Ultimamente, dei por mim em Silent Hill.
Ninguém por perto, uma neblina terrível em cada esquina, gente com as faces desfiguras a tentar atacar os seres incautos ao menor dos movimentos, uma atmosfera de perigo, fantasmas e laivos de ódio a todo o instante.
Agora, a neblina começa a desaparecer, as pessoas não parecem tão horríveis nem tentam assassinar ninguém ao primeiro olhar, só ao segundo, a atmosfera, lentamente, começa a ser respirável, os espectros de ódio começam a ver a luz e a desaparecer.
Só o silêncio permanece.
O que não deixa de ser estranho.
É sempre estranho aterrar em Silent Hill.
Porém, lá dizia o poeta, primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Há-de chegar o dia em que estranharei o regresso das antigas gargalhadas.
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