Cortar cabeças é uma actividade à qual dedico várias horas do meu dia.
Só há mesmo pena é que seja uma actividade imaginária; fosse verdadeira e seria uma pessoa muito mais feliz e realizada.
De todos os problemas e questões várias que vão surgindo ao longo do dia, soluciono 75% deles com uma catanada nas escamas do pescoço e anda de lambreta. Pese embora, na verdade, não o faça, apenas fantasio que o faço, por isso é que hei-de ser sempre uma traumatizada e uma ressabiada rancorosa.
Ia directa para a pildra, é certo, mas isso seria um preço muito pequeno a pagar tendo em conta a cura milagrosa que se daria no meu ser. Seria o exemplo da máquina do sistema em funcionamento: sairia recuperada e pronta para ingressar na vida em sociedade totalmente sã.
Para além da fila gigantesca de anormais a quem cortei virtualmente a cabeça nas últimas duas décadas e meia, hoje cortaria a cabeça a um exemplar formidável que, na verdade, toda a gente teria muita pena de ver morrer.
Couldn't care less.
Pisou no meu território, vai morrer.
Sic.
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