O Amigo Secreto, nesta casa, é como a Coca-cola descrita por Fernando Pessoa: primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Ultrapassada a resmunguice, intrinsecamente ligada à forretice que reina nestas gentes parvas, segue-se a dança dos risinhos e das conversinhas pelos cantos, a tentar saber quem é que calhou a quem, a insistir, a rodear, num mar de cuscuvilhice (ou quadrilhice, como se diz por aqui) como nunca se viu.
Parecem crianças, a correr pela casa, todos contentes, a comentar tudo o que se possa relacionar com presentes e a putativa pessoa a quem calhou cada um.
Vergonha? Nenhuma.
Vontade de trabalhar? Menos ainda.
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