quinta-feira, 5 de julho de 2018

Not Impressed

Sabem aqueles colegas, bem, será mais aquelas colegas, advogadas, bem entendido, que falam como se estivessem na praça, sempre uma oitava acima do timbre socialmente aceitável, que parecem que os seus clientes são sempre as maiores vítimas de todos os horrores jamais perpetrados pelos arguidos, que partem do pressuposto que os advogados desses arguidos são uns criminosos iguais aos clientes que os escolheram, que têm discurso de TV Mais em fusão com CMTV, que isto dos subsídios é o que dá cabo deste país, isso e os emigrantes que vêm para cá receber o RSI, estão a ver o estilo, que só falta porem a mãozinha na cintura enquanto discursam, que são sempre as maiores das suas aldeias, com as quais é impossível chegar a acordo porque não há pinga de razoabilidade naquelas cabeças, que acham que têm uma inteligência acima da média mas que não sabem distinguir suspensão e interrupção do prazo, nem prescrição de caducidade, que têm sempre todas as doenças do mundo e mais algumas mas nunca são tão desgraçadas como os seus clientes, pobres vítimas que sofreram muito e a quem foi feito muito mal, que têm um ar de saloias novas ricas que nem a roupinha da Ferrache consegue disfarçar, sabem esta estirpe de gente que dá mau nome à Classe e que dá vergonha alheia?

Ontem, cruzei-me com uma procuradora assim.
Sem tirar nem pôr.




E é tão triste.

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