quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano Novo

E a frase da noite não podia deixar de ser: "quando penso em ti, tudo é lamechas e pachacha"

Feliz ano de 2016!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Do Piropo que Agora É Crime

Obviamente que existirão outros assuntos mais prementes que ainda não têm resolução à vista.

Claro que há outras preocupações a que a Assembleia da República e o Governo têm de atender.

Toda a gente percebe isto, mas estão, pelos vistos, com sérias dificuldades em perceber também que esta 'coisa' do piropo também é uma coisa séria.


E o motivo de tanta estranheza, meus caros, é triste, mas tem de ser dito: para além de ligeiramente obtusos, são homens.
E não compreendem o que é ir descansadinho no meio da rua e ouvirem barbaridades e obscenidades que vos fazem sentir pouco seguros e pouco lavados.
No simples acto de andar na rua.
No seu próprio país.
Num país supostamente livre, em que os cidadãos vivem em suposta segurança.

Não percebem porque acham que isto é conversa de feminista, de gente desocupada que se ofende com tudo e mais alguma coisa ou, de longe a minha preferida, conversa de púdicas que se acham no direito de se sentir ofendidas mas no fundo só querem levar com ele à bruta. Não percebem porque são homens e porque curiosamente aos homens nunca ninguém se lembrou de gritar "comia-te todo" ou "saca-me um bico", sob pena de levarem um enxerto de porrada pelas ventas abaixo.

A esses queridos, só desejo uma coisa: que venham a ter FILHAS. Muitas filhas. Raparigas giras, saudáveis e bem feitas, ou não, também podem ser porcas e mal jeitosas, mas não obstante, mulheres, e que queiram andar na rua à vontadinha e que lhe salte ao caminho um ou dois ordinários a dizer estas alarvidades.

Para ver se gostam.

Coisas Que Vejo Por Aí # 31

Mais uma oferenda de Natal, à qual vinham acopladas quatro magníficas contas.
E não é que gosto disto, mas mesmo assim como o caraças?!

(Não) Desejos para 2016

Não vou pedir nada para 2016, a não ser saúde, como dizem os velhos.

Já perdi a conta às coisas que peço e que nunca se concretizem, já perdi a conta às coisas que me tiram, que me arrancam e levam para longe.

De 2013 para cá não tenho feito mais nada senão enterrar os meus entes queridos. Fiquei vazia da sua presença e tenho em mim uma saudade crescente a cada dia de passa e que não consigo apaziguar.
Razão pela qual quero que se foda tudo.



Saúdinha da boa para toda a gente!

Tuomas, filho, Tu Desculpa ...




Não sei se abonará grande coisa a favor do álbum, mas a verdade é que fica muito melhor em instrumental.
Todo o álbum.
Porque as músicas capazes ficam excelentes e as que não valem a ponta de um corninho ficam assim a modos que para lá de boas.

Ai a Porra - Volume ... Tipo Cenas

É triste envelhecer.
Já foram os tempos áureos, é a conclusão a que tenho chegado nestes dias.
Nada mais será igual ao que um dia foi e é deveras triste.



Tanto palavreado idiota para dizer que já não consigo enfardar como antigamente enfardava na época natalícia, fazendo misturas inimagináveis, comendo caixas e caixas de chocolates, aviando pratadas de rabanadas, fazendo uma javardice digna de um suíno, sem ficar com uma crise de fígado e um desarranjo do trato gástrico como aquele em que tenho andado nos últimos dias.

Merda para mim.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Lemmy Kilmister 1945 - 2015

Hoje é um dia muito triste para o rock.

Coisas Que Vejo Por Aí #30

Ofertado por ocasião do Natal.
Só tenho a dizer coisas boas.
As tonalidades são lindas, a pigmentação é excelente, a caixa que vem forrada num veludinho espectacular cabe em qualquer bolso e é a alegria do meu ser. Ó para mim capitalista da maquilhagem.
I'm in love.

