Era um isqueiro, branco, com letras publicitárias já gastas, e todo riscado. Surpreendida, olhava do isqueiro para o homem, sem compreender. Instintivamente, tentou acender o isqueiro repetidas vezes, mas nada aconteceu.
- Não funciona.
- Eu sei.
- Como?? Então, para que mo deu?
- Porque te concedi o desejo.
Não podia acreditar no que estava a ouvir.
- Como assim?
- Pediste-me para ser feliz. Está aí.
- O quê?
- Ouviste o que te foi dito.
- Então o meu desejo de ser feliz, aquilo pelo qual terei que pagar um preço é afinal um isqueiro que não funciona?
O homem bufou, num misto de impaciência e vontade de dar o caso como completamente perdido.
- Não, estúpida! O isqueiro não é o teu pedido de felicidade. Mas vais precisar dele.
- Para quê?
- É o começo de tudo.
- De tudo o quê, exactamente?
- Bolas, que és mesmo chata! Não disseste que acreditavas em mim? Então, pára de questionar tudo e de fazer perguntas, e aceita o que te digo ; esse isqueiro é o início de tudo. Confia em mim.
- Tenho vontade de confiar, mas não consigo quando não percebo como é que um isqueiro que não funciona me vai ajudar a ser feliz!
- Olha lá esse tom insolente!- respondeu ele, zangado - Deixa de ser desconfiada. Acredita que vais saber como usá-lo na altura devida. Eu sei que ainda não percebes!- apressou-se ele a dizer quando viu que ela se preparava para o interromper novamente.- Mas vais perceber. Brevemente, vais perceber. E já, agora, vê se te despachas.
- Para quê? Não tenho pressa.
- Mas passas a ter agora. Vê se apanhas o metro o mais rapidamente possível.
- Mas para quê?? Não estou a perceber nada!!
- Não é suposto. Já te disse que mesmo que não percebas, quando chegar a altura, saberás o que fazer.
- Eu …
- Vá, agora, não há tempo para mais interrupções e perguntas estúpidas. Tens que ir. Tens que te despachar.
- Mas …
- Não há tempo. Vai.
- Mas eu não …
- VAI!!
- Pronto, pronto, eu vou … er… obrigada. Creio eu ...
- Não sei porque me estás tu a agradecer, quando no fundo não acreditas mesmo que tenha feito alguma coisa por ti …
- Eu …
- Vá, vai-te lá embora. Já vais atrasada.
- Mas…
- Porra, VAI!!
Começou a andar, sempre de olhos fixos no estranho ser envolto em fumo.
Nada daquilo parecia real. Mais parecia um sonho bizarro, tirado de um filme estranho. Não podia ser verdadeiro. Tinha a sensação de que iria acordar não tardava muito. Porém, continuava a caminhar, sentindo-se tão alerta e consciente como antes. Estacou no meio da marcha, e voltou-se para trás.
- Não funciona.
- Eu sei.
- Como?? Então, para que mo deu?
- Porque te concedi o desejo.
Não podia acreditar no que estava a ouvir.
- Como assim?
- Pediste-me para ser feliz. Está aí.
- O quê?
- Ouviste o que te foi dito.
- Então o meu desejo de ser feliz, aquilo pelo qual terei que pagar um preço é afinal um isqueiro que não funciona?
O homem bufou, num misto de impaciência e vontade de dar o caso como completamente perdido.
- Não, estúpida! O isqueiro não é o teu pedido de felicidade. Mas vais precisar dele.
- Para quê?
- É o começo de tudo.
- De tudo o quê, exactamente?
- Bolas, que és mesmo chata! Não disseste que acreditavas em mim? Então, pára de questionar tudo e de fazer perguntas, e aceita o que te digo ; esse isqueiro é o início de tudo. Confia em mim.
- Tenho vontade de confiar, mas não consigo quando não percebo como é que um isqueiro que não funciona me vai ajudar a ser feliz!
- Olha lá esse tom insolente!- respondeu ele, zangado - Deixa de ser desconfiada. Acredita que vais saber como usá-lo na altura devida. Eu sei que ainda não percebes!- apressou-se ele a dizer quando viu que ela se preparava para o interromper novamente.- Mas vais perceber. Brevemente, vais perceber. E já, agora, vê se te despachas.
- Para quê? Não tenho pressa.
- Mas passas a ter agora. Vê se apanhas o metro o mais rapidamente possível.
- Mas para quê?? Não estou a perceber nada!!
- Não é suposto. Já te disse que mesmo que não percebas, quando chegar a altura, saberás o que fazer.
- Eu …
- Vá, agora, não há tempo para mais interrupções e perguntas estúpidas. Tens que ir. Tens que te despachar.
- Mas …
- Não há tempo. Vai.
- Mas eu não …
- VAI!!
- Pronto, pronto, eu vou … er… obrigada. Creio eu ...
- Não sei porque me estás tu a agradecer, quando no fundo não acreditas mesmo que tenha feito alguma coisa por ti …
- Eu …
- Vá, vai-te lá embora. Já vais atrasada.
- Mas…
- Porra, VAI!!
Começou a andar, sempre de olhos fixos no estranho ser envolto em fumo.
Nada daquilo parecia real. Mais parecia um sonho bizarro, tirado de um filme estranho. Não podia ser verdadeiro. Tinha a sensação de que iria acordar não tardava muito. Porém, continuava a caminhar, sentindo-se tão alerta e consciente como antes. Estacou no meio da marcha, e voltou-se para trás.
AS
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