Se há coisa que tira anos de vida a um ser é conduzir.
Não porque não se goste, não porque seja particularmente difícil ou estupidamente fácil que não dê gozo nenhum.
Apenas porque há outras pessoas que também conduzem.
E conduzem tão mal, valha-me um deus qualquer...
Ultimamente, pegou a moda de andar devagar nas auto-estradas e vias rápidas. Sim senhor, a segurança em primeiro lugar, a gasolina está cara, temos demasiadas mortes nas estradas.
Porém, há regras a cumprir. Nomeadamente o dever de circular sempre na faixa mais à direita.
O que, claramente, não acontece desde que alguém se lembrou de inventar que era fixe termos estradas com três faixas.
Tuga que é tuga anda na A2 à velocidade porreirinha de 60km na faixa do meio.
Ora, isto é deveras chato para quem, a cumprir o Código da Estrada, usa as faixas do meio ou da esquerda para ultrapassar e é obrigado a travar a fundo para não se esborrachar na traseira de um qualquer anormal que resolve fazer um piquenique a baixa velocidade nas estradas.
Quando antes eram só os velhotes que andavam a pisar ovos na estrada e a fazer uma fila que nunca mais acabava, parece que agora toda a gente aprendeu a andar devagarinho.
Velhos e novos, uniram-se alegremente para fazer a vida dos outros num inferno.
Se a esta moda juntarmos a nova tendência de pisar traços continuos para passar para a faixa do lado e a de não utilizar a luz do pisca quando se muda de direcção, percebe-se que a actividade de conduzir é sobejamente perigosa e desenvolve uma certa apetência para estar constantemente com a mão na buzina e cabeça de fora da janela a dizer palavrões.
Isso ou ter um AVC, que vem dar ao mesmo.
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