quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Janeiro nem era Janeiro Sem Me Queixar Amargamente

Não será segredo para ninguém que odeio o mês de Janeiro (sim, escrevo à moda antiga, com letra maiúscula e tudo, e então?).

É tal e qual o peixe-espada: comprido e chato.

Está frio (mas ao menos não chove, é certo), está trânsito, há preguiça, a casa ainda está desarrumada com as bugigangas do Natal, os presentes desta quadra ainda espreitam fora dos seus lugares, há todo um milhão de merdas que ainda não está nos eixos.


Porém, o pior do mês de Janeiro é a oferta de saldos.

Não há tasco nenhum nesta terra que não tenha saldos, promoções, liquidações, ofertas, preços especiais. Tuuuuuudo o que é comerciante sabe muito bem como cativar o pobre e enfia-lhe pelos olhos dentro toda uma panóplia de coisas coloridas a preços da uva mijona.

O que é, diga-se, um descalabro total, porque uma pessoa nem se consegue concentrar devidamente nos produtos, só consegue olhar para os preços e para as pechinchas que representam.


É muito triste ser consumista.
É também um bocado triste ser pobre. De espírito, essencialmente.

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