Já estou mesmo a ver.
Mitra almadã que é mitra almadã vai sair para ramboiar esta sexta-feira e só volta a descansar na terça à noite.
Aos berros pela rua fora, sem deixar ninguém dormir, a chatear toda a gente com palhaçadas, enquanto viram caixotes do lixo e vomitam na sarjeta.
Já estou mesmo, mesmo a ver ...
Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Vá, tomem lá, Boda aos Pobres ...
Depois de muito miar, espernear, mugir e mandar vir, o estuporado que manda naquela galinhagem toda decidiu dar o dia de Carnaval ao pessoal.
Não sem antes parecer que nos estava a fazer um favor, claro.
Não sem antes parecer que nos estava a fazer um favor, claro.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Ai Sim?
Acabei de rebentar com o fecho das calças.
Não seria problemático se estivesse no conforto do lar. Porém, e porque tenho uma vida óptima que me permite não fazer um caraças, estou no local de labuta.
Não tendo paciência para contratempos, resolvi pegar no maior agrafador que consegui encontrar e agrafei fortemente toda a braguilha escavacada.
Podia ter ficado pior.
Resta saber como é que vou à casa-de-banho.
E você?
Não seria problemático se estivesse no conforto do lar. Porém, e porque tenho uma vida óptima que me permite não fazer um caraças, estou no local de labuta.
Não tendo paciência para contratempos, resolvi pegar no maior agrafador que consegui encontrar e agrafei fortemente toda a braguilha escavacada.
Podia ter ficado pior.
Resta saber como é que vou à casa-de-banho.
E você?
Etiquetas:
O Direito tornou-me inimputável
Nonsense Talking Nº ... Uma Coisa Qualquer
- Essa camisinha paneleira é muito gira. - diz ela para ele, claramente com o corpinho a pedir chuva.
Qualquer dia, para além de despedida, ainda me encontram numa árvore, pendurada numa corda.
Qualquer dia, para além de despedida, ainda me encontram numa árvore, pendurada numa corda.
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Nonsense Talking Nº ...Qualquer Coisa
- O requerimento que fiz, sabe-me dizer que já foi levado à conclusão?
- Conclusão?
- Sim, o processo não estava com a sra. Procuradora?
- Estava.
- E então? O requerimento que fiz...?
- Ah. Estava à espera que enviasse o original, dra.
- Original?
- Sim, como mandou por email, depois tem que enviar por correio o original.
- Er ... não, não tenho. Enviei por MDDE.
- Por quê?
- MDDE.
- Ah. Pois. Estava mesmo à espera que enviasse o original, dra.
- Mas não tenho que enviar o original coisa nenhuma. Enviei por MDDE, não preciso.
- Não sei.
- ...
- Vou abrir conclusão e depois notifico-a, está bem?
- Convém...
- Conclusão?
- Sim, o processo não estava com a sra. Procuradora?
- Estava.
- E então? O requerimento que fiz...?
- Ah. Estava à espera que enviasse o original, dra.
- Original?
- Sim, como mandou por email, depois tem que enviar por correio o original.
- Er ... não, não tenho. Enviei por MDDE.
- Por quê?
- MDDE.
- Ah. Pois. Estava mesmo à espera que enviasse o original, dra.
- Mas não tenho que enviar o original coisa nenhuma. Enviei por MDDE, não preciso.
- Não sei.
- ...
- Vou abrir conclusão e depois notifico-a, está bem?
- Convém...
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada
Cinema Nº ... Coiso
Podia ter sido um bom filme. Tinha uma história engraçada e cativante. Tinha bons actores, uma produção de peso.
Mas não. A realização é tão fraquinha e o argumento tão mal feito que se perde a magia que a história poderia vir a ter. Não há envolvimento com as personagens, que não cativam e, a certa altura, o filme torna-se aborrecido e sem sentido.
Muito fraco.
Mas não. A realização é tão fraquinha e o argumento tão mal feito que se perde a magia que a história poderia vir a ter. Não há envolvimento com as personagens, que não cativam e, a certa altura, o filme torna-se aborrecido e sem sentido.
Muito fraco.
Wedding Arrangements - Parte 5
Depois de uma correria de veste/despe, puxa, tira, ajusta, rasga, foda-se mais a isto, odeio experimentar roupa, vê-se mesmo que numa vida passada fui um homem, mas quando é que esta merda acaba, já está.
