Suspense até ao fim, ao virar de cada página nunca se sabe como vai a história, afinal, desenvolver-se.
Personagens consistentes, reais, palpáveis. Não há o erro fácil de construir personagens boazinhas e saudáveis ou umas muito más e assassinas; ninguém é perfeito, aqui, como as pessoas na vida real, e também não há personagens que tenham sempre a mesma ideia do príncipio ao fim, mudam de ideias, voltam atrás, cometem erros. Podiam ser pessoas na realidade, podiam ser qualquer um daqueles que na terra caminham. Sólido e real, meio romance, meio policial, o mistério adensa-se a cada página lida, faz querer chegar ao fim o mais rápido que se consegue para depois, quando efectivamente o fim acontece, ficar um vazio enorme. Das saudades que a história já deixa, claro.
Lisbeth Salander é, provavelmente, das melhores 'mulheres literárias' que apareceu nos últimos tempos. Tão sã como qualquer pessoa, tão louca como um esquisofrénico paranóide, cativa imediatamente o leitor e faz com que queira levá-lo até ao fim para lhe descobrir todos os segredos. E que não se caia no erro de julgá-la uma coitadinha, um produto da sociedade moderna que a negligenciou; é, sobretudo, uma mulher, conscienciosa e atenta, sobrevivente e justiceira dos homens que odeiam, de facto, todas as mulheres. Dos melhores personagens de sempre, que dá frequentemente vontade de ser como ela.
Personagens consistentes, reais, palpáveis. Não há o erro fácil de construir personagens boazinhas e saudáveis ou umas muito más e assassinas; ninguém é perfeito, aqui, como as pessoas na vida real, e também não há personagens que tenham sempre a mesma ideia do príncipio ao fim, mudam de ideias, voltam atrás, cometem erros. Podiam ser pessoas na realidade, podiam ser qualquer um daqueles que na terra caminham. Sólido e real, meio romance, meio policial, o mistério adensa-se a cada página lida, faz querer chegar ao fim o mais rápido que se consegue para depois, quando efectivamente o fim acontece, ficar um vazio enorme. Das saudades que a história já deixa, claro.
Lisbeth Salander é, provavelmente, das melhores 'mulheres literárias' que apareceu nos últimos tempos. Tão sã como qualquer pessoa, tão louca como um esquisofrénico paranóide, cativa imediatamente o leitor e faz com que queira levá-lo até ao fim para lhe descobrir todos os segredos. E que não se caia no erro de julgá-la uma coitadinha, um produto da sociedade moderna que a negligenciou; é, sobretudo, uma mulher, conscienciosa e atenta, sobrevivente e justiceira dos homens que odeiam, de facto, todas as mulheres. Dos melhores personagens de sempre, que dá frequentemente vontade de ser como ela.
Como espécie de geek jurídico, a parte no último livro acerca do julgamento é simplesmente brilhante, apesar de ter aquela imagem heróica e romântica, excessivamente americanizado dos advogados destruirem testemunhas em tribunal só com um ar de nazi, mas não deixa de estar muito bom. Um julgamento que começa todo delineado e acaba de forma imprevisível.
Nota máxima.
O último livro, A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, deixa mesmo um saborzinho de continuação, e que teria sido pelo menos, um sucesso tremendo e um doce para os olhos.
Um talento inato para a escrita, que trouxe à literatura um novo gosto pelos políciais do século XXI.
Resta homenageá-lo da melhor maneira, lendo o que deixou escrito, uma herança pequena comparada com aquilo que podia ter sido, mas que lhe garantiu a imortalidade.
Stieg Larsson viverá enquanto os livros forem lidos, e isso é o melhor que pode acontecer a um escritor.
Resta homenageá-lo da melhor maneira, lendo o que deixou escrito, uma herança pequena comparada com aquilo que podia ter sido, mas que lhe garantiu a imortalidade.
Stieg Larsson viverá enquanto os livros forem lidos, e isso é o melhor que pode acontecer a um escritor.
Imortalidade nas páginas escritas.
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