Amostra de Gato XXVII

'Há chá? Apetece-me chá', diz ele já com os bigodes enfiados na chávena.
Não há remédio para isto...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Apetece-me Grandemente Ser Porca # 53

Ainda sou do tempo em que aquele órgão espectacular da Ordem dos Advogados que está mais próximo dos que trabalham na área metropolitana de Lisboa, que nos dá formação e aulas e coisas boas e cenas se chamava Conselho Distrital de Lisboa. Obviamente que ninguém se referia à coisa como Conselho Distrital de Lisboa, toda a gente tratava por CDL. Era muito mais fácil e rápido: o CDL isto, o CDL aquilo, e estava a andar de lambreta.

Porém, recentemente resolveram mudar o nome ao bicho e chamar-lhe Conselho Regional de Lisboa.
Tudo muito bem, porém, resolveram formar também uma sigla, à semelhança do que acontecia anteriormente, e a brilhante abreviatura surgida é, nada mais nada menos, que CRL.

Esta seria uma não-questão para uma pessoa normal; porém, para a minha pessoa, é uma forte de hilaridade, dado que, tendo vivido grande parte da minha existência em centros urbanos duvidosos, 'crl' é a abreviatura óbvia para aquela tão querida palavra do vernáculo português que serve para designar tudo e mais alguma coisa, principiada por 'c' e terminada em 'o' e que lá para o meio tem 'aralh'. Portanto, cada vez que o 'CRL' me envia coisas é uma festa.

A gota de água foi hoje quando recebo isto no e-mail:


Agora leiam a abreviatura em modo vernáculo e tentem manter-se sérios.

Feliz Natal também para vocês...

 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Happy Christmas!


Ainda nem é Véspera da Véspera e Já ninguém Trabalha ...

Podia começar aqui a dançar a valsa ou a cantar ópera que ninguém me impedia.
Não está ninguém a trabalhar.
Comarca fechada para Natal.

Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve


Extremamente bem escrito, apesar de um pouco irrealista. Conta uma história praticamente desconhecida do trabalho artístico de Klimt e dos que o acompanharam no processo criativo.
Bom!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Best Part of Christmas

Presentes!
Este ano fiz uma lista e tudo.
Tão crescida e ainda tão parvinha, benzá deus...

Natal dos Pobres de Espírito


A época natalícia seria, em teoria e mesmo para quem não tem convicções religiosas mas que se vê envolvido no espírito colectivo, um tempo de paz e amor.

No entanto, para quem habita numa casinha cheia de monstros civilistas (that's an oldy...) sita nesta comarca de mitras, não será bem assim.

Boss e Bossa chatearam-se. Numa cena muito pouco ortodoxa, entre gritos, berros, lágrimas e impropérios, mandaram a boa educação e o recato que a gestão societária recomenda às urtigas e, como se diz por aqui, pegaram-se forte e feio. E mesmo muito a sério.

Parecia ser o fim.

Cada um a fazer as malas para seu lado, sem sequer se olharem, os dias que se seguiram foram negros e tortuosos, principalmente para quem os acompanha, depende do trabalho que é dado e nada tem que ver com a cúpula decisória. Durante semanas a fio, olhávamos uns para os outros como se estivéssemos à beira de um abismo e na próxima hora alguém nos empurrasse e obrigasse a dar o passo em frente.

A pouco e pouco, a treva levantou-se e chegou alguma luz, sem, porém, o brilho de outrora. As malas desfizeram-se, o machado de guerra não foi enterrado, mas pelo menos foi guardado. Desde então vivemos num eterno dia de nevoeiro, sem qualquer perspectiva de sol. E assim irá permanecer, ao que parece, durante muito tempo.

Pessoalmente, que nunca os tinha visto em tamanhos propósitos, não sabia se tinha mais vontade de rir ou de chorar, embora, confesso, a vontade de rir era capaz de suplantar a de chorar, pois que, sendo uma pessoa horrível, as discussões dão-me sempre vontade de rir.

Embora com algumas melhorias no que ao humor colectivo diz respeito, como é apanágio destas cenas típicas de bailado da chefia, quem se lixa é o mexilhão, que é como quem diz, o pessoal que, como é o meu triste caso, consegui nada mais nada menos do que uma sobrecarga de funções e ainda, e esta é a parte que realmente lixa, é termos o Natal cancelado.
Não o Natal-Natal a sério, não é que alguém venha trabalhar nos dias 24 ou 25, mas jantar de natal corporativo e troca de prendas de amigo secreto, ardeu.

