quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Zé Pedro 1956 - 2017

Dias terríveis são aqueles em que morre um músico.

Dias terríveis...

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Coisas Que Vejo Por Aí # 46

Certo é que, mesmo com uma vida profissional muito mais preenchida do que nos tempos em que trabalhava para uma besta de carga algures na comarca de Lisboa Oeste, a verdade é que ainda tenho algum tempo em mãos que gosto de mandar janela fora.
Que é como quem diz, nem sempre parece que tenho o que fazer.


Posto isto, apraz dizer que encontrei uma base que até é catita.
Boa.
Porreira, vá.
Mesmo fixe, ao fim e ao cabo.


Andava eu na minha eterna demanda "preciso-de-uma-base-mas-não-me-apetece-gastar-40-euros-na-MAC", quando dei com os olhos nisto:



Pensando que poderia ser uma péssima ideia tendo em conta que a minha pele é, básica e friamente, uma trampa que reage mais depressa a um produto químico do que os atrasados mentais que comentam notícias reagem a uma notícia sobre o Sócrates, resolvi arriscar. Essencialmente devido ao preço da dita, que não me faria chorar amargamente o dinheiro derramado inutilmente.

Eis que surge a surpresa.

É magnífica. Não durará as 25 horas que a embalagem promete, mas anda lá muito perto. A cobertura não é total como anunciado, mas quase. Não pesa. Não é oleosa. Não tem um cheiro activo por aí além. E, como já referido, o preço é para lá de espectacular: € 10,65.
Porém, o requisito essencial para a minha pessoa: tem um tom de cadáver (mais claro que o ivory) que assenta como uma luva nas minhas trombas, o que, para uma base de supermercado, é de se lhe tirar o chapéu.

Claro que não é uma base de qualidade profissional, por assim dizer. Está longe do acabamento acetinado ao toque e mate de uma base 'poderosa' (no rosto e na carteira). Obviamente que a cobertura total é um bocado relativa, principalmente quando comparado com outras marcas (assim de repente, com o Pro Longwear Nourishing Waterproof, da MAC - quase me caiu o braço por ter de escrever um nome tamanho - ou o miraculoso Dermacol), mas não está nada mal para o preço e segmento.

Adoro-a e cheira-me que vou ser muito feliz com esta pequena pérola de pobreza recentemente descoberta.



Agora que já espalhei ao mundo que sou uma indigente que não perde uma pechincha, daqui a nada, é ver-me a coleccionar cupões em dossiers, já posso voltar ao trabalho.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Meanwhile in Ergástulo - Parte Sétima

O meu patrão é tão velho, mas tão velho que quando se refere ao subsídio de Natal, diz que é uma lembrança.
Tal como a minha Avó dizia, lembrança de Natal.

Só faltava dizer que é pouco mas é de boa vontade, como se diz lá para aquelas terras de Sintra.



Estou rodeada de avestruzes ébrias.
Levantar de madrugada para ir fazer julgamentos - literalmente - para detrás do sol posto também tem a sua beleza.

Vão-se Foder Também Resulta

Para todos os atrasados que tenho o azar de defender em processos-crime que não ouvem o que lhes é dito, que não querem saber de nada, não têm medo de nada mas no fim choram como uns putos quando o juiz faz cara de mau:


terça-feira, 14 de novembro de 2017

E com esta brincadeira toda estamos a pouco mais de um mês do Natal e a minha pessoa, normalmente tão expedita e tão despachada neste departamento, não comprou um único presente.

Bem, é mentira, comprei um, mas já foi há tanto tempo que não tenho a certeza se não o terei incorporado nas minha coisas...

Portanto, chegamos quase ao fim de mais um ano concluindo aquilo que já venho concluindo há 10 anos a esta parte: estou velha e acabada.
O próximo passo é ver-me nos centros comerciais no dia 22 de Dezembro, qual velha que não tem mais nada que fazer senão andar no meio da confusão, a comprar a primeira merda que me aparecer à frente para despachar a coisa.

Tristeza...

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Doce Sabor

Não será certamente segredo para ninguém que me custou horrores sair da espelunca antiga maioritariamente por causa das pessoas que deixei para trás. Particularmente, uma pessoa, a minha companheira de desventura e infortúnio em terras da Mitra Land.

Não será, também, certamente, segredo para ninguém que recentemente trouxe para o Ergástulo essa pessoa que me fazia mais falta, mais que não seja porque o publicitei aqui.

Numa feliz coincidência, acaso do destino e golpe de sorte, houve falta de pessoal. Assim que pude, fui buscá-la, e agora somos companheiras jurídicas na Metrópole.

Porém, é preciso também esclarecer devidamente, não foi só pela bondade do meu coração que o fiz nem somente pelo gosto de trabalhar ao lado dela, enquanto profissional.

Também o fiz por satisfação pessoal.

Pela desforra.

Por vingança, vá.

Sempre achei que o que aquela gente merecia era ficar sem ninguém de um dia para o outro, esperando que quando se vissem sozinhos pudessem repensar as suas condutas.
Sempre achei que já que não queriam saber das pessoas para nada e, para eles, não éramos mais do que um peso na estrutura, um custo que era preciso eliminar, mas valia fazer-lhes logo o serviço e bater com a porta.

Sempre achei que o que eles mereciam mesmo era, vá, foderem-se à grande.

Pelo que ouço, está mesmo a acontecer, a foda é de facto grande.



Não serei directamente responsável por tal evento. Talvez indirectamente. Talvez, só.





Não conseguem ver, mas tenho um enorme ar de satisfação ao escrever estas últimas linhas.


Não presto.

Um Ano de Rebento

Isto tem andando tão mau que até deixei passar uma data importante.

Há coisa de um ano (e vinte e quatro dias), depois de uma saga com as 29 horas mais dolorosas da minha existência, nasceu um bebé, parecido com um torresmo, mas a coisa mais fofa da vida.

Desde esse dia até agora, tem governado a minha vida de um forma incrível. É um caminho um tanto sinuoso, mais para os pais do que para os filhos, com constantes dúvidas, angústias e medos, mas numa constante aprendizagem no que a procedimentos infantis diz respeito. Já não se imagina a vida sem aquela coisa ruiva a mexer em tudo e a correr atrás de nós para onde quem que vamos.

Deu-me uma riqueza interior enorme que nem sabia existir e tem-me ensinado muitas coisas, daquelas lamechas e melosas, que não vou descrever porque já estou quase em coma de açúcar.

Tem sido uma viagem impressionante.
Suspeito (e espero) que seja assim durante muitos, muitos anos.


Lá porque a Judicatura nos bate fortemente na cara que nos deixa incapacitados não quer significar que nos deixe mortos para o mundo.

Vamos lá acabar com esta letargia da porra!