, porra, como esta merda passou a voar.
Daí até à entrada no mercado de trabalho é um saltinho, não contando com as trapaças e rasteiras que um certo Bastonário de uma certa Ordem corporativa de uma certa profissão liberal vai pondo no caminho.
Tudo passa num sopro, daqui a nada já se está há um ano na mesma casa, com as mesmas pessoas, a fazer uma coisa gira, mesmo com a solidão que aperta nesta terra do demónio, perita em comarcas da Grande Lisboa Noroeste.
Quando se dá por ela, está-se velho. Velho, antigo, arcaico.
Ou um limbo que ninguém percebe muito bem qual é, em que já não se transpira juventude por todos os poros, mas também ainda não se anda de peles caídas.
Os miúdos do liceu já tratam por você, por a senhora, mas a velhota da papelaria ainda chama menina, já para não falar na gorda do café que ainda trata por tu, mas essa é malcriada de raíz, portanto, não deve contar bem para o totoloto.
Até que chega o dia, em que não havendo mais nada que fazer, procede-se à compra de creme anti-rugas.
Porque está a chegar a mítica idade do quarto de século, e segundo literatura de qualidade na matéria, é preciso começar a prevenir os efeitos da passagem do tempo no cartão de visita do ser humano, que não é outro lugar que não o trombil.
Porém, só se percebe que o tempo também passa para o próprio e não somente para os outros, quando se chega a casa e se mostra aos progenitores a nova aquisição.
Não há direito a comentários.
Apenas um olhar trocado entre os dois e um ligeiro murmúrio que soava terrivelmente a 'ainda ontem estavamos a comprar-lhe fraldas'.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ai A Porra ...

Não há nada pior que obras em casa.
Fica tudo de pantanas, tudo cheio de pó, tudo desarrumado, desalinhado, estragado, e sabe-se lá mais o quê.
Uma pessoa sai de casa de manhã com tudo arrumadinho e chega a casa e tem o bidé no jardim, a porta da casa de banho no hall e as restantes entradas da barraca tapadas com plásticos.
Casa de banho?
Não existe. Tudo escombros. Parece que um urso espirrou lá dentro. Um urso? Não, uma família de ursos.
Parece um casabre da Idade Média só que coberto de merda até acima.
Dei por mim e estava a lavar os dentes no lava-loiça da cozinha, a pensar que triste vida a minha a de ter de andar a pedir por amor de deus aos vizinhos se não me deixam ir tomar banho a casa deles.
Miséria.

Dia dos Namorados

Para a celebração deste dia mítico, pedi a quem de direito que me ofertasse isto:



Coisinhas boas, que dão um jeitaço, de qualidade e a um preço relativamente acessível, fazem as delícias de quaquer gaja. Cheira bem, faz bem à pele, um mimo.

Pois não senhor, que tem espinhas, que já foi ofertado, que prendas repetidas não, e não, e não e acabou-se. Mas porquê, eu quero, vá lá, por favor, por favor, e não, que já te dei, e não porque não te vou dar coisas repetidas, e não porque não é nada original, e não porque é estúpido, e deve gostar de dizer não como tudo.

Ai é?

Pedi, então, só para chatear, um destes:
Rui Massena

Também não, porque não há, porque tem caroços, está esgotado.

Obviamente.

Moral da história: pedir uma coisa simples cria mais ondas que pedir o impossível.

Homens...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ninguém, mas absolutamente ninguém, pronuncia bunda como aquele homem.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nonsense Talking IX

- Tenho que marcar uma consulta de contactologia.
- O quê? Vais fazer um TAC?

Cinema XXX


Brilhante.

Fenomenal.

Arrebatador.

Natalie Portman merece todos os Oscars até ao final da vida por esta interpretação.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quem Sabe ...

Um dia, vou olhar para trás e rir de mim mesma, por ter sido tão estúpida em preocupar-me profundamente com coisas minúsculas.
Um dia, vou lembrar-me de dias como este e perguntar-me porquê tantos nervos, porquê tantas tremuras, porquê tantos problemas com coisas tão pouco interessantes e tão pouco importantes.
Um dia, vou recordar-me que fui ursa o suficiente para me ralar como um queijo por causa de coisa nenhuma.

Um dia, vou lembrar-me de tudo isto.
Só não vai ser hoje, com certeza.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Leituras XXXI


Com uma excelente contextualização história, personagens ricas e inteligentes, este é um romance que conta a História no meio do romance, forncendo detalhes brilhantes e ricos numa época conturbada do século XIV em Inglaterra.

Vantrease tem o condão de imprimir surpresa em cada página lida, nunca se sabendo como acaba um capítulo, dando tantas reviravoltas e desfechos surpreendentes.

Muito bom.

E bibó Binfica!

Quando o Benfica ganha ao Porto a festa que se faz é a equivalente a uma vitória do campeonato.
Só tenho pena que a coisinha fofa tenha sido considerado o pior jogador em campo.
Não se percebe porquê, nem quem são os analistas da tanga que decretam estes veredictos...
Como é que alguém pode dizer que este senhor é mau...

Pablo Aimar

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

E Não Querem Lá Ver...


... que o Vitinho, esse ícone da bonecada, é um jovem da minha idade?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lindo!

Gosto quando aquela senhora diz 'cagalhão!' para evitar dizer merda.
Merda é vulgar e brega; cagalhão é que é ...