- O que é que estão a comer, que cheira tão bem?, grita para o ar com ar de louco demasiado bem disposto, como se tivesse acabado de empoar o nariz.
E vá de enfiar - e isto é literal, não é exagero - o nariz em cada um dos pratos, tecendo todo o tipo de comentários agradáveis sobre as iguarias em cima da mesa.
Antes de ir embora, completamente estouvado pelo próprio entusiasmo, remata: Essa comida que vocês trazem, é toda confeccionada domesticamente, não é? (Não, filho, todos os dias vamos buscar comida à fábrica, a confecção é puramente industrial.)
Voltámos, portanto, ao tempo das girafas em lingerie, ficando todos aturdidos com a bizarria que acabámos de assistir.
Foi aqui que vim parar.
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