E não é por causa daquela velha conversa cordial, ah é melhor não fazer, que não há ambiente e é chato; não, não, nada disso.
Foi mesmo comunicado a toda a casinha, das bocas daquelas duas renas empalhadas, não há nada para ninguém, tenham paciência.


Isto não se faz, desculpem lá.

Esta é a melhor época para se trabalhar aqui; anda tudo folgado, tudo contentinho, tudo bem disposto, volta e meia há bolo rei para toda a gente. E com um olho no jantarinho, que normalmente tem lugar em sítio chique, e outro nos copos que se vão emborcar a seguir, a coisa passa-se muito bem.

Agora, we're getting shit for Christmas.

Se o Natal tem de ser assim, ao menos que o ano de 2016 traga, se não paz, ao menos uns almocinhos extra para compensar o pessoal.

Ca porra esta ...

Ainda Numa Toada de Potter ...


E Com Isto Estamos Quase no Natal, Não É Verdade?


Qualquer Semelhança com a Realidade É Pura Coincidência - Parte 45ª

Poderia pôr aqui todas as que me faltam, mas penso que este também pode resumir o que está em falta.

Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve


Sou muito apologista daquela frase feita 'volta sempre ao lugar onde já foste feliz', apesar de a maior parte das vezes se ouvir esta expressão com o sentido exactamente contrário por causa daquela música relativamente idiota do Rui Veloso, mas o que é que isso interessa agora, vamos mas é andar com isto que há mais que fazer.

Por isso, volto sempre a Harry Potter.
De cada vez que leio os livros, descubro qualquer coisa nova e fico com uma nova imagem mental dos acontecimentos e dos personagens.

Desta vez, entre outros, fiquei com a ideia que o Ron Weasley é francamente idiota e do mais estúpido que há.
Não que esta ideia não transpareça nos outros livros, mas está mais à vista no último: a quantidade de parvoíces que lhe saem daquela boa, a juntar às atitudes pouco inteligentes acabam por não deixar no leitor um grande apego ao personagem. Percebo agora que a autora, J.K. Rowling, se tenha arrependido amargamente de não ter, antes, feito o arranjinho entre o Potter e a Granger, porque o Weasley é, à falta de melhor adjectivo, fraquinho.

E era só isto.

E Não Querem Lá Ver ...?


Eu que, feita ursa, estive tanto tempo a dormir, que nem comentei que temos um governo de Esquerda?? Com o apoio do Bloco e do PCP, a sério?!

Contra todas as perspectivas e todos os ventos e marés que se levantaram contra a ideia, veio um tempo diferente e verdadeiramente inédito para este país.

Vamos ver até onde podemos ir.

Para já, é aguardar com alguma esperança.

Cinema Nº ... Coiso - O Último, Prometo

Voltei ao meu certame (palavra amorosa) preferido: Ciclo de Cinema Israelita, que já vai no 8º ano consecutivo.
Gosto sempre de ir a este festival, ver o meu povo, como diz o meu ilustre marido. Tem sempre coisas novas, gente engraçada e uma perspectiva diferente de cultura.

Este ano, numa toada mais séria do que a do ano anterior, onde só me apeteceu comédias, vi este:

 
Conta a história de três irmãos que procuram desesperadamente o segredo da sua mãe, após a morte desta.
 Poder-se-ia esperar daqui um dramalhão e um chorrilho de clichés, mas nada disso sucede.
Apesar da carga dramática do argumento, tem muitos traços de humor e um final verdadeiramente surpreendente exactamente porque foge a todos os clichés em que se afogam os filmes do género, e é brilhante por isso.
Muito bom!



Coisas Que Vejo Por Aí # 29 (para desanuviar antes de atacar novamente)


É sempre bom quando a arte chega ao sítio onde se mora.
E a minha ilustre terra de residência, que já se sabe que as minhas origens são mais longínquas e também mais mitras, tem muita oferta artística e cultural.

Tive o privilégio de assistir a Hamlet, que dispensa apresentações, no dia da estreia.
O texto, absolutamente extraordinário, contou com uma encenação particularmente boa,  interpretações razoáveis e cenários bem imaginados.

