José Sócrates esteve bem, ontem na entrevista.
Vá, esteve muito bem.
Ora bolas, deixemos os eufemismos, há que dar ênfase a coisa...
José Sócrates esteve muita bem ontem, na entrevista à RTP.
Calmo e sereno, esqueceu os tempos de gritaria e prepotência, e deu uma imagem de candidato seguro, responsável e credível. Longe vão os tempos do eu é que sei, vocês não percebem nada, eu é que sei governar. Agora, é tempo de assumir erros ( sim, isto é mesmo verdade! ), mas sobretudo de olhar para o futuro com vontade de trabalhar, com vontade de fazer mais, de levar o país para a frente.
Oh deus, qualquer dia ainda o PS me vem buscar a casa só para lhes escrever os panfletos de campanha...
José Sócrates esteve mesmo bem. Está a apostar forte na campanha e começa desde cedo a tentar marcar uma posição. mas..., e perdoe-se o tendencialismo implícito, ou não, o baile que deu a Judite de Sousa foi impressionante. Não que ele seja algum principiante no que concerne pisar os nervos da dita senhora, só que desta vez, em vez de lhe abrir os olhos e de lhe mandar duas ou três rebocadas daquelas dignas de arrancar uma arvore, limitou-se a sorrir, a usar a ironia de vez em quando, e a responder como gente grande, sem medo, concisamente.Ao que parece, a dita senhora e o Sr. primeiro ministro não se dão muito a relações cordiais em entrevistas. Mas desta vez, em vez de fazer perguntas que pretendem ser embaraçosas, com laivos de pretenciosismo e um nada implícito tendencialismo político, levou que contar.
Ou nunca tinham reparado que a senhora não gosta muito dos candidatos socialistas?
2 comentários:
desculpa diligentia, mas acho que não vivemos no mesmo mundo, nem ouvimos a mesma entrevista.
uma pessoa que auto-elogia tanto o seu governo, não fala do seu projecto, mas limita-se a atacar consequentemente o dos outros, tem a lata de criticar a exclusão de pessoas de listas quando ele fez o mesmo com todos os possíveis e imaginários apoiantes do Manuel Alegre, pessoa que prometeu 150 000 postos de trabalho e a única coisa que conseguiu foi andar a brincar com números que na verdade nos dão quase 600 000 mil desempregados, e posso continuar.
é a ouvi-lo, tal como a todos os outros, que pessoas como nós, que têm que enfrentar o futuro neste país têm é vontade de fugir nele.
porque do discursosinho ensaiadinho e do "vou fazer" já está malta cheia.
Se me permites, então :
-esperava-se exactamente o que de uma pessoa que se vai candidatar a 1o ministro senao o auto elogio?o homem ja la esteve, ha que considerar que nem tudo foi mau, em alg coisa ele tem que pegar para se auto elogiar, no fim de contas o que ele quer é voltar, logo tem se valer do que foi feito; o projecto dele é de continuacao e coerencia com o que andou a fzr nestes 4 anos.Auto elogio e projecto, neste caso, nao serao a mesma coisa?
- obviamente que ele ataca os outros;tb os outros nao o atacam a ele?tb a oposicao nao faz criticas e tece comentarios sobre os feitos do governo?se ele n criticasse voltava à mesma politica de autismo que tinha no inicio, e da qual ja se vem afastando (aos poucos)
- falemos serio:democracia é so quando os partidos se encontram todos juntos e maquilhados, por dentro todos tem as suas maleitas, e no meu ver, tem tudo menos democracia nas veias. é de conhecimento comum que quem nao concorda com a lideranca do partido no momento fica preterido, é de conhecimento comum que quem esta à frente de um partido chama quem é da sua confianca e linha ideologica,parece logico.Cedo em que Socrates nada tenha que criticar o que se passa no PSD; porem, na mesma linha, ninguem o pode fazer, porque TODOS os partidos, de uma forma ou de outra, tecem linhas de expurga.
- Verdade:tb nao sei mt bem onde param os 150 mil empregos, mas tb é verdade q os 600 mil que agora se encontram no desemprego nao foram obra do governo. ha querecordar o cenario de crise internacional de que ainda ha resquicios, conjuntura internacional que acabamos por 'engolir' sem que tivesse havido intervencao do governo.obviamente que nao podemos desculpar tudo com a crise, mas é preciso lembrar que a crise afecta mais as pessoas na vida do dia a dia, isto é, na deflacao, no desemprego propriamente dito, do que falencias de sistemas financeiros no abstracto.
- Ele opta pela politica do 'vou fazer' assim como os outros optam pela politica do 'ta mal, nao pode ser', é uma estrategia politica como qualquer outra. E, em boa verdade, tb nao tenho visto muitas alternativas, projectos, ideias para contrapor ao 'vou fazer' do Socrates.
Enviar um comentário