Vestido - check!
Vestido - check!
Etiquetas:
Vide artº 1577º do Código Civil
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Leituras ... Qualquer Coisa Serve
Tudo inacabado, tudo incompleto, demasiadas pontas soltas, demasiado por explicar, demasiadas personagens mortas ou desaparecidas.
Merda para tudo isto.
Lá para 2015 saberei as respostas a todas as minhas dúvidas.
Merda para tudo isto.
Lá para 2015 saberei as respostas a todas as minhas dúvidas.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Eu e a Administração VIII
Naquela casa a que chamavam Conservatória, em que supostamente se prestava um serviço público, em que o importante era satisfazer os interesses dos cidadãos nas suas necessidades administrativas, nunca tal serviço era prestado convenientemente, ora porque as folhas estavam mal agrafadas, ora porque faltava uma linha, ora porque faltava uma cópia da Bula Manifestis Probatum, ora porque, pura e simplesmente, não sabiam fazer um registo mais complexo e, por isso, o requerimento era recusado.
Nesse dia, um cidadão mais afoito, que se auto-proclamava contribuinte pagador dos salários desta corja preguiçosa, não foi de modas e, enquanto mandava repetido murros no balcão, batia com os pés no chão, berrou três ou quatro impropérios em bom vernáculo português que, numa tradução simplista, significava dê-me o livro de reclamações imediatamente.
Obviamente que ninguém dos presentes precisou de disfarçar para poder olhar livremente ou de arrastar os pés no chão, como quem não quer a coisa, para poder assistir à cena; até os funcionários que não estavam ao balcão se levantaram dos seus lugares para poder ver mais de perto a cena macaca que ali se desenrolava. Já os que estavam, de facto, a atender ficaram com caras de coelhinho prestes a ir para o tacho, cheios de medo que o próximo cidadão a atender lhes fosse ralhar naqueles preparos.
Tristes de merda.
Quando estão a fazer a vida negra às pessoas (e mandatários também, que embora não sejam bem pessoas, um dia esperam vir a ser) que lá vão fazer descansadamente as suas vidinhas, estão todos contentes a ser arrogantes e malcriados, cheios de vento e bazófia; quando chega alguém que tem coragem de dizer aquilo que toda a gente pensa mas que não diz, já está tudo cheio de medinho e com a falta de respeito na boca.
É tão, mas tão bem feita.
Quem me dera ter sido eu a fazer o estardalhaço, por todas as vezes que vim de lá frustrada, irritada, maltratada e escorraçada de um serviço que ajudo a pagar.
Arrotem, cabrões.
Nesse dia, um cidadão mais afoito, que se auto-proclamava contribuinte pagador dos salários desta corja preguiçosa, não foi de modas e, enquanto mandava repetido murros no balcão, batia com os pés no chão, berrou três ou quatro impropérios em bom vernáculo português que, numa tradução simplista, significava dê-me o livro de reclamações imediatamente.
Obviamente que ninguém dos presentes precisou de disfarçar para poder olhar livremente ou de arrastar os pés no chão, como quem não quer a coisa, para poder assistir à cena; até os funcionários que não estavam ao balcão se levantaram dos seus lugares para poder ver mais de perto a cena macaca que ali se desenrolava. Já os que estavam, de facto, a atender ficaram com caras de coelhinho prestes a ir para o tacho, cheios de medo que o próximo cidadão a atender lhes fosse ralhar naqueles preparos.
Tristes de merda.
Quando estão a fazer a vida negra às pessoas (e mandatários também, que embora não sejam bem pessoas, um dia esperam vir a ser) que lá vão fazer descansadamente as suas vidinhas, estão todos contentes a ser arrogantes e malcriados, cheios de vento e bazófia; quando chega alguém que tem coragem de dizer aquilo que toda a gente pensa mas que não diz, já está tudo cheio de medinho e com a falta de respeito na boca.
É tão, mas tão bem feita.
Quem me dera ter sido eu a fazer o estardalhaço, por todas as vezes que vim de lá frustrada, irritada, maltratada e escorraçada de um serviço que ajudo a pagar.
Arrotem, cabrões.
Etiquetas:
Ossos do Ofício
A Game of Thrones What the Hell?! *Spoiler Alert*
Dear Mr. George R.R. Martin,
Two words: fuck you.
