Não é que eu seja uma rapariga dada às Páscoas desta vida.
A bem da verdade, não sou NADA dada a coisa nenhuma que tenha a ver com religiosidade. A não ser que conte para este totobola o facto de enfardar lindamente as iguarias das festividades.
Conta?
Não?
Então não sou, pronto.
Adiante.
Mesmo não sendo nada dada a estas coisas, o que sabia mesmo bem e vinha mesmo a calhar era a entidade patronal oferecer o dia da Quinta-feira Santa. Já não me armaria em esquisita se nos oferecessem a tarde desse dia.
Porque, segundo consta, serviço algum está a funcionar nesse dia.
Nenhum.
Zero.
Niente.
Porra nenhuma.
E, segundo parece, é costume neste ergástulo não se trabalhar neste dia.
Mas, como as sociedades de advogados são todas iguais, situem-se na metrópole ou nos arrabaldes de Sintra, não se sabe de nada nem se comunica coisa alguma aos trabalhadores, essa ralé preguiçosa, senão na véspera.
O que é uma merda para quem, como eu, gostaria de fazer alguns planos para essa tarde. Mais que não fosse enfiar-me num qualquer centro comercial a comprar pechinchas e ovos da Páscoa. Para o puto, não para mim. Obviamente.
Será melhor esperar sentada, certo?
É que tenho uma certa tendência de chegar aos sítios e tudo o que era costume fazer-se passa a não se fazer, sob o pretexto sempre eterno do "este ano não dá". Assim, de repente, lembro-me dos prémios de final de ano, da 'ponte' do dia 31 de Dezembro, do almoço do Dia do Advogado, o jantar de Natal... Coisas boas que gostavam de nos tirar só porque sim, porque, lá está, os trabalhadores são todos uma ralé que não interessa mimar, interessa só maltratar e explorar.
Maneiras que este é mais um queixume, queixume de Páscoa que é bom para abrir o apetite.
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