sexta-feira, 15 de abril de 2011

Marinhices

Em petiz, calhou andar numa escola padreca, daquelas que se sentem acima de qualquer reles escola do ensino público porque os valores que transmitiam eram muito melhores que as outras que, simplesmente, não transmitiam valores nenhuns. Ya, right, já se sabe, eles é que são bons, o resto não presta, ainda chama isto religião, eu chamar-lhe-ia segregação e genocício, mas isso sou só eu que, depois de 8 anos a levar com estas premissas, tenho uma certa tendência a não apreciar dogmatismos.

Havia lá um senhor que, nos bons dias, que mais não era do que obrigar os putos a ficar em pé, todos em formatura militar, a serem evangelizados como os índios do Brasil antes de começarem as aulas de todos os dias, que gostava muito de contar a história das maçãs podres.
Contava ele que as más companhias eram como as maçãs podres num cesto de maçãs sãs, haviam sempre de apodrecer a cesta de fruta inteira.

Metia-me uma certa confusão como é que aquele palhaço que nem olhava bem para quem estava a falar, nem conhecia a realidade daqueles miúdos, poderia falar de uma maneira tão segragadora e tão estúpida, ainda por cima em alegorias que não podiam ser mais desprovidas de sentido.

Pelos vistos, houve mais alguém que deve ter andado na mesma escola e que ouviu este discurso maravilhoso das maçãs podres.
Quem mais senão o Querido Bastonário? Aqui, o senhor Bastonário acha que há maçãs podres na profissão!

E eu a pensar que as maçãs podres do sistema judiciário eram os estagiários...
Afinal parece que não.
Que pena...

Diga lá, Querido Líder, você é maçã podre ou sã?

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