Talvez por ser a noite de estreia, notava-se algum nervosismo no elenco, principalmente no protagonista, que teve ligeiros percalços ao longo das 4 horas de actuação. Nada que bata, no entanto, o verdadeiro terror provocado pelo próprio encenador que também participava na peça que, esquecendo-se do texto, deixou escapar uma ou outra expressão de vernáculo em todo o seu esplendor. (pode dar-se o caso de ter ouvido mal, mas para ouvir vernáculo, e dizê-lo, claro está, estou cá eu). Mas mesmo assim, não foi nada mau.

Way to go!

Cinema Nº ... Coiso - Mais Um, Ainda

Adorei.
As interpretações, a história, o contexto histórico.
Muito bom!

Cinema Nº ... Coiso - Mais Uma Vez

Muito tocante, principalmente por contar uma história quase desconhecida.
Muito bom.

Cinema Nº ... Coiso - Outra Vez

Muito interessante.
Tudo. A história, a fotografia, as interpretações.
E Mr. Hardy. Que é das coisinhas mai lindas e mai jeitosas que caminham neste mundo.
Ohhhh, Mr. Hardy, Mr. Hardy...
Só por ele vale a pena.

Cinema Nº ... Coiso

E para recomeçar as hostilidades, nada melhor que um despejar imenso de um imenso rol de filmes entretanto visualizados.
Comecemos:

Não está nada mau, não senhor.
Foi um belo final para uma série (com o Daniel Craig) que começou mais ou menos.
A coisa boa é que este Craig das couves já não volta mais.
Razoável, vá.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Hello?

Ainda está aí alguém?

É que não morri, ao contrário do que possa parecer...

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Amostra de Gato - XXVI


'É pá, ó minha, qu'ésta merda, ainda ontem cabia aqui na boa e agora sou obrigado a ficar com a bunda de fora, como um reles chouriço?! Vê lá se arranjas móveis decentes, mas é!'
, diz ele com aquela cara de cu que deus nosso senhor que arranjou.

Nada a Fazer - XXII


É impressão minha ou o Canadá acabou de eleger um Primeiro-Ministro sexy as hell?


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Impasse

Mas chega a haver governo ou não?

Qualquer Semelhança com a Realidade É Pura Coincidência - Parte 44ª


Cinema Nº ... Coiso

Não me lembro de ter visto, nos últimos tempos, um filme tão pretencioso e com tão pouco para oferecer.
O argumento, não sendo nada original, poderia estar melhor trabalhado até parecer uma coisa decente. Não há praticamente banda sonora. A fotografia está mediocre. Os actores - quase todos - são muito fraquinhos. Basicamente, acharam por bem contar a vida do bandido focando-se mais no aspecto animalesco da sua personalidade (é cá dos meus, tudo o que o chateava, matava) deixando de parte a coisa gira, que é a metodologia da profissão exercida.
A única coisa que está engraçadinha é a caracterização dos personagens, principalmente a de Johnny Depp, que está irreconhecível e extremamente bem construído. O pior é que dá a ideia que gastaram todo o orçamento do filme na maquilhagem e com os trocos fizeram o resto do filme.
Muito fraco.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Apetece-me Grandemente ser Porca #52

Ajudem-me lá aqui...

Sou só eu que acho que este zinho, para além de ter um olho para cada lado, anda a dar, forte e feio no eyeliner?!


Por Outro Lado

Já comecei a comprar prendas de Natal.

Sempre bom quando o entusiasmo chega cedo, certo?

Politiquices

Cheira-me que temos um grande vendaval por coisa nenhuma.

Ainda bem que tentam sacar alguma coisa positiva e apostar forte, mas acho que se estão a esquecer de uma coisa que, parecendo que não, que o homem em si é miserável, mas não podemos ignorá-lo, vem a demonstrar-se deveras pertinente: e o Cavaco, vai nesta conversa?

Leituras Nº ... Coiso

Torna-se muito interessante porque está relatado como se fosse uma amálgama extremamente organizada de memórias e peripécias deste momento fulcral da história do século XX.
Ninguém merece é ler um livro com umas letrinhas tão pequeninas, bolas...

