Há gente sem vergonha nenhuma na cara.
Reformulando, há gente sem vergonha absolutamente nenhuma na puta da cara.
Mandam e desmandam, fazem toda a gente andar ao sabor dos seus humores, amuam e voltam a ficar bem, têm grandes problemas mentais que certamente desculparão toda esta dança, são ingratos e esquecidos, mandam boquinhas maldosas e inventam mil histórias para verem os outros sofrer, são incapazes de um gesto de amizade e, como se não bastasse todas as minhoquices, ainda há o velho mas nunca cansativo número da vítima incompreendida, ultrajada e vilipendiada por todos, coitadinhos, uns mártires do senhor.
Quantos haverá por esse mundo fora?
Certamente um número considerável.
Porquê, então, existir apenas uma pessoa a ter que levar com isto?
Porque é que há só um desgraçado que atura este concurso de dança para esquizofrénicos?
E depois ainda ousam falar em justiça, senhor!
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