Yours truly,
Diligentia
Faça favor de voltar com a escrita atrás, está a ouvir?! Traga o Jon Snow de volta!
Mas que é isto?!
Porra, não se pode estar a ler descansadinha, tem sempre que morrer alguém. Quando é uma personagem qualquer, ainda é como o outro; agora o JON SNOW????
Foda-se mais a isto!
Two words: fuck you.
Yours truly,
Diligentia
Faça favor de voltar com a escrita atrás, está a ouvir?! Traga o Jon Snow de volta!
Mas que é isto?!
Porra, não se pode estar a ler descansadinha, tem sempre que morrer alguém. Quando é uma personagem qualquer, ainda é como o outro; agora o JON SNOW????
Foda-se mais a isto!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Cinema Nº ... Coiso
Tocante. Comovente. Profundo.
Não é a melhor interpretação do Joaquim Phoenix, mas convence.
Muito bom.
Não é a melhor interpretação do Joaquim Phoenix, mas convence.
Muito bom.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Eu e Ele - 15
Sabem aqueles bebés ranhosos e chatos como o raio que os parta que choram porque deixam cair a chucha durante sono e depois berram desalmadamente até um dos pais se levantar e ir lá enfiar-lhe aquela merda outra vez na boca?
É a pintura perfeita do meu dia: já me levantei tantas vezes para ir apaziguar a fera num dos seus ataques de choro e berraria que parece que tenho uma mola na puta da cadeira.
Raça do homem...
É a pintura perfeita do meu dia: já me levantei tantas vezes para ir apaziguar a fera num dos seus ataques de choro e berraria que parece que tenho uma mola na puta da cadeira.
Raça do homem...
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 39
Não sei como será noutros escritórios, mas por aqui é hábito os rebentos dos patrões aparecerem por cá. Depois de quase quatro anos a observar o fenómeno, concluo que, de facto, o povo é muito sabedor nos seus ditados.
Filho de peixe sabe nadar, quem sai aos seus não degenera e só se estraga uma casa são ditos muito sérios.
Porém, no presente caso, nada tem a ver com profissões, características físicas ou da personalidade.
Tem somente a ver com ser uma merda.
É que, quando o pai/mãe é uma merda, só muito raramente a cria não sai igual. Isto quando não sai uma merda ainda maior que, obviamente, deve ser o grande objectivo daqueles paizinhos.
E era só isto.
Filho de peixe sabe nadar, quem sai aos seus não degenera e só se estraga uma casa são ditos muito sérios.
Porém, no presente caso, nada tem a ver com profissões, características físicas ou da personalidade.
Tem somente a ver com ser uma merda.
É que, quando o pai/mãe é uma merda, só muito raramente a cria não sai igual. Isto quando não sai uma merda ainda maior que, obviamente, deve ser o grande objectivo daqueles paizinhos.
E era só isto.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Nonsense Talking Nº Qualquer Coisa
- 'Tá a ver, dótôra, eu nã tinha nada que entregar o carre, a Gê-Éne-y-Érre é que me engrupiu.
O esforço requerido para manter a seriedade depois de um discurso destes é equivalente a uma hora de trabalho no campo.
O esforço requerido para manter a seriedade depois de um discurso destes é equivalente a uma hora de trabalho no campo.
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada
Coisas Que Vejo Por Aí # 17
Mariah Carey
Quando for grande, também quero ter umas destas e andar pela rua fora com elas à mostra.
Oh yeah.
Quando for grande, também quero ter umas destas e andar pela rua fora com elas à mostra.
Oh yeah.
Etiquetas:
Comentário Jurídico da Latrina
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Wedding Arrangements - Parte 4
Fotógrafo ( ou como os advogados afinal não levam nada de especial em comparação com certas actividades duvidosas, ca pouca vergonha, vão-se lavar por baixo) - check!
Siga.
Siga.
Etiquetas:
Vide artº 1577º do Código Civil
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Wedding Arrangements - Parte 3
Senhor que põe música, toca, canta e outras actividades relacionadas - check!
Siga.
Siga.
Etiquetas:
Vide artº 1577º do Código Civil
Reminiscências # 12
Quando era miúda e, por qualquer motivo, esticava o dedinho indicador e apontava para qualquer coisa, ou pessoa ou fenómeno, o meu pai, se estivesse por perto, dizia:
- Não se aponta, filha.