Não Morri

... Pelo menos, por ora.
Estou só um bocadinho apagada.

Deve ser da chuva.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Qualquer Semelhança com a Realidade É Pura Coincidência - Parte 43ª


Cinema Nº ... Coiso

Adorável.
Divertido.
Inteligente.

Muito, muito bom!

(Nota: é preciso salientar que estou bastante impressionada com as gerações mais novas, que é como quem diz, o bando de putos que estavam na mesma sala que eu para ver o filme. Tirando a parte do intervalo em que corriam por todos os lados e saltavam por cima dos pés de toda a gente, portaram-se incrivelmente. Já estive em salas com adultos muito mais barulhentos. Sehr gut!)

Cinema Nº ... Coiso

Não está mauzinho de todo, apesar do final um tanto surpreendente.
Woody Allen tem vindo a decair desde March Point; ao menos, não aparece no filme, o que só pode ser considerado uma benção.
Razoável.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Qualquer Semelhança com a Realidade É Pura Coincidência - Parte 41ª


(esta vale pelo episódios que tiveram lugar durante o meu período de descanso, que dá muito trabalho estar a contabilizar tudo)

Leituras ... Qualquer Coisa Serve

É triste, mas a verdade é que está miserável. Tantos pormenores, tantas histórias paralelas interessantes e não há talento nenhum a escrever.
Seca, seca, seca.
Uma pena, porque material bom não falta.

Cinema Nº ... Coiso

Tudo funciona bem, neste filme.
O argumento, a banda sonora, os efeitos especiais...
E os protagonistas, que têm os dois muita saúdinha, com a graça de deus.

Muito bom.

Cinema Nº ... Coiso

Um bocado mortiço, mas com valentes sustos e um final um tanto original.

Cinema Nº ... Coiso

Não é nada de original, é certo, mas prega cada susto que dá dó.
Para filme de terror, é do melhorzinho que aí anda.

Leituras ... Qualquer Coisa Serve

(Tive bastante tempo em mãos, acreditem)

Que Grisham escreve bem, não há dúvida. Que sabe semear o interesse no leitor, também não. Que as histórias que escreve são riquíssimas em pormenores excelentes, também é ponto assente.

Mas também sabe dar grandes banhadas no culminar da história. Uma pessoa passa não sei quanto tempo com o friozinho na barriga para ler um grande desfecho e só encontra é coisa insípidas. Uma pena, que estragou uma autêntica obra de arte.

Enfim.

Leituras ... Qualquer Coisa Serve

Não havia o segundo livro da saga em lado nenhum; tive que me contentar com este, com uma míseras migalhas da história anterior.
Nada mau, claro, que este homem só escreve obras de arte.

Leituras ... Qualquer Coisa Serve

Adorei ler este porque, a bem da verdade, é o livro primeiro de Simon Scarrow na saga das Águias. E dá um duplo gosto: observar que o senhor é talentoso desde a primeira linha que escreve e perceber a evolução na escrita.
Muito bom.
Não descanso enquanto não ler a colecção toda.

Por outro lado, como é que é possível esquecer um lugar destes?!

Se durante a maior parte da vida tentei convencer-me a mim própria que o dinheiro não trazia felicidade, sou obrigada a rever os meus valores quando me lembro o quão feliz fui com férias capitalistas.

Só me apetece ter uma tirada à velha e dizer, se houver vida e saúde, para o ano pode ser que haja mais.

Não Morri

Estou só deveras triste porque as férias, com as quais passei meses a fio a sonhar, passaram tão rápido que já (quase) não me lembro delas.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Vacances

Indo eu de férias, só quero mesmo é que se foda tudo.
Até Setembro!

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Fosse Foder-se e Faria Melhor Figura

As pessoas lembraram-se todas do dia de anos dele, ligaram-lhe a dar os parabéns.
Fazem-lhe uma grande festa quando chega, beijinhos e abraços para todo o lado.
Vai tudo almoçar fora com disposição de celebração.
Compram-lhe um presente e um postal que todos assinam com a maior das bondades e verdadeiro sentimento de congratulação.
Compram-lhe um bolo, velas, bebidas, preparam-lhe um lanchinho de aniversário.
E o cabrão com uma puta duma azia, duma má disposição que chega a raiar a má educação.

