terça-feira, 20 de julho de 2010

Teoria das Compras



Desenganem-se aqueles que pensam, baseados nas premissas empíricas, que a existência é, em si, uma ironia pegada.

Às vezes sim, outras nem tanto, mas no que toca a compras, e isto é mais para o público feminino, não que os homens não façam compras, que fazem, mas pelo menos não são estúpidos que vivam para as fazer, o que se há-de fazer, os géneros serão sempre separados por estas questões menores, nem sempre a ironia, dizia, é aquela que funciona.

Rezam os mais altos ditames da filosofia de bancada, essas bíblias do viver, que quando não há dinheiro, todas as coisas são lindas, tudo parece maravilhoso, tudo se quer comprar; quando o vil metal abunda, já não se encontra nada, tudo desapareceu, oh que triste que estou.

A questão aqui é tão somente a ironia, essa figura pouco lavada, que insiste em aparecer em todo o lado a estragar a vidinha a uns e a outros.

Pois sim.

Experimente-se, então, entrar num estabelecimento comercial de interesse relativo quando anteriormente nada havia para achar graça, com o relevante pormenor da carteira recheada para ver como a ironia vai logo à viola e se sai de uma loja sem nada de especial com os bracinhos carregados com coisas apenas relativamente giras e tal, deixando lá uma fatia relativa do salário.

Ironia relativa, portanto.

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