- Porquê, Pai? - perguntava logo.
- Porque deus nosso senhor está em todo o lado e podes enfiar-lhe um dedo no olho.
Ficava sempre a olhar para ele.
- Não se aponta, filha.
- Porquê, Pai? - perguntava logo.
- Porque deus nosso senhor está em todo o lado e podes enfiar-lhe um dedo no olho.
Ficava sempre a olhar para ele.
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada
Coisas Que Vejo Por Aí # 16
Novo vício.
Já vou na 2ª temporada e sabem sempre a pouco os 50 minutos de cada episódio.
Muito bom, apesar de ser muito mais 'lavadinha' que a série original britânica.
Já vou na 2ª temporada e sabem sempre a pouco os 50 minutos de cada episódio.
Muito bom, apesar de ser muito mais 'lavadinha' que a série original britânica.
Wedding Arrangements - Parte 2
Data marcada com a Conservadora - check!
Siga.
Siga.
Etiquetas:
Vide artº 1577º do Código Civil
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Salty As Fuck 9
Metem-me nojo os tiranos que tentam inferiorizar os seus subalternos na tentativa de minimizar a vida triste, mesquinha, miserável, frustrada e solitária que têm em casa.
Metem-me nojo.
Metem-me nojo.
Etiquetas:
Ossos do Ofício
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 38
Uma zinha qualquer postou alegremente numa qualquer rede social uma foto do anel que o noivo lhe tinha oferecido.
Automatica e porcamente, que não valho nada e sou a escumalha da sociedade, só me ocorre isto:
Automatica e porcamente, que não valho nada e sou a escumalha da sociedade, só me ocorre isto:
Etiquetas:
O Direito tornou-me inimputável
Ai a Porr ... Não, Merda, mesmo!
Mas custa muito a esses cabrões que por aí caminham nesta terra do senhor responder à porcaria de um email?!
Enviam-se mil comunicações por tudo e mais alguma coisa, são capazes de estar na casa-de-banho e estar a mandar emails para não-sei-quem, porque sim, que é urgente, e quando chega a altura de responder, nada!, vazio!, buraco negro!, escuridão!, vácuo!
Foda-se, que é demais.
Enviam-se mil comunicações por tudo e mais alguma coisa, são capazes de estar na casa-de-banho e estar a mandar emails para não-sei-quem, porque sim, que é urgente, e quando chega a altura de responder, nada!, vazio!, buraco negro!, escuridão!, vácuo!
Foda-se, que é demais.
Puta dos Filhos
Tenho uma tia que, há uns belos anos, quando ainda não tinha filhos, adorava espalhar aos quatro ventos que os filhos dos outros eram todos, sem qualquer excepção, uns selvagens, uns rufias e uns malcriadões do pior.
Adorava encher a boca dizendo que ninguém lhes dava educação, que era uma pouca vergonha, que eram respondões e faziam muito barulho, que guinchavam e trepavam árvores, que nunca paravam quietos e que mais pareciam filhos do Mogli do que pessoas civilizadas.
A começar e a acabar na sua ilustre sobrinha, claro.
Até ter filhos dela, obviamente. Posteriormente, não perdeu tempo a mimar o puto como se mais ninguém na terra tivesse filhos e tornou-o num terrorista da quinta casa.
Hoje, desafortunadamente, lembrei-me da minha tia.
À hora do almoço, tive o (des)prazer de sentar-me junto a uma adolescente e sua mãe, que discutiam alegremente.
Vi e ouvi aquela amostra de gente, armada em ursa, a sacudir a cabeleira em todas as direcções, a bater as pestanas para o reflexo no espelho, a falar com a mãozinha caída como as tias de Cascais, a gritar e a mandar a sua mui amada mãezinha para sítios menos próprios, aos segredinhos e risinhos com a sua amiguinha enquanto comentavam o que o os outros traziam vestido, o que os outros tinham na cara, o que os outros tinham no prato. E aquela mãezinha, que, para os outros é muita má, e vai tudo à frente, e eu é que sei, e ninguém grita mais alto que eu, confrontada com a má criação do seu rebento, acha muita graça. Acha mesmo muita piada. A miúda tem personalidade, diz ela.