Se isto não é ingratidão, não sei que seja.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Não sei se já tive oportunidade de referir mas gosto mesmo da voz deste moço.

Amostra de Gato XXV




Quando não há mais nada onde meter os bigodes, comem-se uvas.
Assim caminha a espécie felina...

Puta Que Pariu Esta Merda Toda

Até me admiro como me esqueci de mencionar que me foderam o carro todo (outra vez)...
Que alegria, não é?

É um Bocado Disto ... Todos os Dias

(apesar de estar ali um pequeno erro ortográfico, a ideia é basicamente esta)

Não sei muito bem se hei de ficar contente porque este é o último fim-de-semana antes da última semana de trabalho ou simplesmente deseperada porque ainda falta uma semana desta merda.

Apetece-me Grandemente Ser Porca #51

Gosto mesmo, mas mesmo, mesmo muito, daquelas pessoas que têm as ideias, sim senhor, muito bem, louvável e tal, e fazem os convites para os eventos que imaginaram, que terão lugar na casa dos outros.

Isso é que é.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Bottom Line: Fodem Tudo o Que Gosto

Porque claramente não tenho o que fazer (ter, até tenho, mas está a dar-me uma preguiça descomunal e também não está aqui ninguém para ver), chegou a hora de fazer o comentário mais inútil e desprovido de sentido de sempre.

Parece que os meus queridos amigos, Nightwish, lançaram um novo álbum.


Novo, é como quem diz ... Deve ter saído lá para finais de Março, mas essa deve ter sido uma época em que realmente tinha coisas a fazer e a resenha final foi adiada.
Por um lado, até foi bom ter demorado tanto tempo a formalizar uma opinião definitiva. A verdade é que mudei algumas vezes de opinião, não radicalmente, é certo, mas pelo menos já não tenho vontade de rachar cabeças a eito.

Este é o álbum mais fraquinho de Nightwish.

Já consigo expressar esta opinião sem chorar muito nem berrar constantemente, mas é da aceitação que vem o primeiro passo para a cura, como dizem aqueles livros de filosofia pós-moderna. Custou-me admitir que esta gente que costumava fazer peças de arte em forma de música tenha escorregado uns valentes degraus até chegar a este patamar de quase mediocridade.

Problemas várias assolam Endless Forms Most Beautiful.

A começar no próprio título; o que é isto? Faltámos às aulas de gramática de inglês, foi? Ou apenas nos baldámos àquelas em que ensinaram que retirar (partes de) frases de um texto engraçado, e ao qual achámos um piadão, é simplesmente parvo? Aliado ao facto desta simples frase ter uma métrica horrenda ficar absolutamente estúpida quando enfiada às três pancadas num refrão, começamos muito mal.

Outro aspecto que se tornou problemático foi o facto de o álbum anterior ter sido conceptual. Torna-se quase um vício escrever dez ou doze canções sobre um único tema.
É compreensível que se tenha vontade de compôr e escrever sobre uma temática que dá gozo e que tem uma profundidade tal que nunca se torna repetitivo explorá-la. Resultou muitíssimo bem para o trabalho anterior, mas esse era assumidamente um álbum conceptual.
Este não é, mas acabou por ser, dada a quantidade de músicas sobre a mesma temática. Porém, em vez de ter um encadeamento lógico, como em Imaginaerum, em que é contada uma história com pés e cabeça, resulta uma amálgama de repetições dos mesmos conceitos.

Ainda outro pormenor que não deixa de ser triste é a qualidade da música em si, da melodia e do arranjo. Muito fraquinha, não em todas mas em algumas músicas.
Soam tal e qual uma daquelas bandas que tocam nas festas da aldeia, demasiado órgão, muito pouco trabalhado e muito árido no ouvido. É o caso de Endless Forms Most Beautiful, que dá nome ao trabalho. Cujo videoclip que acompanha está, também ele, catastrófico.

