Outra oferenda natalícia que me deixou felicíssima.
A Mafalda fez parte da minha infância, desde que me compraram alguns livros e, depois, a primeira edição portuguesa de Toda a Mafalda. Que ainda hoje tenho, algures na casa dos meus pais, toda esfrangalhada, rabiscada e sem capa, amostra do tratamento carinhoso que lhe dei de todas as vezes que o li, que foram mesmo muitas.
Portanto, receber esta edição especial comemorativa dos 50 anos do personagem mais contestatário de sempre foi uma alegria imensa, que me levou às lágrimas.
Li tudo de uma assentada, revivendo memórias de infância e revisitando o sarcasmo e argúcia desta miúda que via os problemas do mundo de forma mais realista e crua que muitos adultos.
Foi, portanto, um prazer para os olhos e para a alma.
Não deixo, no entanto, de notar que das antigas edições da D. Quixote para esta nova, da Verbo, houve, sabe-se lá porquê (embora consiga imaginar), necessidade de traduzir todas as tiras e lamentavelmente a tradução não foi a melhor, perdendo alguma graça e muitas vezes o próprio contexto. Fazendo, obviamente, a ressalva que provavelmente este é um comentário de uma aficionada que sabe as tiras quase todas de cor e portanto competir com a sabichanice que em mim habita é tarefa árdua.
Tirando isso, foi absolutamente divinal relembrar Mafalda.
Tal como ocorreu ao longo de muitos anos, vou revisitá-la muitas vezes daqui para a frente.
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