Pois eu chamo-lhe falta de porrada. Durante aqueles 15 minutos que aquela avestruz ali esteve, fantasiei ardentemente em amarrá-la a um poste e chicoteá-la até a deixar sem sentidos.
Depois, lembrei-me da minha tia.
Lembrei-me do que ela gostava de apregoar e daquilo que, depois, muitos, muitos anos mais tarde, lhe calhou na rifa.
Lembrei-me do ar superior dela a criticar os comportamentos dos filhos alheios e o que o seu filhinho se tornou.
Lembrei-me da cara dela de enjoada ao lembrar-se amargamente de todas as palavras que proferiu sobre os filhos dos outros, olhando para o seu rebento a despir-se num restaurante, a atirar facas às cabeças das pessoas, a bater com paus nos que passavam na rua, a dizer asneiras a toda a hora, a deitar-se no chão a fazer birra e todas as outras merdas que aquela criatura fazia.
Lembrei-me. E mentalizei-me que, com a sorte que eu tenho, um dia que venha a ver filhos, vão ser piores que a garota que tem a mania que tem o sol no cu.
Adorava encher a boca dizendo que ninguém lhes dava educação, que era uma pouca vergonha, que eram respondões e faziam muito barulho, que guinchavam e trepavam árvores, que nunca paravam quietos e que mais pareciam filhos do Mogli do que pessoas civilizadas.
A começar e a acabar na sua ilustre sobrinha, claro.
Até ter filhos dela, obviamente. Posteriormente, não perdeu tempo a mimar o puto como se mais ninguém na terra tivesse filhos e tornou-o num terrorista da quinta casa.
Hoje, desafortunadamente, lembrei-me da minha tia.
À hora do almoço, tive o (des)prazer de sentar-me junto a uma adolescente e sua mãe, que discutiam alegremente.
Vi e ouvi aquela amostra de gente, armada em ursa, a sacudir a cabeleira em todas as direcções, a bater as pestanas para o reflexo no espelho, a falar com a mãozinha caída como as tias de Cascais, a gritar e a mandar a sua mui amada mãezinha para sítios menos próprios, aos segredinhos e risinhos com a sua amiguinha enquanto comentavam o que o os outros traziam vestido, o que os outros tinham na cara, o que os outros tinham no prato. E aquela mãezinha, que, para os outros é muita má, e vai tudo à frente, e eu é que sei, e ninguém grita mais alto que eu, confrontada com a má criação do seu rebento, acha muita graça. Acha mesmo muita piada. A miúda tem personalidade, diz ela.
Pois eu chamo-lhe falta de porrada. Durante aqueles 15 minutos que aquela avestruz ali esteve, fantasiei ardentemente em amarrá-la a um poste e chicoteá-la até a deixar sem sentidos.
Depois, lembrei-me da minha tia.
Lembrei-me do que ela gostava de apregoar e daquilo que, depois, muitos, muitos anos mais tarde, lhe calhou na rifa.
Lembrei-me do ar superior dela a criticar os comportamentos dos filhos alheios e o que o seu filhinho se tornou.
Lembrei-me da cara dela de enjoada ao lembrar-se amargamente de todas as palavras que proferiu sobre os filhos dos outros, olhando para o seu rebento a despir-se num restaurante, a atirar facas às cabeças das pessoas, a bater com paus nos que passavam na rua, a dizer asneiras a toda a hora, a deitar-se no chão a fazer birra e todas as outras merdas que aquela criatura fazia.
Lembrei-me. E mentalizei-me que, com a sorte que eu tenho, um dia que venha a ver filhos, vão ser piores que a garota que tem a mania que tem o sol no cu.
Etiquetas:
Piadas de Propriedade Privada,
Posição Doutrinária
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Wedding Arrangements - Parte 1
A parte mais difícil já está.
Espaço e data - check!
Siga.
Espaço e data - check!
Siga.
Etiquetas:
Vide artº 1577º do Código Civil
Philip Seymour Hoffman
Grande choque, confesso.
Era dos meus actores favoritos. Um génio e um talento inegável.
Tenho mesmo muita pena.
Merda para isto, que os bons vão todos à frente...
Era dos meus actores favoritos. Um génio e um talento inegável.
Tenho mesmo muita pena.
Merda para isto, que os bons vão todos à frente...
Subscrever:
Mensagens (Atom)