quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Manifesto da Nova Era

Portugal é um país livre desde Abril de 1974. Mais precisamente, desde 25 de Abril de 1974.
Em 1976, entrou em vigor uma Constituição que consagrou e deu corpo aos direitos e liberdades dos cidadãos adquiridos na Revolução de Abril.

Entre esses direitos, encontra-se a liberdade de expressão. Liberdade de expressão que permite aos cidadãos exprimirem-se como lhes apetecer, dizerem o que pensam, denunciarem o que entenderem, dizer as asneiras que quiserem, só tendo de enfrentar quem com elas se sentir ofendido, e mesmo assim, dir-se-ia que é muito duvidoso, a liberdade de expressão e o direito a dizer e escrever o que passa na cabeça de cada um sobrepôr-se-á quase sempre àquilo que mentes maldosas e mesquinhas quiserem ouvir e ler nas palavras ditas e escritas. Um opinião, como tantas outras; vale o que vale.

Liberdade de expressão para todos os cidadãos de plenos direitos. E enquanto não existir sentença de interdição, os direitos existem, a liberdade de expressão permanece, inatacável e inalterável.
Hoje inicia-se uma nova era.

Neste cantinho plantado na blogosfera, tão desconhecido como qualquer outro, a liberdade de expressão existe. E não mais será mitigada ou espezinhada por conveniências ou receio do que os outros possam pensar, não mais será posta de lado por aquilo que os outros possam dela retirar ou ler. Responsável como qualquer outra pessoa pelas palavras proferidas, este não mais será um canto na web onde outros, com intenções menos boas poderão retirar ideias perversas e mesquinhas, porque as palavras serão proferidas tal como a autora as pensa, não mais para agradar a quem quer que seja, não para ofender quem quer que seja, apenas um manifesto dos pensamentos livres num país livre. Esta é uma nova era, onde tudo o que será escrito virá de dentro, não para ofender ou humilhar outros, mas para expressar o que reside cá dentro.
Hoje inicia-se uma nova era. Porque os pensamentos podem ser pesados fardos nos ombros de quem os carrega, têm necessariamente que ter transmitidos, desabafados, transpostos para algum lugar para que não apodreçam uma mente já de si fraca e carregada de nuvens negras. E para esse descarregamento existem os inumeros instrumentos fornecidos pela modernidade, neste caso, este quadradinho de tela negra.

Não existirá qualquer caça às bruxas, ou qualquer cruzada em desfavor de ninguém, as opiniões aqui manifestadas são da inteira responsabilidade da sua autora, que não mais se inibirá de escrever sobre o assunto que lhe aprouver da maneira que lhe aprouver.

Obviamente que já se conseguem ouvir os zunzuns das abelhinhas trabalhadoras, a verem mais uma conspiração a ser montada, a armarem-se até aos dentes porque vem aí um bicho papão. Venha o que vier, o que está escrito supra, continua escrito, e como não foram usadas quaisquer figuras de estilo que requeiram esforços cerebrais por aí além, faça-se sentido com o que está escrito e não mais.

Há uma caixa de comentários pronta a ser usada. O resto, é a liberdade de expressão que o faz.

Hoje inicia-se uma nova era. Aqui, Diligentia escreve o que lhe apetece e passa pela cabeça. Sem satisfações a dar. A ninguém.
Sic.

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