Infelizmente, não é caso isolado. Edema Ruh é um altar à brejeirice e podia muito bem ter sido composta pelo Emanuel ou pelo Clemente, que não teria saído pior. A letra é piegas e não se nota que foi escrita por um grande poeta.  Our Decades in the Sun tem uma letra fortíssima, mas um arranjo tenebroso, que arranha a alma e os ouvidos.  Yours is an Empty Hope é outro exemplo de como a métrica não anda grande coisa lá para os lados dos Conservatórios finlandeses. Tem muitas quebras e perde-se o sentido da música. Tão depressa se sente sono como desata tudo a partir cascalho... E My Walden parece música de festival da canção, apesar da letra ser um tanto ou quanto interessante.

O pior de tudo é que a maior parte das músicas neste álbum têm partes muito boas e extremamente bem orquestradas, com grandes picos e a parte vocal absolutamente estrondosa. E como é que isto pode ser mau, pensarão alguns? Porque fica tudo estragado já que a restante música soa pessimamente e quase que parece descontextualizada.
É claramente o caso de The Greatest Show On Earth que tem um verdadeiro poema na letra, com picos de orquestração muito bem feitos e em que a voz de Floor Jensen brilha em toda a linha, mas com partes mortas, sem interesse e que desviam a atenção do conteúdo da música com verdadeiros momentos 'WTF'. Também Élan tem uma letra lindíssima e seria uma grande música se não estivesse tremendamente mal composta e com laivos de música pimba.

Porém, nem tudo é mau; Alpenglow é francamente boa, a fazer lembrar os velhos álbuns, bem como Weak Fantasy, a trazer de volta o poderio metaleiro desta gente. Seguem-lhes o exemplo The Eyes of Sharbat Gula (a.k.a. a única música sem defeito neste trabalho) e Shudder Before The Beautiful que, apesar do nome estranho, é absolutamente extraordinária. A voz de Floor Jensen é maravilhosa e encaixa na banda como ninguém (vamos lá ver quanto tempo dura), sabe levar a melodia até à estratosfera e tem um grande potencial.

Resumindo, concluindo e baralhando: estou deveras aborrecida. Nunca pensei ter tantos defeitos a apontar a um trabalho de uma das minhas bandas de eleição. Endeusei Mr. Holopainen e bem que me lixei, que desgosto é a palavra que mais de apetece pronunciar quando penso nisto.

Vamos esperar que as actuações ao vivo sejam suficientes para encobrir as falhas (normalmente são) e que não repitam a brincadeira.

Mesmo.
A sério.

Por duas cascas de alho, arranjei esta beleza.

É desta que vem a sentença de interdição.

Gosto mesmo muito da voz deste moço.

2 Semanas

Quase, quase ...

segunda-feira, 27 de julho de 2015

De Volta à Adolescência

Quando era mais nova, sim que agora sou uma idosa a cair de podre, possuía uma Playstation 2 à qual dedicava bastante do meu tempo. Tinha alguns jogos que gostava bastante e que me deram muito gozo levar até ao fim, e cujas histórias guardo até hoje na memória.
Aquando da saída do ninho, deixei a Playstation para trás. Até porque, muito francamente, não tinha onde a arrumar, que sempre fui uma rapariga dada a ter coisas a mais e as tralhas que levei comigo ocupavam todo o espaço disponível. Agora que penso nisso, surpreende-me profundamente que nunca tenha exigido ao querido cônjuge que me emprestasse a parte do roupeiro que lhe pertence, ou me cedesse uma ou outra gaveta da mesa de cabeceira dele... Tenho a certeza que ele não tem assim tantas coisas que precise arrumar e a mim dava-me um jeito do caraças. Tenho que desenvolver melhor esta ideia...
Enfim, adiante.
Há poucas semanas, a filha esquecida retomou à casa de sua mãe. Que é como quem diz, lá se arranjou uma forma de enfiar para lá a máquina, mais os comandos, mais as merdas todas que aquilo tem, num cubículo minúsculo.
Já me tinha esquecido como aquilo é fixe. Dá vontade de não fazer mais nada a não ser explorar todos os cantinhos, todos os segredos e passar horas a rachar cabeças de monstros.
Este é o novo/velho vício.

Se alguém tiver o II e o quiser vender por duas cascas de alho, sou capaz de o comprar.