Exmo. Senhor (ou Senhora, pois) Juiz de (um qualquer) Direito,
Diligentia, mini-mandatária em diversos processos e que faz diariamente muitos actos processuais e que leva constantemente com os despachos e outros demais actos que emanam dos órgãos de soberania que administram a justiça em nome do Povo, vem requerer a V.Exa. que se digne a escrever as sentenças em formato electrónico, como já vem sendo hábito de há uns anos para cá, desde que se informatizaram os tribunais, em vez de escrivinhar uns rabiscos numa folha a que dá o nome de sentença, ou despacho ou outra coisa qualquer, que agora as nomenclaturas não vêm ao caso, há tantas para tanta coisa, aquilo que uma pessoa aprende na faculdade nunca chega para alcançar a prática. Rabiscos esses que, salvo o devido respeito, meretíssimo, são ininteligíveis, sendo certo que a única palavra que se consegue ler é o costumeiro 'Notifique'; mas notifique de quê, alma do senhor, se o resto que está para trás não se percebe? Ainda bem que V.Exa. sabe usar as mãos para escrever e que não se rendeu por completo às novas tecnologias, tanto que já esqueceu a velha guarda, mas não tanto que se borrife nos outros, a ralé que só sabe chatear V.Exa., pobrezinha, que nem consegue ler o que foi escrito a despachar esta merda que tenho outras coisas para fazer. Tende piedade das almas pobres, não escreva de maneira perceptível só a parte "notificatória", sob pena de a parte que não aproveita do seu despacho ou sentença ir aborrecê-lo mortalmente com pedidos de esclarecimento e reclamações, o que é extremamente aborrecido, que V.Exa. terá mais que fazer e os mandatários também.
E.D.
1 comentário:
lol....
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